quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O dia a dia de um gato

Em histórias passadas, eu vos contei como uma pequena e peluda criatura entrou em minha vida, criatura essa que costumo chamar de Riddle. Para os que não acompanharam, aqui vai um resumo rápido:
Riddle é um gato vira-lata que eu encontrei lá pelas banda de onde eu treino, ele ainda era bem filhotinho e na hora estava bastante assustado por causa de Chola, a cadela que anda por lá, que estava o tempo todo latindo para o pobre coitado, meio que mandando ele se afastar dali. Vendo o como ele estava indefeso e fraco (o coitado estava MUITO magro) decidi tomar uma atitude, e mesmo com o risco da minha mãe botar eu e o gato pra fora de casa, arrisquei leva-lo.
Felizmente, consegui entrar em acordo com a minha mãe e pude cuidar dele a partir daí, e desde então ele tem sido um grande companheiro. Aos poucos fui o adestrando, muitas vezes Riddle mexia em coisas na casa que minha mãe não ficava nem um pouco feliz, mas consegui ensina-lo em quais locais ele poderia entrar e em quais não podia mexer.
Enfim, isso tudo são coisas que já contei, agora quero falar um pouco do que ainda não contei, que é o dia a dia dele até agora.
Passaram-se cinco meses, desde que eu trouxe Riddle aqui para casa, quando chegou, ele ainda era um filhotinho pequeno que mal conseguia subir nas coisas. Agora, Riddle já deu uma crescida, e já aprendeu a subir nos cômodos da casa (para a loucura da minha mãe que não fica nem um pouco feliz com isso rs), nessas horas sempre tento falar que ele não pode subir ali, em alguns casos adianta, em outros, nem tanto.
Na casa só há uma pessoa a quem Riddle obedece, e essa pessoa sou eu, minha mãe vez ou outra tenta dar alguma ordem a ele, mas sempre é sem sucesso, enquanto a minha irmã... bem, ela normalmente só esbraveja coisas quando se irrita com ele, não que o bichano se importe com isso, mas quando ocorre o procuro tirar-lo de lá, só para evitar estresse.
Em questão de relacionamento com as pessoas da casa, digamos que ele basicamente só é carinhoso comigo, possivelmente porque eu sou o cara que o tirou da rua e que cuidou, e ainda cuida dele até hoje, enquanto ao resto da casa, não é que Riddle não goste da minha mãe e da minha irmã, mas ele as ignora o máximo possível.
Minha mãe até tenta o fazer um agrado vez ou outra, mas ele a esnoba, a única situação em que e Riddle a dar atenção é quando quer comida e eu não estou. Enquanto a minha irmã, nem isso, ela o trata mais como se fosse um incômodo. E quando chega alguma visita em casa, digamos que ele não é de dar "boas-vindas" calorosas, esses sim eram tratados com frieza, mas o que é normal de um gato.
Enquanto na casa toda Riddle tinha algumas restrições sobre onde pode andar e onde não pode, no meu quarto eu gosto de deixa-lo bem a vontade, principalmente porque é lá onde fica a almofada onde ele dorme. Minha mãe não gostava disso, muitas vezes reclamou comigo porque o deixava deitar em cima da minha cama, mas era algo que eu ignorava, com o passar do tempo aprendi a não ligar pra isso.
Mas claro, Riddle às vezes aproveitava essa liberdade pra abusar um pouco, como por exemplo, várias vezes eu acordei com ele deitado em cima da minha barriga, e tinha vezes que ficava na dúvida se me levantava e o acordava ou se esperava um pouco até ele acordar, a decisão variava dependendo da situação (se estava com hora marcada pra fazer algo, ou não).
Enfim, no geral, o que posso falar mais do Riddle? Apesar dos pesares, ele tem sido simplesmente o melhor companheiro de todos, muitas vezes parece que só ele me entende, só ele consegue me tranquilizar, muitas vezes quando tive um dia ruim, Riddle conseguiu melhora-lo com o jeito dele.
Com os outros ele pode não ser dos mais simpáticos, mas comigo pelo menos, dá pra perceber que se importa. Enfim, fico feliz que hoje ele esteja na minha vida, e espero que demore muito para sair dela, e quando isso ocorrer, tenham certeza que ficarei muito triste.


Brian