sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Uma realidade brasileira

Lá por meados do mês de junho ocorreu um fato que mexeu com o Brasil de uma forma completamente inexplicável, inicialmente era pra ter sido a copa das confederações no país, mas por incrível que pareça  não foi isso.
Nesse mês começou no Brasil uma onda de protestos em massa do povo nas ruas, o que inicialmente era apenas em São Paulo num protesto do movimento do passe livre, onde os manifestantes começaram a gritar ''sem violência" para os PM's que estavam no local, e mesmo assim os policiais responderam ao pedido com violência. O caso teve uma grande repercussão não so nacionalmente mas também internacionalmente, e isso provocou a revolta popular no Brasil todo, e a partir daí houveram vários protestos no Brasil todo. E exatamente no dia 20 de junho, o Brasil parou e milhares de pessoas se reuniram nos vários protestos que houveram em todo o país no dia, onde foram reivindicados não so a diminuição nas passagens de ônibus, mas também vários outros problemas que o Brasil tem (que são muitos), e todos pedindo para que quem fosse ao protesto, que fosse em paz, sem causar confusão.
Inclusive houve protesto aqui em Recife também, vários amigos meus me chamaram para ir, todos usando a mesma desculpa: ''Vai ser um momento histórico, a gente vai mudar o Brasil, futuramente você poderá contar pros seus filhos que você estava lá, seria tua primeira experiência como jornalista". Mas eu pensei, pensei, e no fim não fui, confesso que em parte porque eu realmente não queria, em parte por medo de que acontecesse alguma merda e eu ficasse no meio da confusão e em outra parte porque minha mãe não ia deixar eu ir de jeito nenhum.
Chegou o dia 20 de junho e eu fiquei acompanhando os protestos pela internet e pela TV (que parou sua programação para mostrar todos os detalhes dos protestos em todas as partes do Brasil), e assim eu vi o quanto de gente tinha, e me surpreendi, pensei na hora, ''Será que o Brasil finalmente mudará?'', aquilo que eu estava vendo me deu esperança de que finalmente o país iria melhorar, e fiquei orgulhoso em ver que pelo menos a maioria dos protestos foram em paz, os brasileiros finalmente tinham um motivo para realmente ter orgulho. Mas infelizmente, isso não passou de uma mera ilusão...
Depois do dia 20 de junho várias cidades anunciaram redução no preço das passagens de ônibus, muitos disseram que isso foi uma das conquistas mais que as coisas não paravam ai, mas pelo que vi, pararam por ai mesmo.
Passaram-se 5 meses desde que essa onda de protestos tomou o Brasil, e posso dizer com tristeza de que nada mudou, sim, a passagem ficou 10 centavos mais barata, mas apenas isso (sem falar que com certeza no início do ano que vem ela aumentará de novo), já o resto está tudo igual, e em alguns casos, pior.
Eu vou e volto da faculdade todos os dias de ônibus, e posso afirmar que o transporte público continua uma negação, demorado e super-lotado, o trânsito está cada dia pior, até em fim de semana está difícil andar de carro pela cidade, a saúde pública continua precária, as pessoas continuam andando nas ruas sem segurança nenhuma e os políticos continuam roubando o dinheiro público na cara-de-pau. Ou seja, do que serviu esses protestos?
1- Reduzir em 10 centavos a passagem de ônibus.
2- Criar um "feriado" nacional.
3- Dá uma razão para as pessoas fazerem um carnaval fora de época.
Porque se você for parar pra analisar, boa parte das pessoas que estavam no protesto do dia 20 de junho estavam lá mais para "festejar" do que pra realmente protestar, em certas partes o "protesto" parecia mais uma micareta de carnaval, alguns estavam lá sem nem saber o que estavam protestando, isso sem falar que depois de 2 semanas o Brasil que tinha "acordado" voltou a dormir, os "revolucionários" voltaram a viver suas vidas chatas de sempre. e tudo voltou a ser como era antes.
Aí muitos disseram: ''Futuramente direi aos meus filhos que eu estive no protesto, em um dos momentos mais importantes da história do país''. Sim, eles podem dizer isso aos filhos deles, mas aí eles perguntarão: ''Mas pai/mãe, como foi importante, se depois nada mudou?"
Se algo tivesse mudado, possivelmente teria me arrependido de não ter ido no protesto, mas como não foi isso que ocorreu, eu não me arrependo de nada.


Brian

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Mais uma das páginas da vida

Em um belo dia eu resolvi passar em meu antigo colégio para da um ''oi'' para os meus amigos que cursam o 3º ano, era uma manhã de segunda-feira e eu aproveitei pra ir lá, já que eu não iria ter a primeira aula na faculdade naquele dia.
Chegando lá, eram 11:45 (o horário em que eu tinha combinado com Joey, que mais uma vez não chegou na hora combinada), faltando 30 minutos para o pessoal do 3º ano largar do horário da manhã (eles iam ter aula até 18:30 naquele dia), entrei no colégio e inicialmente conversei com meus antigos professores que passavam, todos praticamente perguntaram as mesmas coisas:
''Como vai?'', ''Como anda a faculdade?'', ''Ta gostando do curso?'', ''Era isso mesmo que você queria?''. Perguntas típicas. Joey chegou no colégio de 12:10, eu nem perguntei o porquê do atraso já que era típico dele e eu já estava acostumado.
Eu e Joey ainda se encontrava bastante mesmo depois do início da faculdade (nós dois passamos na UFPE, começamos no segundo semestre e mesmo sendo de cursos diferentes nos encontrávamos bastante nos corredores) e já fazia um tempo que a gente tentava combinar de ir no colégio conversar com o pessoal, já que era difícil arrumar tempo, a faculdade ocupava bastante nossos tempos. Ficamos colocando o papo em dia até a hora em que o 3º ano finalmente largou.
Assim que Henrique, Caio e Luís saíram a gente foi falar com eles, e a partir daí começamos a por a conversa em dia, eles perguntavam pra gente sobre a faculdade e a gente perguntava pra eles como andava a tensão da época de vestibular. Estava tudo bem, até o momento em que eu avistei Gabriela saindo da sala dela.
Fazia uns 6 meses desde que Gabriela tinha terminado comigo com a desculpa que ''não sabia mais se me amava'', e desde então nossa relação tem ido de mal a pior, eu ainda tentei manter a amizade, mas sempre que a gente tentava conversar nunca havia assunto, ou então em alguns casos, ela fazia de tudo para terminar a conversa logo, e cada vez mais senti ela afastada, até chegar o momento em que a gente parou de se falar.
A sala dela era exatamente ao lado da sala do 3º ano, ela passou bem na minha frente, quando ela passou eu disse ''oi Gabi'', e em resposta ganhei um ''oi'' e um olhar completamente frio, e assim ela seguiu seu caminho com sua amiga do lado. Aquilo era doloroso para mim, nunca tinha sido tratado com tanta frieza como fui tratado naquele momento, foi como eu tivesse sido nada para ela.
Aquilo entristeceu bastante meu dia, minha animação para falar com os caras tinha sumido depois disso, e eles perceberam isso enquanto a gente almoçava.
- Brian? - falou Joey
- Late! - disse eu
- Tais bem, velho?
- Claro, porque não estaria?
- Ficasse quieto de uma hora para a outra.
- Impressão sua!
Então Caio perguntou:
- Isso foi por causa de Gabriela?
- O que você ta dizendo? - perguntei
- Aaaaah, claro! - falou Joey
- Tem nada a ver isso ai que você ta dizendo! - falei
- Claro que tem... - falou Henrique - tu ficou quieto exatamente depois que Gabriela passou por você.
- Você ainda não superou ela, pelo visto. - Disse Luís
- Velho... - falou Joey - esquece ela, até parece que não viu o jeito que ela lhe tratou!
- É pô... - disse Caio - ela não ta nem aí pra tu, e daqui a pouco tu arruma outra.
- Gente, eu to bem, é sério! - menti - agora vamos por favor mudar de assunto?
- Ta bem então... - disse Joey - mas ouve o que a gente ta te dizendo, para de dar valor pra quem não da a mínima pra você.
E assim não tocamos mais no assunto após isso.
Deu 13:00 e Caio, Henrique e Luís foram ver as aulas do período da tarde deles, eu e Joey ainda ficamos por la conversando por mais uns 30 minutos e depois ele teve que ir para casa, e eu para a faculdade.
No caminho todo para a faculdade eu não parava de refletir sobre a minha relação com Gabriela, pensava em como a gente tinha chegado nesse ponto, o quanto a gente era próximo quando namorava, o quanto a gente não conseguia ficar sem um ao outro, e pior de tudo, pensava como seria minha vida se a gente ainda estivesse namorando, pensar em tudo isso me doía, e muito. Várias vezes eu sonhava com ela, alguns casos eram sonhos ruins, e outros sonhos tão bons que eu acordava na esperança de que fosse verdade.
Quando cheguei na faculdade eram quase 14:00, ainda faltavam meia hora para a segunda aula começar, na sala já se encontravam algumas pessoas, cumprimentei eles, me sentei e fiquei ouvindo música no meu ipod. De 14:15 Edson chega na sala, e a gente começa a conversar, de 14:20 chegaram Ivo e Emma, e exatamente às 14:30 chegaram Cris e Roberto. Às 13:40 o professor de Português instrumental entra na sala, e assim todos se calam.
O professor pediu para que a sala se juntasse em grupos e entregou uma ficha com os assuntos da última aula para a gente elaborar, mas claro, no nosso grupo houve mais bagunça do que trabalho em si. Depois de ter concluído a atividade, a gente à entregou ao professor e voltamos aos nossos lugares para continuar falando besteira, bom, pelo menos eles ficaram falando besteira, enquanto eu mais uma vez estava com Gabriela na cabeça, ainda tentava compreender o que tinha ocorrido com a nossa relação, coisa de tolo, eu sei.
Terminada a aula fui tomar um ar no lado de fora da sala, eu queria tirar Gabriela da minha cabeça, mas estava difícil, mais uma vez fiquei perdido em meus pensamentos, até que eu ouvi Cris me chamando:
- Brian?
- Oi Cris! - respondi
- Ta tudo bem? - perguntou ela
- Claro, por que não estaria?
- Estou te achando meio pra baixo hoje.
- Não é nada demais!
- Não é o que parece!
- É sério!
- Você mente muito mal, caso queira saber. - falou ela
Pensei um pouco, e disse:
- Mesmo me conhecendo a só 3 meses já ta sabendo bem de mim, pelo visto.
- Você também deixa as coisas bem óbvias.
- Pelo visto, sim. - falei rindo
- Certo, agora diga-me, aconteceu algo? - perguntou ela
Foi então que resolvi falar de tudo que ocorreu naquele dia, Cris já estava bem familiarizada com a minha história com Gabriela (sim, às vezes eu falava dela até demais com o pessoal), e expliquei o porquê que eu estava assim.
- Gabriela ainda mexe contigo pelo visto, né? - falou ela
- Infelizmente, sim. - respondi
- É, Brian, você precisa conseguir superá-la, isso uma hora pode começar a fazer mal a você.
- Acho que já ta fazendo.
- Aí seria mais uma razão para você já começar a esquece-la... - disse ela - você precisa virar essa página da sua vida, Gabriela agora é passado, olho agora no futuro.
- Eu tento, juro que tento.
- Você vai conseguir, tenho confiança nisso. - disse ela
Sorri, e Cris me respondeu o sorriso, o que meu sorriso quis dizer? Nem eu mesmo sei.
Logo em seguida o professor de História dos meios de comunicação chegou, e tivemos que entrar na sala.
Por alguns instantes eu conseguia tirar Gabriela da cabeça, mas alguma hora ela sempre voltava, eu realmente precisava esquecer dela, como Cris disse, precisava virar essa página da minha vida, levará um tempo, eu sei, será complicado, eu sei, mas eu pretendo conseguir isso o mais breve possível.


Brian

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Mais um resumo de tudo que ocorreu

Sumi, eu sei, é que a vida tem sido bem complicada para mim nesses últimos meses, e também a inspiração me tem faltado, não tem acontecido muita coisa relevante a qual vale a pena escrever sobre, minha vida tem estado normal até demais, mas agora pretendo atualiza-los de tudo que ocorreu nesses últimos 8 meses em que fiquei sumido.
Começando logo pelo mais chato, a mais ou menos 6 meses atrás Gabriela terminou comigo, isso faltando 1 mês para que a gente completasse 1 ano de namoro, o motivo me dói, foi a mesma desculpa que Júlia me deu quando terminou comigo, de que não tinha mais certeza se ela realmente me amava, sendo que Gabi foi mais direta e terminou de vez e não pediu um ''tempo'' na relação como Júlia fez. Aquilo foi extremamente triste pra mim, 2ª vez pela mesma razão, se o problema fosse eu seria menos pior, porque seria algo em que eu poderia melhorar, mas é um problema em que eu não posso fazer nada a respeito, é como se chegasse um momento e a garota simplesmente parasse de amar do nada, e superar esse término ta pior do que quando eu tentava superar o término com Júlia, muito pior, 6 meses desde que terminamos e ainda fico pensando nela, lembrando de todos os nossos momentos juntos, desejando voltar no tempo para viver tudo aquilo de novo, e principalmente, imaginando como seria minha vida se a gente não tivesse terminado, poderei contar mais detalhes sobre essa história numa outra oportunidade.
Outro fato ocorrido foi o início da minha faculdade, depois de ter ficado 6 meses em casa fazendo nada, chegou agosto e começou a minha tão esperada vida de universitário, e desde então a vida não tem sido fácil, é trabalho atrás de trabalho, pior são os seminários. Mas mesmo assim eu tenho gostado do meu curso de jornalismo, e espero que com o passar dos semestres eu consiga me desenvolver cada vez mais como um bom jornalista.
E claro, na faculdade fiz novas amizades, das quais eu falarei agora:
A primeira pessoa com quem falei foi Edson, ele tem 22 anos, um cara culto, bem-entendido da cultura brasileira, e brincalhão, principalmente. Conheci também Emma, de 19 anos, uma garota completamente extrovertida que sempre tem assunto pra conversar com qualquer um, conheci também a Cris, também de 22 anos (embora ela aparente ter entre 17 e 18) ela que tinha desistido da faculdade de história na Paraíba parar tentar o curso de jornalismo em Recife, e digamos assim, ela é o tipo de pessoa também muito fácil de se fazer amizade, a simpatia dela toca qualquer um. E por último conheci Ivo e Roberto, que no início eram quietos, eram mais de ficar na deles, mas que depois se entrosaram mais com o grupo.
Bom, e é isso ai que ocorreu nesses últimos meses, e espero que logo logo eu possa escrever mais sobre o que tem ocorrido com muito mais detalhes em histórias futuras.


Brian