quarta-feira, 20 de março de 2013

Uma situação muito chata

Era mais um belo dia em que eu tinha marcado com Gabi para da um passeio pela cidade, um programa não muito usual mas que a gente decidiu fazê-lo pra sair um pouco da mesmisse. Fui pega-la na casa dela e de lá formos de ônibus pro centro.
Chegando lá a gente começou a olhar melhor tudo aquilo que a gente nunca reparou bem quando passava por lá com pressa, a gente tomou um sorvete, tirou foto nos pontos turísticos da cidade, demos uma volta no shopping do centro, lanchamos por lá e passamos pelo livraria que tem ao lado do shopping, em resumo, foi tudo perfeito, se não fosse por uma coisa que ocorreu depois.
Eram 16:30 e estavamos indo pra parada de ônibus quando logo em frente eu avistei um cara, e sinceramente, ele tinha cara e jeito de maloqueiro. Ignorei isso e continuei andando de mãos dadas com Gabi, inicialmente eu achei que ele iria passar pela gente e nem reparar na nossa presença, me enganei.
Passamos naturalmente por ele, seguiamos o nosso caminho, até que ele falou:
- Ei, Galega!
Ignoramos, mas o maldito continuou.
- Galega linda você, hein?
Continuamos a ignora-lo, mas ele não desistia e ainda começou a vir em nossa direção.
- Uma beldade que nem você, não deixava passar!
Não aguentei e falei:
- Tira o olho que já tem dono!
- Olha o bicho... - disse o cara - Qual é, gostosa, vai realmente ficar do lado desse mané ai?
- Olha como você fala com a minha namorada! - falei
- Quem é tu pra me dizer como eu devo falar com os outros? Eu falo com ela do jeito que eu quiser.
- Sério, cara, sai daqui! - falou Gabi
- Qual é, galega, uma gata que nem você vai realmente ficar com um Zé Ruela desses?
- Cara, é melhor você seguir seu caminho, pro seu bem! - falei
- Oxi, e se eu não fizer isso, o que tu vai fazer? - falou ele
- Não me desafie!
- Parem com isso! - falou Gabi - vamos sair daqui, amor.
- Acha realmente que eu tenho medo de tu? - falou o cara
- E sério, vai arrumar problema em outro canto e nos deixa em paz! - falou Gabi.
As pessoas ao redor começaram a olhar melhor o que estava acontecendo.
- Qual é galega, vem cá! - falou ele tentando roubar um beijo dela.
Na mesma hora ela se esquivou e deu um tapa na cara dele.
- COMO É, VADIA? - gritou ele levantando a mão pra ela.
Ela já ia se esquivar quando eu parti pra cima do maldito.
- VAI REALMENTE FAZER ISSO? - falei eu empurrando ele.
- SAI DAQUI, PORRA! - falou ele devolvendo o empurrão.
- VAI TER QUE BATER EM MIM PRIMEIRO SE QUISER BATER NELA! - falei me colocando na frente de Gabi.
- Faço isso sem problema...
No mesmo instante apareceu um policial pra apartar a situação, o porra ainda tentou se passar por inocente, mas haviam testemunhas no local pra contraria-lo, o cara foi levado pra delegacia e eu e Gabi podemos voltar pra casa.
Depois que formos liberados a primeira coisa que fiz foi da um abraço forte nela.
- Não faça mais isso! - disse ela
- O que? - perguntei
- Se meter numa briga no meio da rua, fiquei assustada.
- Oh linda... - falei dando um beijo em sua cabeça - ele ia bater em você, não podia deixar isso acontecer.
- Obrigada por isso... - disse ela - mas ainda assim, mas faça isso de novo.
- Não posso te prometer isso... - disse eu - enquanto eu estiver por perto eu não deixarei ninguém lhe fazer nenhum mal.
Nos beijamos logo em seguida, e depois formos pegar o ônibus pra assim finalmente voltar pra casa.



Brian

terça-feira, 19 de março de 2013

Mais um daqueles dias

Esse foi mais um daqueles dias que parecia que o mundo tinha se unido pra pegar no meu pé, minha família mesmo parecia que tinham se unido pra encher meu saco, o que um falava o outro assinava em baixo, aquilo me deixou realmente irritado.
Saí de casa e fui pro treino de kung fu com vontade de me despedir de ninguém (mas mesmo assim, me despedi) e fui pegar o ônibus. Meu humor naquele momento estava o pior possível, era bem capaz de acabar xingando até mesmo quem viesse me cumprimentar, e pra piorar tudo o ônibus demorou pra chegar, e eu estava quase em cima da hora. Quando o ônibus finalmente chegou eu e mais um monte de pessoas subimos, e sem esses que entraram o ônibus já estava bem lotado, quando todos conseguiram entrar e o ônibus partiu, eu ainda não tinha passado da catraca e eu não tinha me segurado bem, e na tentativa de me segurar minha machila acabou atingindo um senhor que estava sentando em uma das cadeiras preferências.
- Desculpe! - falei
- Oh, toma cuidado, moleque! - falou o velho me olhando feio.
- Me desculpe, senhor! - voltei a repetir
- Devia ser proibido andarem com essas mochilas em ônibus, só fazem complicar a nossa vida!
- Cara, sinto lhe dizer, mas isso é um ônibus, ou seja, de uma forma ou de outra você está sujeito a passar por situações do tipo, e se estiver achando ruim pegue um táxi!
- Mas que moleque mais insolente, fale comigo direito que eu sou mais velho que você! - falou ele apontando o dedo para mim.
E uma grande discussão começou dentro do ônibus, o velho começou a me xingar de tudo que é nome e eu ainda desafiei ele, enquanto isso as pessoas que estavam por perto tentavam apartar a situação, quando finalmente acalmaram o velho eu paguei o cobrador e passei pela catraca e fiquei o mais próximo possível da porta, aquilo era tudo que eu precisava pra deixar meu dia pior que já estava, e só pra acrescentar, o ônibus ainda passou a minha parada, tive que descer na puta que o pariu e tive que correr pra não chegar atrasado no treino. Por pouco eu não chegava atrasado no treino, pelo menos isso deu certo pra mim naquele dia.
Depois de bastante treino físico, o mestre início o treino de preparação pra combate, e inicialmente ele pegou o saco de pancada e pediu pra gente praticar o chute de canela nele, fizermos uma fila e eu fui o 3º dos 6 que estavam presentes na academia. Chegada a minha vez, entrei em guarda e comecei a da os chutes, e naquele momento eu comecei a lembrar de tudo aquilo que tinha me deixado irritado naquele dia, lembrei de todas as coisas que minha família disse que me deixou estressado, e durante um dos chutes que eu dei eu acabei baixando a guarda e por isso o mestre me deu uma pancada com uma almofada na têmpora (ele sempre faz isso quando alguém baixa a guarda), o que consequentemente aumentou minha raiva.
A cada chute que eu dava eu descontava uma parte da minha raiva no saco de pancadas, e ainda acabei baixando a guarda umas 3 vezes (e certamente o mestre me deu mais 3 pancadas nas têmporas). E eu continuava a chutar cada vez mais forte, e com cada vez mais raiva, até que um momento o mestre disse:
- Brian, Brian!
Parei e olhei pra ele.
- Já basta! - disse ele
Não falei nada e fui pro fim da fila.
No fim do treino o mestre fez um exercício de respiração com a gente e pediu que com a expiração a gente tirasse toda negatividade das nossas mentes, e foi o que eu tentei fazer. Quando formos liberados o mestre me chamou:
- Brian!
- Sim, mestre? - falei
- Quero falar contigo
Fui lá ver do que se tratava.
- Está tudo bem? - perguntou ele
- Está sim mestre, por que?
- Não foi o que me pareceu no treino de chutes.
- Por que o senhor diz isso?
- Eu olhei bem nos seus olhos, e vi raiva neles... - falou ele - você estava realmente com raiva ou era só impressão minha?
Pensei bem antes de falar qualquer coisa, e sabendo que eu não ia conseguir mentir pra ele, eu disse:
- Eu realmente estava com raiva.
- Pode me dizer por que?
Então eu falei pra ele tudo que tinha ocorrido naquele dia e que tinha me deixado realmente puto. Depois de eu ter terminado de falar tudo, o mestre disse:
- Bom, o que posso lhe dizer é o seguinte, dias ruins todos temos, mas mesmo assim não podemos levar os problemas de casa pra rua e vice-versa...
- Eu sei! - falei
- Deixe-me terminar! - falou o mestre - o que as pessoas precisam aprender é separar esses problemas, por exemplo, se você fosse pra um combate com essa raiva toda você poderia ter feito uma besteira que machucaria não só seu oponente mas também a você mesmo.
Continuei ouvindo.
- Você não deve descontar a sua raiva em alguem ou em alguma coisa por causa de problemas seus. - continuou ele - Por isso minha dica é: sempre que estiver com raiva dessa forma, faça esse exercício de respiração de sempre fazemos no fim do treino, ajuda muito, já que uma das coisas que você aprende aqui é controlar seus sentimentos de forma que eles não lhe interfiram de forma negativa, entendeu?
- Sim, mestre! - respondi
- Tenho a garantia que isso não ocorrerá de novo?
- Sim, mestre!
- Então até o próximo treino. - falou o mestre me cumprimentando
Respondi ao cumprimento e fui para casa com tudo aquilo que o mestre falou na cabeça, e assim consegui ficar mais tranquilo pelo resto do dia.


Brian

segunda-feira, 18 de março de 2013

Uma viagem ao passado

Tinha sido mais um daqueles dias completamente desagradáveis, não era muita novidade ver meus pais brigando, sendo que desta vez a coisa passou de todos os limites possíveis, tanto que acabou ocorrendo aquilo que eu tava torcendo pra que não ocorresse, meus pais decidiram se separar.
O motivo? O de sempre, dinheiro, um chamando o outro de mão-de-vaca, aquela velha conversa da qual eu ja estava cansado de ouvir, e finalmente essa merda tinha chegado num ponto crítico, e o pior é que eu já prévia que isto uma hora ia acontecer, era só uma questão de tempo.
Minha irmã chorou muito nesse dia, eu fiquei muito triste, não estava acreditando que aquilo estava acontecendo, mas não havia nada que eu pudesse fazer em relação a aquilo. O clima em casa ficou pesado pra caramba, todos foram dormir muito tristes, doeu ver meu pai dormindo no sofá enquanto minha mãe dormia no quarto. Já eu demorei pra conseguir dormir, não parava de pensar em tudo que tinha acabado de ocorrer, aquilo estava me incomodando muito, ia ser uma grande mudança na vida de todos lá em casa, mas depois de um bom tempo me contorcendo na cama pensando naquilo tudo eu finalmente consegui pegar no sono...
Quando deu por mim, eu estava flutuando num fundo completamente escuro, não havia nada lá, a não ser eu mesmo, e certamente fiquei me perguntando o que era aquilo. Eu olhava para todos os lados e não via absolutamente nada, até que eu ouvi alguém me chamar...
- Brian! - falava a voz
Voltei a olhei para todos os lados procurando a voz que me chamava, me locomovi um pouco, e a voz continuava a me chamar, até que vi algo brilhante em minha frente, fui em direção dessa luz, e quando cheguei perto percebi que era ele mais uma vez, minha consciência...
- Deixe-me adivinhar... - falei - você precisa ter uma conversa séria comigo.
- Não exatamente... - falou ele - desta vez a coisa será um pouco diferente.
- Como assim? - perguntei
- Você fará uma pequena viagem agora.
- Que viagem?
- Uma viagem no tempo!
- Por que?
- Você é um cara inteligente, sei que descobrirá o porquê disso sozinho. - falou minha consciência - Ah, e eu não irei com você!
E de repente me vi caindo em algum tipo de precipício, e tudo continuava escuro, até eu finalmente atingi o chão.
A queda não foi tão forte quanto eu imaginava que iria ser, me levantei e comecei a olhar ao meu redor, eu estava em um local que eu deduzi que fosse um colégio ou coisa assim, havia várias pessoas ao meu redor mas nenhuma delas parecia notar a minha presença. Resolvi andar um pouco, da uma explorada na área, foi quando eu vi a fachada do prédio, e vi que aquilo não era um colégio e sim uma universidade, e depois disso eu reparei no tipo de roupa que as pessoas estavam usando ao meu redor, modelos que eram usados nos anos 80, até aquele momento eu não tinha entendido nada, por que eu estava ali afinal de contas?
Até que olhei pra uma das paredes, e lá estava encostado um jovem, que se parecia comigo até, ele estava lá comendo um sanduíche de mortadela, no início eu não sabia o porquê que ele tinha me chamado a atenção, talvez pelo fato que ele parecia bastante comigo, até que eu ouvi...
- Ei, Sérgio! - chamou alguém
Quando eu ouvi aquilo foi quando me dei conta, aquele era meu pai, tudo começou a se encaixar, aqueles eram os anos 80, e aquela era a universidade que meu pai e minha mãe estudaram (e onde se conheceram, certamente).
- Fala Mário! - respondeu meu pai - como foi a prova?
- Uma merda, pra variar, e a tua?
- Não sei dizer, tava bem complicadinha ela.
- Ah, cara, tu sempre fala isso e sempre se dá bem!
E naquele momento os outros amigos do meu pai foram chegando, eles se juntaram e começaram a jogar conversa fora (o que me lembrou bastante eu e meus amigos), até que 2 belas moças passam por eles, todos pararam o que estavam fazendo para vê-las passarem, uma delas eu reconheci de primeira, era a minha mãe.
- Vocês são uns pervertidos mesmo, hein? - comentou um deles
- Pra mim tu não olhou também! - falou outro
- O que é belo é pra ser apreciado! - falou outro
Meu pai estava calado naquele momento, seus olhos estavam fixados na minha mãe.
- Sérgio? -  chamou um deles
- O que? Que foi? - falou ele
- Ta voando ai, pô!
- Ele ta de olho na Judith (minha mãe) que eu sei! - falou um deles
- Ah, calem a boca! - falou meu pai
- Relaxa, cara - falou o Mário - pode falar pra gente, você é afim dela, né?
Meu pai ficou calado por um momento e respondeu:
- Sim!
- Eeeeeeeeeh! - gritaram os outros
Até que de repente a cena começou a se desintegrar e eu voltei a cair, quando atingi o chão dessa vez eu estava dentro de uma sala de aula.
O professor falava umas coisas dais quais eu não entendia nada, ignorei-o e dei uma olhada ao redor e vi meu pai sentado exatamente ao lado da minha mãe, ele estava meio acanhado, ele a olhava de uma forma da qual eu conhecia muito bem, havia paixão nos olhos dele. Até que um momento eu voltou a se focar na aula.
Pouco tempo depois a aula foi encerrada, e quando meu pai se preparava pra sair, ele ouviu:
- Ei, Sérgio!
Era minha mãe chamando.
- O-o-o-o... oi! - gaguejou ele
- Oi, tudo bem?
- T-t-t-tudo! - (definitivamente eu tinha puxado a ele)
- É que eu to com dificuldade nessa matéria que o professor deu agora, ai você poderia me da uma ajuda depois?
- Cl- Claro, quando você quer que eu te ajude?
- Pode ser hoje a tarde na biblioteca?
- Pode ser!
- Ta certo então, a gente se ver lá. - falou ela sorrindo, meu pai retribuiu o sorriso.
Dentro dele eu imaginei que estivesse aquela sensação de vitória.
De novo a cena se desintegrou e eu voltei a cair, desta vez eu estava numa biblioteca, e logo a minha frente estava meu pai e minha mãe estudando juntos (e pelo que vi já tinha se passado um bom tempo e eles já estavam mais íntimos um do outro), eles não estavam só estudando, mas também se divertindo, até que uma hora eles começaram a fazer cócegas um no outro e fizeram uma zuada tão grande que a bibliotecária chamou a atenção deles, eles obedeceram e riram baixo um pro outro.
E nesse mesmo momento eles começaram a olhar no olho um do outro, ficaram se olhando profundamente por um tempinho, depois suas cabeças começaram a se aproximar, seus lábios começaram a se encostar, até finalmente se beijarem, imaginei que aquele fosse o primeiro beijo deles, foi um beijo longo, até o momento que de novo a bibliotecária chamou a atenção deles...
De novo a cena se desintegrou e eu comecei a cair.
Desta vez eu via os dois sentados num banco de uma praça se beijando, eles já aparentavam estarem mais velhos, havia bastante amor entre eles.
- Eu te amo, Judy! - falou meu pai
- Também te amo, Sérgio! - falou minha mãe
- Tanto quanto eu te amo?
- Claro que sim, seu bobo!
- Será? Prove!
Na mesma hora minha mãe deu um grande beijo nele, beijo esse que durou um bom tempo.
- Essa é uma boa prova? - perguntou ela
- Sim... - riu ele - mas ainda há uma outra forma de você provar isso ainda mais!
- Ah é? - perguntou ela - como?
- Faz o seguinte, feche os olhos.
- Ih, vamos ver no que isso vai da! - falou minha mãe rindo e cobrindo os olhos com as mãos.
Meu pai tirou algo do bolso, eu consegui ver o que era, era um anel, e pensei ''Deve ser quando ele a pediu em casamento''.
- Pode abrir agora!
Quando ela abriu, veio a surpresa
- Judith... - falou meu pai - você quer casar comigo?
Ela nem hesitou
- Claro que aceito seu LINDO!
E mais uma vez eles se beijaram...
A partir daquele momento comecei a ter um aperto no coração.
E mais uma vez a cena se desintegrou e eu voltei a cair.
Chegando ao chão, desta vez eu estava numa igreja, havia muitas pessoas bem vestidas, quando olhei pro altar eu me dei conta que aquele era o casamento dos meus pais, foi no exato momento em que os dois disseram ''sim'' um pro outro.
- Pode beijar a noiva! - falou o padre
Meus pais se beijaram e todos na igreja aplaudiram, e logo depois meu pai sussurrou no ouvido da minha mãe:
- Prometo te amar até para sempre, prometo que ficarei com você até ficarmos bem velhinhos e cheio de netos correndo pela casa.
Minha mãe riu baixo e disse:
- Também prometo te amar sempre, não importa as circunstâncias!
E se beijaram mais uma vez.
Foi quando eu não aguentei mais e comecei a chorar, nesse momento tudo ao meu redor começou a tremer, eu estava prestes a acordar...
Acordei com o coração disparando, eram quase 4 da manhã, e quando me dei conta de tudo que tinha sonhado, desatei no choro. Comecei a pensar ''Caramba, eles se amavam tanto, como raios tudo acabou assim?'' era difícil acreditar que aquele mesmo casal apaixonado que eu vi no sonho, hoje é o casal que não consegue mais ficar no mesmo cômodo sem brigar.
É por essas e outras que eu digo: Amor eterno existe, mais é uma coisa que apenas poucos conseguem, a pessoa só consegue se for muito sortuda!



Brian

sábado, 16 de março de 2013

A Busca na Escuridão* - Parte Final

*Essa história não tem nenhuma relação com o Brian.
-
(...)
Uma lágrima caiu dos olhos de John quando ele terminou de contar todo o ocorrido, eu bem entendia porque. Ele prometeu pra ela que nada de ruim iria acontecer a ela, da mesma forma que eu prometi isso a minha irmã, eu sabia bem o que ele estava sentindo naquele momento.
- Ah... - falou John - ainda tem outro detalhe...
- O quê? - perguntei
- Depois eu fui olhar as fotos que a gente tirou naquela noite... - falou ele procurando algo no celular - e numa delas eu vi isso aqui!
Ele me mostrou uma foto da Mariah tirada naquela noite, e logo atrás dela, escondido entre as árvores, dava pra ver a mesma criatura que aparecia na foto que eu tirei da Elizabeth na tarde anterior a seu desaparecimento, alto, de terno, com tentáculos e sem rosto.
- Tenho certeza que esse foi o tal homem que a Mariah estava falando. - disse John
- Essa foto foi tirada que horas mais ou menos? - perguntei
- De 1 e pouca, pouco antes de eu começar a contar histórias de terror pra ela e ela começar a agir estranho. - respondeu ele - Afinal, com a sua irmã também foi assim?
- Bom... - disse eu - deixe-me lhe contar...
Contei para ele tudo que ocorreu desde que minha irmã passou pelo bosque e viu esse ''homem'' até a hora em que se teve conhecimento do seu desaparecimento, quando terminei John falou:
- Então todos que desapareceram avistaram esse homem?
- Exatamente, a amiga da minha irmã que também desapareceu também diz ter o visto, e ele também aparece numa foto dela tirada antes de ter desaparecido.
- Você acha que ele tem algo a ver com os desaparecimentos?
- Não vejo outra explicação pra isso!
Ficamos em silêncio por um instante, até que eu disse:
- Sei como se sente, cara, o que você prometeu pra Mariah eu também prometi pra minha irmã, sei bem como é a sensação.
John estava a ponto de chorar.
- E é por isso que eu to precisando ter mais informações sobre esse homem, talvez ele seja a explicação pra isso tudo, talvez sabendo mais sobre ele a gente pode acabar descobrindo o paradeiro de todos aqueles que desapareceram... - dei uma pausa - eu prometi a Elizabeth que não deixaria nada de ruim acontecer a ela, e pretendo manter minha promessa!
John se desatou em chorou naquele momento, então eu disse:
- Bom, pelo visto acho melhor eu te deixar em paz agora, se souber de mais algo, me avise. - Dei para ele um papel com meu endereço, telefone e e-mail.
- T-Ta... certo! - falou ele com dificuldade
- Desculpe o incômodo! - e fui embora.

No dia seguinte, quando acordei eu recebi a triste notícia de que John tinha se suicidado, se enforcou em uma das árvores do bosque a noite, seu corpo foi encontrado no local de manhã cedo por um gari, os pais dele disseram que desde o desaparecimento de Mariah ele estava depressivo e que naquele noite tinha piorado, que ele não parava de chorar e que ele aproveitou a hora em que eles foram dormir para fugir pro bosque e se enforcar, eles também disseram que perguntaram pra ele o porque que ele chorava tanto, ele apenas pedia pra que o deixassem em paz, certamente a minha conversa com ele não chegou a ser citada.
Me senti um pouco culpado por isso, alias, foi por causa de mim que ele piorou, pensei até em ir ao velório dele, mas seria estranho já que até certo tempo a gente nem sabia que o outro existia, e isso sem falar que se eu fosse falar o porque eu estava lá era bem capaz de me culparem pelo o que aconteceu.
Eram quase 8 da noite quando eu estava voltando do trabalho pra casa, tudo tranquilo até eu passar pelo parque, o mesmo parque em que Elizabeth foi vista pela última vez, parei em frente dele e fiquei observando.. Observando as árvores do bosque, o que elas podiam estar escondendo naquele momento. Pensei ''E se esse Slender Man realmente existir? Se ele realmente estiver com a minha irmã? O que será que ele fez com ela? Estar ele dentro do bosque nesse momento? Será que ele estar me observando agora?
Será que eu acabei de vê-lo nesse momento mas não lembro mais?''
Perguntas as quais eu precisava achar uma resposta logo, ou então eu acabaria doido, segui meu caminho para a casa pensando nisso tudo...

sexta-feira, 15 de março de 2013

A Busca na Escuridão* - parte 2

*Essa história não tem relação nenhuma com o Brian.
-
(...)
E então John me deu o seguinte depoimento...

''Há tempos a gente planejava essa noite, seria uma noite que a gente finalmente teria só para nós, os pais dela nunca aprovou o nosso namoro, certamente por causa da diferença de idades, por essa e outras que a gente só conseguia namorar as escondidas.

O plano era perfeito, falar para os nossos pais que íamos dormir na casa de algum amigo, e claro, falamos com esses respectivos amigos para que confirmassem a história se caso perguntas fossem feitas para eles. Depois de tudo planejado a gente só precisava encontrar o local ideal para acampar, e pra mim não havia lugar melhor que o bosque, já que a noite ninguém ia lá, e as chances da gente ser pego era menor, ela disse que não achava uma boa ideia ser lá, já que é escuro e coisa e tal, mas eu consegui convencê-la.
Chegado o dia a gente não se viu nem pela manhã e nem pela tarde, mas claros nos comunicamos via sms durante todo o dia, estava chegando a hora do nosso plano ser posto em prática, depois da gente sair de casa a gente iria se encontrar no parque, já perto do bosque. Eram quase 7 da noite, a gente tinha combinado de se encontrar lá as 8, saí de casa as 19:20, e cinco minutos depois Mariah me mandou um sms avisando que também estava saindo de casa.
Cheguei no parque as 19:35, ainda havia um pouco de movimento pela área, uns 10 minutos depois Mariah finalmente chegou, ficamos namorando no parque por um bom tempo, até finalmente não haver mais ninguém pelas redondezas, as 21:30 já não se via mais nenhuma alma pelo parque a não ser a gente.
- Chegou a hora! - disse eu
- Tem certeza? - perguntou ela
- Claro que sim. - falei - Por quê? está pensando em desistir?
- Não, claro que não.
Percebia no rosto dela que algo a pertubava.
- Mariah, tem algo errado? - perguntei
- Não, por que teria?
- Você me parece preocupada.
- Não é nada demais.
- Aconteceu algo?
- Não!
- Então por que você está assim?
- Só estou preocupada porque a gente vai passar a noite toda no bosque, no meio da escuridão.
- Calma, linda - falei beijando ela - nada de ruim vai acontecer, você mesmo diz, nada ocorre nessa cidade.
- Ainda assim, to com um mal pressentimento.
- É só nervosismo, normal, é o medo de seus pais descobrirem.
- Também... - disse ela - mas não é só isso!
- Como assim? - perguntei
- Há outra coisa também... - disse ela
- O que?
Ela ficou em silêncio por um instante.
- Nada não. - ela disse
- Ah, fala! - insisti
- Sério, não tem importância.
- Pra te deixar preocupada deve ter alguma importância!
- Sério, se eu te contar você vai dizer que to doida.
- Conta, vai!
- Não!
Eu queria que ela contasse de qualquer forma. Então eu disse:
- Vamos fazer assim, não importa o que você disser prometo que vou acreditar, por mais absurdo que seja.
Ela pensou e disse:
- Promete mesmo?
- Claro que sim! - falei oferecendo o dedo mindinho.
Demos os dedos, e então ela disse:
- É que quando eu estava passando por aqui hoje de tarde, quando estava voltando do curso, eu vi uma coisa estranha bem ali... - falou ela apontando para as árvores.
- Você viu o que? - perguntei
- Um homem, alto até demais para os padrões humanos, ele usava terno... - ela fez uma pausa - e o mais estranho, ele tinha tentáculos e não tinha rosto.
Realmente no inicio achei que fosse loucura, mas não falei nada, deixei que ela continuasse.
-  Ele estava meio que... olhando pra mim, mesmo não possuindo olhos, posso até estar doida, mas foi o que eu vi.
- Ele fez algo com você? - perguntei
- Não!
- Então porque essa preocupação?
Ela pensou um pouco e disse:
- Eu sinceramente não sei.
Então eu disse pra ela:
- Relaxa gata, é só paranoia tua, vamos entrar no bosque e vamos ter a noite que a tempo estamos planejando. - disse eu abraçando ela.
Ela ficou calada por um instante e disse:
- Ta certo! - e se virou pra me beijar - é que isso me assustou um pouco, sabe?
- Te entendo.
- Isso sem falar que eu vi essa coisa perto do bosque. entrando lá estaria sendo o mesmo de uma ovelha entrar na casa do lobo.
- Mas fique calma, certo? Eu to aqui.
- Eu sei - disse ela me abraçando.
E ainda abraçado com ela eu disse:
- Prometo que não deixarei nada de ruim lhe acontecer, ta certo?
- Ta certo! - respondeu ela
- Agora, vamos lá?
- Vamos!
Entramos no bosque e arrumamos um bom local para montar o acampamento, acendemos a fogueira e começamos a nos divertir, pelo menos até o momento em que comecei a contar histórias de terror para ela, enquanto eu contava para ela a lenda do The Rake ela voltou a ficar nervosa, ela começou a olhar fixamente para as árvores.
- Algum problema gata?
Ela não respondeu.
- Mariah?
Ela estava começando a ficar pálida.
- Mariah, to começando a ficar preocupado!
- Ta sentindo essa sensação? - perguntou ela
- Que sensação?
- Como se alguém estivesse observando a gente!
Aquilo começou a me assustar.
- Acho melhor a gente parar com as histórias de terror por aqui. - eu disse - aliás, olha só, são quase 2 da manhã, acho melhor a gente ir dormir.
Ela demorou pra responder.
- Ta certo! - respondeu
- Vamos, a gente dorme abraçado, você vai se sentir melhor.
- É, eu acho.
Eu não gostei daquela resposta.
Percebi nos olhos dela que ela estava com medo de algo, perguntei o que tava de errado, mas ela se recusava a responder, comecei a beija-la, mas nem isso adiantava, aquilo estava me assustando. Uns 15 minutos depois eu finalmente caí no sono,
Estava em sono profundo, até que no meio da noite, umas 3:30 para ser mais exato, eu ouço Mariah gritando do meu lado.
- SAI, SAI DAQUI, ME DEIXA EM PAZ!
- MARIAH, MARIAH! - gritei
- AAAAAAAAH! - gritou ela quando acordou
- CALMA, CALMA MARIAH... - gritei - já passou, já passou, eu to aqui... - falei abraçando ela.
- Era ele. - disse ela
- Ele quem? - perguntei
- O homem que te disse, alto, de terno, sem rosto... Ele estava aqui! - falava ela - ele estava tentando entrar na barraca!
- Calma linda, calma, isso só foi um sonho maluco, não tem mais ninguém aqui a não ser a gente.
- Tem certeza?
- Se quiser eu vou lá fora agora e checo!
- NÃO, não me deixa aqui sozinha!
- Calma, não irei muito longe.
- Eu to com medo!
- Não tenha, eu to aqui, não estou?
Beijei ela e disse:
- Vou manter minha promessa de que não deixarei nada de ruim lhe ocorrer, ta certo?
- Ta!
- Então vou lá fora da uma checada rápida, só por garantia, você mal vai perceber a minha falta.
- Ta bom, mas não demore!
- Não demorarei!
Peguei a lanterna e saí da barraca, fui olhar os arredores pra ver se achava algo de estranho, na hora me subiu um frio na espinha, o bosque realmente ficava estranho a noite, eu estava começando a ficar assustado. Até que ouvi um barulho de estranho, barulho de folhas, como se alguém estivesse andando por ali, meu coração acelerou e me virei pra ver o que era. Fiquei mais tranquilo quando vi que eram só ratos, então decidi voltar pra barraca.
- Dei uma olhada na área e não achei nada de estranho... - disse eu - só vi uns ratos passarem por ali, mas nada com que devessemos nos preocupar.
Mariah me abraçou e disse:
- To com medo, John.
- Eu sei, gata, mas fique calma, nada irá acontecer. - Ah, como queria que isso tivesse sido verdade
15 minutos depois voltei a pegar no sono e só acordei na manhã seguinte.
Acordei eram 9:25 da manhã, nessa hora eu demorei pra me da conta, mas pouco tempo depois eu olhei pro lado e vi... Mariah não estava mais lá. Fiquei desesperado, saí da barraca correndo e comecei a correr pelo bosque gritando pelo seu nome, procurei pelo bosque, pelo parque, pela cidade, e nem sinal dela, informei as autoridades do ocorrido e aos pais dela, eles certamente me culpam por isso, agora se passaram quase 1 mês do ocorrido, e ninguém mais teve nenhuma notícia dela.''

[FIM DO DEPOIMENTO]




[continua...]

quinta-feira, 14 de março de 2013

A Busca na Escuridão* - parte 1

*Essa história não tem nenhuma relação com o Brian.
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Olá, meu nome é Jack, tenho 20 anos, moro numa pacata cidade do interior da Suíça, bom, pelo menos até certo tempo era pacata. A certo tempo eu iniciei uma caçada, mas não uma caçada qualquer, comecei a caçar uma coisa que muitos duvidam que existe, mas pelo menos eu não tenho a menor duvida que essa coisa existe.
Tudo começou a mais ou menos 1 mês, quando crianças começaram a desaparecer misteriosamente, até o momento 6 crianças estão desaparecidas, entre elas Elizabeth, minha irmã mais nova de 7 anos. Ela foi a última a desaparecer, ela foi vista pela última vez quando estava voltando da escola, e depois que ela chegou perto do bosque não se teve mais notícias dela, minha família estar desesperada, e eu também estou. As buscas da polícia não tem dado em nada, eles não acham nem sinal do paradeiro de nenhuma das crianças desaparecidas.
Foi então que eu mesmo comecei a tentar achar uma ligação entre todos os desaparecimentos, tinha que haver algo em comum, alguma pista encontrada em todos os casos, então eu fui pesquisar. Depois de um bom tempo analisando todos os casos eu finalmente achei um denominador comum entre todos os casos, em todos as crianças afirmaram no dia anterior a seu desaparecimento terem visto um homem alto (alto até demais pros padrões humanos), de terno, com tentáculos e sem rosto, todas as viram no bosque perto do parque e todas tiveram um pesadelo com esse homem na noite anterior a seu desaparecimento.
Minha irmã no dia anterior a seu desaparecimento, enquanto estávamos no parque, ela afirmou ter visto esse tal homem, ela o chamou de ''homem-tentáculos'', ela me apontou a direção em que tinha visto o homem, mas eu nada vi lá, e naquela noite ela acordou aos gritos dizendo ter sonhado que esse homem tinha tentado entrar no quarto dela pela janela, eu não levei aquilo muito a sério achando que ela só estava assustada porque a amiga dela tinha desaparecido uns 4 dias antes, e na manhã seguinte ela não estava querendo ir para a escola, como se ela sentisse que algo fosse acontecer. E o que mais me dói é que naquela noite eu tinha prometido a ela que não deixaria nada de ruim acontecer com ela.
Outro fato que eu descobri foi o fato desse ''homem-tentáculos'' aparecer atrás da criança desaparecida nas fotos tiradas no momento em que elas o avistaram, naquela tarde no parque eu tirei uma foto de Elizabeth, e depois quando fui ver esse ''homem'' aparecia atrás dela, a mesma coisa observei com as outras crianças desaparecidas, então fui pesquisar o que era exatamente aquilo, e tudo me levou a lenda do Slender Man. Todas as características dita pela minha irmã batiam com esse ''Slender Man'', e a lenda batia com tudo que estava acontecendo, e diz a lenda que todas as crianças capturadas por ele nunca mais eram vistas novamente, isso me deixou assustado. Segundo a lenda, só crianças conseguem vê-lo, os outros conseguem vê-lo, mas apenas por um momento e depois logo esquecem, ou seja, o Slender pode ter aparecido na sua frente nesse momento e você simplesmente se esqueceu disso, e quando ele aparece, é sempre em áreas de mata, nesse caso no bosque perto do parque. Naquele momento eu não sabia se acreditava naquilo ou não, mas eu precisava tirar aquilo a limpo.
Eu precisava falar com as testemunhas dos outros desaparecimentos, e resolvi começar com a testemunha do primeiro desaparecimento, o desaparecimento de Mariah, de 12 anos. Ela desapareceu depois que foi acampar escondida dos pais com seu namorado de 17 anos, John (certamente os pais dela não aprovavam o namoro). Ela saiu dizendo que ia dormir na casa de uma amiga, e nunca mais voltou, John diz não saber o que aconteceu com ela, que simplesmente acordou e ela não estava mais do seu lado. Eu precisava falar com ele, precisava saber de todos os detalhes daquela noite. Ele não morava muito longe de mim, então fui até a casa dele.
Chegando lá não foi difícil encontra-lo, ele estava sentado na calçada da casa dele, desde o desaparecimento de Mariah que ele tem andado com uma aparência depressiva, certamente é de se entender porque, já que ele estava lá quando ela desapareceu.
- John? - falei
- Sou eu! - respondeu ele
- Posso falar com você por um instante?
- Quem é você, afinal?
- Ah, me desculpe, eu sou Jack! - falei apertando a mão dele
- Olha Jack, não é por nada não, mas eu quero ficar sozinho agora.
- Mas só quero te perguntar umas coisas.
- Sobre o que?
- Sobre a noite do desaparecimento de Mariah.
Ele ficou em silêncio por um instante e depois falou:
- Sem querer ofender, mas eu prefiro não ter que falar disso,
- Por favor, é importante! - supliquei
- Por quê?
- Porque minha irmã também desapareceu!
Ele ficou pensando por um instante, eu achei que ele fosse me conta tudo que eu precisava saber, mas ele disse:
- Foi mal cara, mas eu não sei como isso vai ajudar no desaparecimento da sua irmã.
- Pode ser que ajude não só no desaparecimento dela... - disse eu - mas também no desaparecimento da Mariah e de todas as outras crianças.
- Por favor, nem a polícia acharam nada que ajudasse, quanto mais você!
- Isso porque a polícia só ta procurando pelo mais óbvio.
- Olha, por favor, me deixe em paz, as coisas já tão ruim o suficiente sem ninguém enchendo meu saco.
- Por favor, confie em mim! - falei tentando segura-lo
- Me dê uma razão.
- Já lhe dei a razão!
- Então me fale como isso iria ajudar nos desaparecimentos!
- Porque todos eles tem uma coisa em comum.
- O que?
- Todas as vítimas dizem ter avistado um homem alto, de terno, sem rosto e com tentáculos um dia antes de desaparecerem!
John nada falou.
- Foi assim com a minha irmã, foi assim com a amiga dela que também desapareceu e eu sei que foi assim também com a Mariah!
John falou:
- É verdade, ela disse ter visto um homem com essas características,
- As autoridades não levam isso a sério, mas eu levo, isso tudo não deve ser apenas coincidência!
John continuava calado.
- Por favor, se ainda há uma esperança da gente acha-las, vamos aproveitar.
John pensou, e disse:
- Ta certo então, o que você quer saber?
- Todos os detalhes da noite em que Mariah desapareceu, TODOS mesmo, até aqueles que parecerem absurdos.
E então John me deu o seguinte depoimento...



Continua...

segunda-feira, 11 de março de 2013

Homem de Deus?

Seria mais um daqueles dias chatos que eu estava tendo desde que entrei de férias (as minhas ''férias'' de 6 meses) se não fosse pelo fato que eu iria visitar Andreza naquele dia. Desde o dia das fotos no colégio que a gente não se via, não só a gente mas também todo o nosso grupinho. Ela também teria umas férias longas, também pegou 2ª entrada na faculdade.
Fui para pouco depois do almoço, peguei o ônibus e cheguei lá em menos de meia hora. Finalmente chegando na casa dela a gente começou a jogar conversa fora (pra variar), até ai estava tudo bem, quando ás 15:30 a campainha da casa dela tocou...
Ela foi atender, era sua avó que estava na porta.
- Oi vó!
- Oi querida! - falaram elas se abraçando
- Ao que devemos essa surpresa?
- Preciso falar com a sua mão, queria, ela estar?
- Claro, vou chama-lá... Ah, esse é Brian, meu amigo do colégio.
- Tudo bem, querido?
- Tudo! - respondi
Andreza foi chamar a mãe, e enquanto isso eu reparei a avó dela parecia bastante preocupada.
''O que será que aconteceu?'' me perguntei.
Andreza voltou com a mãe dela.
- Oi mãe, que surpresa! - disse a mãe de Andreza.
- Oi minha filha... - falou ela - desculpe aparecer assim sem avisar, mas é que eu to precisando da sua ajuda.
- O que houve, mãe?
- Olhe, eu vou ser direta, estou com 4 meses de aluguel atrasados, e no momento não estou com condições de paga-lo e o proprietário me deu um ultimato de 2 semanas, ou então eu serei despejada!
- E ainda tem mais, as contas estão chegando e eu também não to com condições de pagar algumas delas.
- Como vó? - perguntou Andreza indignada - você não é de gastar muito!
- Com o que você tem gastado ultimamente, mãe? - perguntou a mãe de Andreza
- As mesmas coisas de sempre!
- Então como você chegou nessa situação?
- Bom, minha filha, também tem as doações que eu tenho feito a igreja ultimamente. - (a avó de Andreza é evangélica)
- De quanto tem sido essas doações?
 - Bom, deixe-me ver... tenho doado uns 500 reais por semana.
- 500 REAIS? - Andreza esbravejou
- Sim, mas foram por uma boa causa, ele disse que todo dinheiro doado vai direto pra uma ONG em que ele é voluntário.
- Que ONG?
- Bom, isso ele nunca mencionou.
Andreza estava preste a ter um ataque de nervos.
- Qual o nome do Pastor da sua igreja?
- Pastor Marcos.
Ai eu me meti na conversa
- Pastor Marcos? Aquele mercenário?
- Não fale assim dele... - falou ela
- Por que vó? Só porque é a verdade? - falou Andreza - ONG que nada, ele ta enriquecendo a suas custas e as custas de todos que vão pra igreja dele.
- Meu Deus, mãe... - falou a mãe de Andreza - você é tão ingênua.
- Mas... - tentou falar a avó de Andreza
- Não mãe, vamos fazer assim, eu vou tentar te ajudar no que for possível, e se qualquer coisa ocorrer você pode ficar aqui em casa.
- E eu vou ter uma conversinha com esse Pastor Marcos! - falou Andreza
- Você sabe onde é a igreja dele? - perguntei
- Sei sim!
- Então eu vou com você!
Andreza tava com aquela expressão de que iria matar alguém, mas eu também não estava lá feliz com aquilo, fiquei revoltado com o que ouvi.
Chegamos na igreja (não era muito longe da casa de Andreza) as pessoas estavam chegando pro culto do dia, o Pastor tinha chegado naquele momento e estava se aproximando do altar, então eu e Andreza entramos.
- Pastor Marcos? - falou Andreza
- Sim? - respondeu ele levantando a cabeça
- Temos um assunto a resolver!
O Pastor ficou em silêncio por um momento, e depois falou:
- Não tenho nada a falar com gentinha do seu tipo, aliás, sugiro que você saia da minha igreja imediatamente!
- Por que eu deveria? - perguntou Andreza.
- Porque negros não são bem vindos aqui, preto é a cor das trevas, e todos que nascem com essa cor são pessoas amaldiçoadas que nunca poderão entrar no reino de Deus. Gente que nem você não deviam nem se misturar com gente como nós, por mim o apartheid ainda existiria, inclusive aqui no Brasil, para que gentinha que nem você ponham-se no seu lugar e...
Nessa momento eu parti pra cima dele e comecei a enche-lo de porrada, eu já estava irado naquele momento, e não ia deixar aquele pastorzinho de merda destratar minha amiga daquela forma, quando finalmente separaram a gente, eu disse:
-  Pessoas como você me enojam, como você tem ainda a ousadia de dizer que fala em nome de Deus? Você não é um homem de Deus, você é um mercenário de merda, e racista ainda por cima, você fala que os negros nunca encontraram o reino de Deus quando na verdade que nunca o encotrará é você seu filho da puta. - e todos olhavam pra mim - Você prega a igualdade, mas fala besteiras como essa, você não é homem de Deus coisa nenhuma, você é um bosta, simplesmente... ME SOLTEM. - esbravejei
Todos me soltaram na hora.
- E vocês são tudo uns burros... - falei olhando para todos presentes na igreja no momento - não percebem que esse homem so quer encher o cu com o dinheiro de vocês? Ainda acho incrível como vocês estão dispostos a dar praticamente tudo que vocês tem apenas para conseguir a benção desse miséravel, na boa, vão se foder vocês todos!
Todos olharam indignados para mim.
- Vamos dar o fora daqui, Dreza. - falei
Saímos de lá, quem estava com cara de quem ia matar alguém desta vez era eu.
- Brian... - falou Andreza - você não precisava fazer isso.
- Que nada Dreza, eu não ia deixar aquele filho da puta falar daquela forma contigo.
E então nos abraçamos e voltamos para a casa dela.


Brian

sábado, 2 de março de 2013

Nostalgia

Desde que aquela loucura toda do vestibular acabou eu não tenho tido muita coisa pra fazer, principalmente porque minha faculdade so começará em agosto, bom, eu arrumei algumas coisas pra fazer enquanto isso (comecei a fazer kung fu, estou dando aula de computação básica pra minha avó e comecei um curso de espanhol), mas ainda assim o tédio tem tomado conta de mim.
Até que um dia o colégio chamou todos aqueles da turma que passaram no vestibular (seja ele qual fosse) para que fossem para lá pra tirarem fotos e também para da uma ''palestra'' sobre vestibular pros atuais alunos do 3º ano, e também pediram para gente ir com a camisa do Fera. O dia era uma quinta-feira, ás 10:30 da manhã.
Chegado o dia, eu me acordei de 9:00, comi, tomei banho, me arrumei e fui para o colégio, saindo do prédio eu já me senti estranho pelo simples fato de ta saindo de casa com a roupa da qual eu costumava ir pro colégio fazendo o caminho que eu fazia todos os dias pra ir para lá, foi estranho, já que eu não tinha mais colégio. Cheguei na parada e o ônibus não demorou muito, nem instante cheguei no colégio, foi ai que me senti estranho de novo, entrei lá e cumprimentei o porteiro, estava na hora do intervalo do fundamental, havia bastante gente no corredor, foi então que olhei para a minha camisa, olhei ao meu redor e pensei: ''Estranho, e eu não estudo mais aqui...''.
Continuei andando, até que finalmente achei meus amigos, quase todos que passaram em algo estavam lá. Thiago, Andreza e Joey também estavam lá (Thiago passou em Química na UFPE, Andreza em Enfermagem na UPE e Joey em Direito também na UFPE) fui falar com eles e com todos que estavam lá (todos os meninos carecas e todas as meninas com um band-aid na sobrancelha  todos dando parabéns uns pros outros e todos botando o papo em dia, até que a coordenadora chegou e começou a sessão de fotos, fotos com todos ''Feras'' que estavam lá e também com os nossos antigos professores. Foto vai, foto vem, e depois formos chamados para entrar na sala do atual 3º ano para da a ''palestra'' sobre vestibular, quando entramos todos formos aplaudidos, meus amigos que são do 3º ano me cumprimentaram de longe e eu respondi, cada um falou os cursos e as faculdades em que passaram, já a parte da ''palestra'' eu deixei mais para os outros falarem.
Saímos da sala e logo em seguida tocou para o intervalo do Ensino Médio, logo fui falar com meus amigos do 3º ano, falei com eles o quanto era estranho eu ta lá com aquela camisa mesmo não estudando mais lá, e eles concordaram comigo, foi então que começou a nostalgia, comecei a lembrar de como era meu dia a dia no colégio com todos os meus amigos, e a saudade bateu. Foi então que eu lembrei que ainda havia uma pessoa muito importante da qual eu precisava ver naquele dia... Gabriela.
Gabi agora estava no 2º ano, e ela não fazia nem ideia de que eu estava lá, e eu não avisei de propósito, queria fazer uma surpresa. Saí da sala do 3º ano e fui procura-la, fui na sala do 2º ano, mas ela não estava lá, então fui procura-la pelo colégio, quando vi ela estava se sentando na mesa da cantina perto das amigas. Me aproximei e umas amigas dela viram, mas fiz sinal para que elas não dissessem nada, então cubri os olhos dela e não falei nada, ela tocou em minhas mãos, nos meus antebraços e perguntou:
- Quem é?
- Alguém que você nem imagina! - respondi
Ela suspirou fundo e olhou para trás.
- Não acredito! - falou ela abrindo um grande sorriso
Nos abraçamos fortemente, ela começou a me encher de beijos e em seguida nos beijamos (e as amigas dela só olhando)
- Por que você não me disse que vinha aqui? - perguntou ela
- Pra fazer uma surpresa. - respondi
E mais uma vez nos beijamos, e esse foi um beijo longo, e assim ficamos por um tempinho, até ela perguntar:
- Por que você estar com a camisa do colégio?
Então eu expliquei tudo que fui fazer lá.
Ficamos juntos durante todo intervalo dela, até que tocou e ela teve que voltar pra sala, e depois que tocou voltou a sessão de fotos e entramos nas salas dos 1ºs anos pra fazer a mesma coisa que fizemos na sala do 3º ano, depois que saímos de lá formos liberados para voltar pra casa, alguns foram logo, mas eu e os meus amigos ficamos mais pra ficar conversando (que nem nos velhos tempos). Passamos um bom tempo conversando sobre tudo que fazíamos na época do colégio e tudo o mais, depois deu uma certa hora e todos começaram a ir embora, perguntaram se eu ia também, mas eu disse que ia esperar Gabi sair.
Ainda ia demorar uma meia hora para que Gabi largasse, enquanto esperava eu comecei a pensar o quão nostálgico foi aquele dia, tive a chance de refazer uma parte da minha rotina de colégio, e a saudade bateu ainda mais, o colégio acabou e eu ia entrar numa nova fase da minha vida, a faculdade, fase essa em que a realidade é completamente diferente do colégio.
Quando finalmente o sinal da saída tocou eu fui logo encontrar Gabi na sala dela, e lá estava eu na porta da sala quando ela saiu, e assim como nos velhos tempos, a gente ficou lá no colégio de bobeira por um tempinho, levei ela até a parada e esperei até ela subir no ônibus. Como eu estava com saudades desses tipo de momentos com ela...



Brian