sábado, 30 de junho de 2012

Um belo momento

Era mais um dia de aula como qualquer outro, ou seria, se não fosse o fato que aquela era a última semana de junho, ou seja, muitos já estavam ansiosos para o inicio das férias. Apesar que nem eu e nem ninguém do 3º ano tinha muito o que comemorar com isso, ainda teríamos mais 2 semanas de aula em julho, os cursinhos não vão parar e mesmo quando a gente entrar realmente de férias teremos que gastar o tempo que tivermos estudando para o vestibular, em resumo, a gente só teria férias na teoria.
Já era quarta-feira, ao contrário do que muitos pensavam muitos ainda vinham para o colégio mesmo sendo a última semana (provavelmente os professores estavam passando trabalhos). As turmas das quais poucas pessoas estavam comparecendo as aulas naquela semana eram as salas de 6º a 8º ano, do 9º ano ao 3º ano os alunos ainda compareciam as aulas normalmente.
Quando tocou para o recreio eu fui direto para a sala do 1º ano, queria loucamente me encontrar com Gabriela, desde o São João que a gente num sai de junto um do outro, eu estava realmente apaixonado por ela, quando ela não estava por perto eu não parava de pensar nela, no seu lindo sorriso, no brilho de seus olhos azuis, seus lindos cabelos louros, sua doce voz e seu lindo rosto.
Cheguei na sala do 1º ano e todos já estavam saindo, fiquei procurando por Gabi, todos passavam, menos ela, comecei a ficar aflito. Até que passou Larissa, uma das amigas dela, então fui falar com ela:
- Ei Larissa!
- Oi Brian! - falou ela
- Oi! - respondi - Gabi ta ai?
- Ta não, ela ta doente e não veio hoje.
Me preocupei.
- O que ela tem? - perguntei
- Ela ta meio febril e com dor de cabeça, ta nem conseguindo levantar da cama direito.
- Vish, tomara que não seja nada grave.
- Também!
- Bom, melhoras pra ela.
- Obrigada!
E fui falar com meus amigos.
Fiquei realmente preocupado, minha vontade era está do lado dela, a abraçando, cuidando dela. Queria muito falar com ela, eu estava com saudades, e passavam-se os minutos e a saudade so aumentava, a vontade de estar com ela ficava cada vez maior, a angústia so aumentava. Então decidi que depois da aula eu iria ligar pra ela.
Assim que terminou a última aula, eu saí da sala, fui para um local com menos gente, e liguei para ela. Não deu 2 toques e ela já tinha atendido, estava com o celular bem perto dela eu imagino.
- Alô? - falou ela
Dava pra perceber na voz dela que ela realmente não estava bem.
- Alô? Gabi?
- Ah, oi Brian! - respondeu ela com alegria
- Vou nem perguntar se está tudo bem, porque estar claro que não estar.
- Ah seu bobo, deixa disso, apesar de tudo estou bem sim, não é nada demais, amanhã já devo estar melhor!
- Espero que esteja certa. - falei
Passaram-se uns segundos de silêncio, até que ela falou:
- Como você ta?
- To bem, apesar de ter que aguentar as chatices das aulas por mais 2 semanas.
- 3º ano não é moleza, né?
- Nem me fale, eu fico puto em pensar que eu poderia ficar de férias sexta se num fosse o 3º ano.
- Entendo, mas é necessário, né?
- Infelizmente, se num fosse eu num faria.
Ela riu e deu umas tossidas, com aquelas tossidas dava pra ver que realmente ela tava mal.
- To tão feliz por você ter ligado. - falou ela
- Sério?
- Sim, fiquei com saudades de você.
- Own, eu também fiquei.
- Eu até pensei em ligar, mas fiquei com medo de te ligar em horário de aula.
- Tudo bem, relaxe.
- Agora que estou falando contigo eu estou relaxada.
Quando ela falou isso eu tive uma sensação ótima, sempre era bom ouvir algo de tipo vindo de alguem que você ame. Fiquei sem saber o que falar por um momento, ate que eu disse:
- Fico feliz em ouvir isso.
Passou-se mais um momento de silêncio, e eu disse:
- Meu dia sem você não foi o mesmo.
- Sério?
- É, foi muito mais chato.
- Own, você é um fofo mesmo.
Mais uma vez tive uma ótima sensação ao ouvir aquilo. Passou-se outro momento de silêncio e eu falei:
- Vou ter que ir agora, mais tarde eu te ligo de novo e a gente conversa melhor, beleza?
- Ta certo! - disse ela
- Tchau, linda.
- Tchau fofo.
Eu ia desligando até ela falar:
- Espere, antes de ir deixa eu te falar uma coisa.
- Fale!
- Obrigada mesmo por ter ligado, so por ter falado contigo já estou me sentindo melhor!
Fiquei uns segundos calado e disse:
- Obrigado, fico feliz em saber.
- Sério, você é um amigão... - passaram-se uns segundos e ela disse - eu te adoro.
Senti uma flechada no peito, mas foi uma sensação boa, meu coração passou a bater mais forte
- Eu também te adoro! - respondi
Depois nos despedirmos de novo, desliguei o celular e fui pra casa feliz da vida.
Naquela tarde eu liguei para ela e ficamos horas conversando sobre todos os assuntos possíveis. Depois daquilo eu num tinha mais dúvida, eu realmente estava apaixonado por ela.



Brian

sábado, 23 de junho de 2012

E depois da festa...

Era mais uma segunda-feira chuvosa de junho, seria mais um dia normal, se não fosse o fato que naquele dia todos so falavam da festa de São João do colégio na sexta-feira anterior, a fofoca estava pior que o normal, o pessoal falava apenas sobre ''quem pegou quem'', ''quem botou gaia em quem'', ''quem ficou bêbado'', e muitos outros assuntos do tipo. E claro a história de Thiago e Andreza foi bastante comentada nesse dia, a história de Joey nem foi tão levada em questão (porque não era novidade nenhuma ver Joey com uma garota), comentaram um pouco sobre mim e Gabriela também, mas nem falaram grande coisa, já que eu e ela não chegamos a ficar.
O dia estava frio pra caramba, fui de casaco pro colégio, e o ar condicionado da sala não ajudava em nada (sortudos eram Thiago e Andreza que tinham um ao outro pra se aquecer). Se num bastasse o frio a minha animação estava lá embaixo, segunda-feira nunca era um dia agradável, era o dia das piores aulas e ainda tinha horário integral naquele dia.
Até que o recreio finalmente começou, ainda chovia forte, o aglomerado de gente ficou pior do que o normal, principalmente na fila da cantina, mas isso não era problema pra mim já que eu sempre trazia lanche de casa. Naquele dia eu resolvi deixar Thiago e Andreza sozinhos e Joey foi a procura de Laura (estavamos todos na esperança de rolar algo entre eles), já a mim o que restava era ficar com os meus amigos do 2º ano. Mas antes mesmo de eu ir procurar eles, eu tombei com uma pessoa.
- Oh, desculpe! - falei
- Não, tu... Oi Brian!
Quando vi com quem eu tombei, era Gabriela, não sei porque, mas ela estava muito mais linda que o normal naquele dia, talvez fosse por causa do penteado dela, ou talvez fosse por causa do casaco que ela estava usando, realmente não sei, mas enfim.
- Oi Gabi! - falei
- Tudo bem contigo? - perguntou ela
- É segunda, ou seja, nunca estou bem nesse dia.
Ela riu.
- Sei como é! - disse ela - vamos nos sentar, né?
- Ah, claro! - falei
Nos sentamos no banco mais próximo e começamos a conversar.
- Como foi o fim de semana? - perguntou ela
- Ah, a mesma chatice de sempre, sabe? - respondi
- Sei... - falou ela - então, já ouvisse tudo que aconteceu no São João?
- Provavelmente sim, e já estou por aqui de tanta fofoca. - falei - Na boa, a fofoca ficar pior no colégio depois de festas.
- É verdade! - falou ela rindo
- Mas de qualquer a forma, a festa valeu a pena né?
- Claro!
E então houve um momento de silêncio.
- Ta frio pra caramba hoje, você não acha? - falei
- Concordo, estou morrendo de frio aqui, mesmo com esse casaco. - falou ela
- Quer meu casaco emprestado?
- Não precisa, você ta com frio também né?
- Relaxa, já aguentei coisa pior, isso aqui é besteira! - falei já tirando o casaco
Entreguei o casaco, e ela disse:
- Tem certeza que você não vai precisar agora?
- Besteira, eu aguento.
- Mas...
- Eu insisto!
Um pouco receosa, ela colocou o casaco.
- Obrigada! - agradeceu ela
- Não tem por onde!
- Mas realmente não vai te fazer falta?
- Não mesmo.
Então ela desistiu de perguntar.
- Obrigada mesmo, garotos que nem você estar em falta no mundo. - falou ela
Me subiu uma sensação de vitória na cabeça quando ela disse isso. Então sorri pra ela e ela sorriu de volta.
Eu estava sentindo frio, mas não a ponto de congelar, então realmente o casaco não estava fazendo falta naquele momento.
Então começamos a conversar as baboseiras do dia a dia, e claro, também falamos da festa de São João, da quadrilha mal organizada do 3º ano e de como nos divertimos juntos (principalmente quando dançamos juntos). Quando falamos do momento em que dançamos, eu vi os olhos azuis dela brilharem para mim e o sorriso dela ficou cada vez mais lindo.
Até que ela me abraçou e deitou a cabeça em meu ombro, e assim ficou.
- Você ta quentinho, Brian. - falou ela
Fiquei sem saber o que falar na hora, fiquei completamente sem jeito depois que ela falou isso.
- Fique vermelho, não! - disse ela
- Quem disse que eu to vermelho? - falei
- Está sim, to vendo daqui.
E naquela hora eu percebi, que definitivamente ela estava mais linda do que o normal, meu coração começou a pulsar mais forte naquele momento, e ela sorria fortemente para mim, até que ela disse:
- Sabe o que eu mais gostei no São João?
- O que? - perguntei
- Ter você comigo naquele momento!
Me derreti por completo quando ela disse, olhei pra ela com um pouco de timidez, e a abracei de volta, e foi naquele momento em que eu me dei conta, eu estava apaixonado por ela, meu coração batia cada vez mais forte. Não queria que aquele momento acabasse, queria ficar la com ela pelo resto do dia.
Passou-se mais um tempo, até que tocou para voltarmos pra sala.
- Bom, de volta pra chatice. - falei
- Fazer o que né? - falou ela finalmente me soltando - tava tão boa a conversa.
- Pois é! - falei
Gabriela começou a tirar o casaco, então eu disse:
- Pode fica com ele até o fim da aula!
- Sério? - perguntou ela - você não vai precisar?
- Você precisa mais do que eu.
- Ah Brian, você é um fofo, sabia disso? - disse ela me dando um beijo na bochecha - na saída eu te devolvo.
Fiquei calado por um momento pensando no beijo, e disse.
- Beleza! - e vi ela correr para a sala dela
E eu fui para a minha.
Senti um puta frio na sala, definitivamente o ar condicionado so piorava as coisas, mas tentei ignorar o fato, o que estava difícil de fazer.
Consegui sobreviver ao frio da sala até finalmente tocar para sair, muitos ficariam feliz com o toque já que finalmente iriam pra casa, não era o meu caso, eu ainda iria ficar lá ate as 18 horas tendo aula, mas eu podia fazer o que?
Saí da sala e fui para a cantina com os meus amigos, até que Gabi aparece.
- Brian!
Olhei para trás e a vi correndo em minha direção com o meu casaco.
- Aqui estar - falou ela me entregando o casaco - Obrigada mesmo.
- Não tem de que! - falei
- Sério, você é um anjo de pessoa. - disse ela me dando mais um beijo no rosto - Até amanhã! - falou ela indo embora.
- Até! - falei um pouco sem graça.
Em seguida olhei para trás e vi todos (Thiago, Andreza e Joey) me olhando com olhares maliciosos.
- Bora sentar que eu conto tudinho! - falei
Então nos sentamos, e enquanto almoçamos eu contei todos os detalhes daquele dia para eles.


Brian

sábado, 16 de junho de 2012

Uma noite e tanto!

Quero dedicar esse conto pra Thiago e Andreza, felicidade para os dois =D
-
Era a festa de São João do colégio, boa parte da escola estava presente, eu e meus amigos inclusive (aliás, quase todo o 3º ano estava presente). A quadrilha tradicional do 3º ano foi desorganizada pra caramba, mas ainda assim foi divertido, e fora a quadrilha a sala também ficou responsável pelas barracas de comidas tipicas, na barraca de brincadeiras e no correio do amor (isso tudo para arrecadar dinheiro para a formatura).
Eu e Joey ficamos responsáveis pela barracas das brincadeiras e Thiago ficou responsável pelo caixa, e eu e Joey tivemos bastante trabalho, o movimento não parava, pior então quando a gente tinha que arrumar as latas caídas do ''acerte as latas'', nossas pernas ficaram doendo de tanto que tivemos que nos abaixar, mas pelo menos o lucro foi grande. Quando o movimento diminuiu finalmente pudemos respirar um pouco, e enquanto isso também pudemos conversar as nossas baboseiras de sempre.
Quando a banda principal começou a tocar muitos foram pra perto do palco e o movimento que tinha ficado pouco diminuiu para nada, eu e meus amigos ainda estavamos conversando as mesmas besteiras de sempre, até que um momento Thiago resolveu tomar a iniciativa de chamar nossa amiga Andreza para dançar (amiga essa que ele era interessado já fazia um tempo), ele foi e ficamos eu e Joey ainda conversando.
Passaram-se minutos e resolvemos da uma olhada como Thiago estava se saindo. Foi difícil acha-lo em meio da multidão, todos dançavam animadamente ao som da banda, até que quando finalmente o achamos, ficamos surpresos. Não só vimos ele e Andreza dançamos completamente agarrados, como também a gente viu eles se beijando.
- Não acredito no que estou vendo! - falou Joey
- Nem eu... - falei - o miserável finalmente conseguiu!
- Nunca senti tanto orgulho dele como agora.
- Eu sabia que ele conseguiria.
Foi então que os dois olharam pra gente e acenaram, acenamos de volta e eles voltaram a dançar.
- Vamos deixa-los em paz, né? - falei
- Claro! - concordou Joey
Nos sentamos e ficamos esperando Thiago sair de lá (o que iria demorar um tempinho, certamente). Quando ele finalmente apareceu formos cumprimenta-lo:
- AAAAAAAAAAAEEEEE, CONSEGUIU! - falamos eu e Joey
Ele, meio sem-graça falou:
- Nunca me senti tão feliz em toda minha vida.
- Pois aproveite cara, porque você merece. - falou Joey
- Essa espera toda não foi a toa. - falei
- Nem acredito que isso realmente aconteceu! - falou Thiago.
- Sei como é, todos nós já passamos por isso. - falei
- Nunca me desse tanto orgulho. - falou Joey
Ficamos uns segundos apenas olhando para cara um do outro com Thiago esbanjando alegria como nunca, e juro que eu não lembro da última vez que o vi feliz daquela forma.
- Bom gente... - falou Joey - agora quem vai tentar se dar bem sou eu.
- Vai nessa! - falou Thiago
- Vá na fé! - falei
E assim ele foi para a pista de dança, ficamos apenas eu e Thiago.
- Não caiu a ficha ainda eu imagino. - falei
- Não mesmo! - repondeu ele
- Nem em mim caiu ainda.
Soltamos uma risada rápida.
- Cara, lembra quando você dizia que nunca ia achar uma garota que se interessaria em você? - falei
- Sim! - respondeu ele
- E lembra que eu sempre dizia?
- Sim, que eu estava exagerando e que um dia eu iria achar a garota certa, bastava eu ter paciência.
- Exato, e pelo jeito, eu estava certo.
- Pois é!
- Então cara, agora que tua chance chegou, aproveite o quanto pode.
- Não tenha dúvida de que irei.
- Assim que se fala!
Nos cumprimentamos mais uma vez, e Thiago ainda sorria abobadamente:
- Eu sei que tu ta alegre, mas seu sorriso já está me assustando! - falei, e rimos juntos.
- Não posso evitar, foi a melhor coisa que me aconteceu até hoje. - falou ele
- Eu sei, eu sei.
- Agora se você me der licença, eu irei da a ótima notícia para os outros.
- Vá na fé!
E assim ele foi ainda esbanjando alegria.
Eu estava feliz por ele, ele merecia isso mais do que ninguém. Olhei a minha volta e achei Andreza, ela estava saindo da mesa das suas amigas, certamente tinha ido dar a notícia para elas, então eu resolvi ir falar com ela.
- Oi Andreza!
- Oi Brian! - falou ela completamente sorridente - visse, né?
- Claro, e te garanto, nunca vi Thiago tão feliz do jeito que ele ta agora.
- Sério?
- Sério mesmo.
- Own, eu to tão feliz.
- Percebo.
- Sério, Thiago é tão fofo, to tão apaixonada!
- Vocês se merecem, aliás, você tem muita sorte por ter alguém como ele... - falei - Thiago é um dos caras mais decentes que eu já conheci, e eu falo isso porque eu o conheço a um bom tempo, e posso garantir por tudo quanto é mais sagrado.
- Fico feliz em ouvir isso. - falou ela ainda sorridente - pode deixar que cuidarei bem dele.
- Eu sei que vai. - falei sorrindo - estou muito feliz por vocês.
Ficamos calados por um momento, Andreza sorria como nunca, e seu sorriso ficou maior quando Thiago apareceu, depois que ele a chamou para dançar de novo eu disse:
- Vocês dois se merecem, desejo toda felicidade do mundo pra vocês.
- Obrigado! - falaram junto e foram para a pista
Thiago e Andreza estavam em seu momento, e Joey tinha conseguido arrumar uma menina para dançar, e eu simplesmente me sentei para ver tudo isso, foi então que de repente eu acabei me lembrando de quando eu e Júlia tínhamos começado a namorar, tinha sido na festa de São João do ano passado, naquela semana teríamos feito 1 ano de namoro, isso me deixou triste, era duro pensar que meus melhores amigos estavam com uma garota e que eu ainda me lamentava por causa do fim do meu namoro, aquilo realmente me doía.
Comecei a me lembrar do momento em que a chamei para dançar, do momento em que a pedi em namoro e do momento do nosso 1º beijo, e com isso minha animação foi-se embora por completo.
- Brian? - ouvi uma voz feminina me chamar.
Quando olhei, era Gabriela.
- Oi Gabi! - falei abraçando ela - pensei que você não vinha!
- Inicialmente eu realmente não vinha, eu achei que eu não ia chegar aqui a tempo, mas até que não me atrasei muito.
- Estava aonde?
- Na casa de uns parentes.
- Ah!
Naquele momento foi que eu finalmente a olhei melhor, nunca tinha a visto tão linda daquele jeito, ela estava usando um vestido um belo vestido xadrez vermelho e branco.
- Você me parece triste... - falou ela - aconteceu algo?
- Ah, nada demais, é que meu amigo finalmente conseguiu ficar com a garota quem ele gosta, e isso me fez lembrar quando eu tinha começado com a minha ex, tinha sido na festa de São João do ano passado.
- Ainda não a superasse por completo né?
- Acho que não... - falei - mas eu sei que consigo!
- Eu espero que sim. - falou ela
Então houve um momento em que ficamos em silêncio, na pista todos estavam animados com seus casais (inclusive Joey e Thiago), e eu estava lá quase chorando por causa de Júlia.
- Bom, vou ver se acho minha amigas, até qualquer hora. - falou Gabriela
- Espera... - falei
Ela se virou pra mim e disse:
- Oi?
- Quer dançar comigo?
Ela pareceu um pouco surpresa com o pedido, eu também estava, saiu meio que do nada, mas já estava feito de qualquer forma.
- Claro, eu adoraria! - falou ela
Naquele momento eu tinha conseguido recuperar minha animação, Gabriela tinha aceitado dançar comigo, uma coisa que eu achei que nunca ia acontecer. Ela sorriu pra mim e eu sorri de volta, e formos para a pista, a banda tinha começado a tocar músicas mais românticas, muitos casais estavam dançando agarrados, e assim eu e Gabriela também fizermos.
No início tudo estava em sua perfeita normalidade, estavamos lá dançando normalmente, nada falamos durante esse tempo, até que passaram-se mais alguns minutos e eu senti Gabriela me abraçando mais forte e apoiando sua cabeça em meu ombro, sentindo isso eu fiz o mesmo, e assim ficamos por um bom tempo, senti meu coração bater mais forte durante isso. Nem eu e nem ela esperavamos, mas ambos estavamos gostando daquilo, eu queria que aquele momento durasse bastante.
Até que quando as músicas românticas acabaram, finalmente nos soltamos, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ela segurou em minha mão e disse:
- Não vá, fica aqui comigo.
Aquilo derreteu meu coração, sempre é bom ver que alguém te quer por perto.
- Eu não vou! - falei
E então ela deu um sorriso que a deixou mais lindo do que nunca, meu coração estava disparando na hora, já sentia minha perna tremer. Ela ainda segurando em minha mão me levou para fora da pista, e eu não saí do lado dela pelo resto da noite.
Quando a festa acabou, eu fiquei junto dela até seus pais chegarem, e assim pude procurar meus amigos. E lá estavam eles, Joey e Thiago conversando alegremente.
- Olha quem apareceu! - falou Joey
- E ai galera, aproveitaram bastante a noite? - falei
- Você não imagina como! - disse Thiago
- Ah Joey... - falei - quem era aquela com quem você estava dançando?
- Laura do 2º ano, ela ta completamente na minha. - falou ele
- Vocês ficaram?
- Sim, e sinceramente? Acho que com ela rola.
- Assim espero! - disse eu
- Ah Brian... - falou Thiago - vimos você dançando com Gabriela.
- E também vimos que vocês não se separaram pelo resto da festa. - disse Joey
- Rolou algo entre vocês?
Fiquei um momento calado, e disse:
- Definitivamente rolou um clima entre nós, ela realmente me queria por perto, e na dança ela me abraçava cada vez mais forte.
- Vocês ficaram? - perguntou Joey
- Não... - falei - e isso foi por falta de iniciativa minha.
- Mas tu queria ficar com ela?
Pensei por um momento e falei:
- Queria, com ela eu me senti de uma forma que antes eu só tinha sentido quando eu estava dançando com Júlia pela 1ª vez.
- Você estar apaixonado por ela? - perguntou Thiago
Pensei mais uma vez e disse:
- Estou começando a achar que sim, mas ainda não tenho certeza absoluta.
Então os dois me deram uns tapinhas nas costas e Thiago começou a falar de como foi a noite dele com Andreza.
E definitivamente eu posso dizer que aquela foi uma noite e tanto.



Brian

sábado, 9 de junho de 2012

Uma conversa nada agradável com a minha consciência

Eu não estava bem comigo mesmo, quer dizer, NINGUÉM estava bem comigo. Meu boletim tinha saído, e a situação dele tava longe de ser das melhores, podemos dizer que meu boletim estava com catapora por causa de tanta nota vermelha que tinha, e quando mostrei para os meus amigos, todos eles me olharam decepcionados, e a sensação disso não foi la muito boa, até GABRIELA que faz nem tanto tempo que a gente se fala me olhou com decepção (desde aquela conversa no ônibus a gente tem se aproximado bastante) e aquilo me doía. Mas o pior ainda estava por vir, eu ainda tinha que mostrar as notas aos meus pais.
Quando cheguei em casa a única que se encontrava era minha irmã, ou seja, tinha que esperar até de noite para mostrar minhas notas. Quando os dois chegaram eu mostrei o boletim, e claro, tomei uma bela bronca, meu pai disse que era inaceitável um vestibulando tirar notas que nem aquelas e que se eu não me cuidar eu não passarei no vestibular. Minha mãe não falou nada, mas eu via nos olhos dela a decepção, a mesma coisa com a minha irmã, então fiquei me sentindo pior do que antes, depois de estudar por umas 4 horas eu finalmente fui dormir, e pra mim, quando o dia não é dos agradáveis, dormir chega a ser um alívio pra mim, e foi exatamente o que eu senti quando finalmente me deitei.
Fiquei alguns minutos rolando de um canto pro outro da cama, estava difícil pegar no sono, eu só conseguia pensar na cara de todo mundo me olhando com ar de decepção, e também comecei a lembrar de todas as vezes que meu pai me deu bronca por qualquer ocasião que fosse, acho que era impossível eu me sentir pior do que eu já estava. Até que finalmente peguei no sono.
Até que me vi dentro de algum tipo de depósito (em péssimo estado), o local so não estava completamente escuro por causa de alguns furos que tinham na parede que permitiam a passagem de luz solar, eu estava deitado pensando ''onde estou?''. Eu estava assustado, depois de fazer um esforço para conseguir me levantar eu senti um peso em minhas mãos, foi que eu vi que estava acorrentado pelas mãos e pelos pés, eu entrei em desespero.
- QUE É ISSO? - gritei
Foi então que senti as correntes das mãos sendo puxadas uma para cada lado, me deixando suspenso no ar com os braços esticados.
- SOCORRO! - gritei de novo
Foi quando eu ouvi barulhos de correntes vindo não-sei-de-onde, até que de repente vieram várias correntes em minha direção, e todas elas tinham ganchos nas pontas, cade um desses ganchos se prenderam em uma parte do meu tronco. A dor era insuportável, me recusei a olhar para os locais feridos, não queria nem imaginar no estrago que tinha sido feito, foi então que resolvi olhar para a quantidade de correntes me segurando, eram em média umas 12 correntes (sem contar com as que estavam me suspendendo e que estavam me segurando nos pés), até que eu ouvi minha voz, e ela não vinha de mim.
- Dói, não é?
Quando olhei, eu vi outro eu, era minha consciência, foi quando me dei conta que aquilo tudo era um sonho.
- Pra que isso, velho? - perguntei
- Eu só quero que você sinta. - respondeu ele se aproximando de mim
E eu estava sentindo, e aquilo era insuportável, mas ainda assim perguntei:
- Como assim?
- Simples... - falou minha consciência - deixe-me lhe explicar...
E fiquei atento a tudo que ele falou.
- Cada uma dessas correntes, corresponde a cada pessoa, cada parente, cada amigo seu que você tem decepcionado com o seu rendimento escolar! - disse ele - incluindo eu
E outro gancho apareceu de prendendo nas minhas costas, no momento me segurei para não gritar.
- Eu quero que você sinta a dor que eles estão sentindo por causa da decepção deles com você - continuou ele - e eu quero que você sinta isso em dobro!
E eu estava sentindo.
- Agora quero que você me responde uma coisa... - continou - Como você suporta? Como você suporta ver todos aqueles que se importam contigo tristes dessa forma com você?
Eu simplesmente não sabia responder aquilo, então optei por ficar calado.
- RESPONDA! - esbravejou ele - NÃO FIQUE AI CALADO QUE NEM UM IDIOTA!
- Eu sinceramente não sei. - respondi
De repente eu senti as correntes sendo puxadas, tive a sensação de que estavam arrancando minha pele e meus membros, a dor foi tão grande que eu tive que gritar.
- Resposta errada! - falou minha consciência
A dor estava ficando cada vez pior, eu tinha vontade de gritar cada vez mais.
- Ah! - falou ele - essas puxadas que teve agora poderão se repetir, so depende de você.
Eu não me senti bem ouvindo aquilo.
- Você suporta isso porque você não estar nem ai pra isso! - disse ele
- EU ME IMPORTO COM ISSO, SIM! - e as correntes foram puxadas de novo, e mais uma vez eu gritei
- ENTÃO PROVE!
- Eu até podia... - falei - mas não adianta, eu me conheço, posso até dizer agora que vou melhorar, mas passa um tempo e volto pra mesma bosta de sempre.
E de novo gritei, as correntes foram puxadas mais uma vez.
- Isso é porque você não tem força de vontade o suficiente! - falou minha consciência
- Por isso mesmo que eu nem tento mais, não há solução para mim.
E de novo as correntes foram puxadas, a dor ficava cada vez pior.
- Parece até que você é masoquista! - falou ele - Pare de sentir pena de você mesmo, desse jeito você não vai a canto nenhum.
- Caramba, isso é realmente necessário?
- CLARO QUE É NECESSÁRIO! - esbravejou - PORQUE PARECE QUE VOCÊ SO APRENDE DA PIOR MANEIRA!
Ele ficou me olhando com um olhar sério por alguns segundos, e disse:
- Aliás, ainda tenho mais um aperitivo pra você! - E pôs a mão em meu rosto.
Passaram-se a imagem de toda minha família, todos meus amigos, todos aqueles que se importam comigo me olhando com aquela cara de decepção, passaram todas as cenas de todas as vezes que meus pais me deram uma bronca por algum motivo, e aquilo me doía.
- PARA! - gritei
Minha consciência tirou a mão do meu rosto e as correntes foram puxadas, e soltei mais um grito de dor. A dor era tão forte, que uma lágrima caiu do meu rosto.
Minha consciência se aproximou de mim e me deu um tapa no rosto.
- Você vai chorar? - falou ele em tom irônico - qual é, você é mais forte que isso.
- VOCÊ NÃO TEM O MINIMO DE COMPAIXÃO?
E as correntes foram puxadas com uma força maior do que as últimas vezes.
- A VIDA NÃO TERÁ COMPAIXÃO COM VOCÊ! - esbravejou - NINGUÉM TERÁ, QUANDO VOCÊ ESTIVER CAÍDO E COMPLETAMENTE LASCADO, NINGUÉM DARÁ A MÃO PRA TE AJUDAR!
Eu estava delirando de tanta dor, foi então que finalmente olhei para os locais onde os ganchos haviam se prendido, e vi que eu não estava sangrando.
- Por que eu não estou sangrando? - perguntei
- Porque você está sonhando. - falou ele - e também não quero chegar a esse ponto contigo.
Depois disso eu vi todos os ganchos se soltarem do meu corpo, e depois as correntes finalmente me soltaram e eu caí no chão.
- Arderá por um momento, mas logo logo passa. - falou minha consciência colocando uma tigela d'água perto de mim.
Peguei a tigela e a bebi por inteiro, e vi minha consciência se afastando, até que ele se virou para mim e disse:
- Você percebeu que nossos encontros estão cada vez mais desagradáveis, né?
Confirmei com a cabeça.
- Então meu conselho é o seguinte, se cuide, porque se agora nosso encontro foi assim, imagine como pode ser da próxima vez. - e assim ele se afastou
Foi então que comecei a sentir tudo tremer, eu estava prestes a acordar!
Acordei com uma expressão completamente assustada, olhei meu corpo e vi que não tinha nenhuma marca, mas eu ainda assim sentia arder um pouco. Olhei e relógio, e vi que ainda eram 4:30 da manhã, tentei voltar a dormir logo, mas estava difícil, estava com medo de sonhar com a minha consciência de novo.
Eu fiquei um bom tempo pensando naquilo, até que finalmente consegui voltar a dormir.


Brian

quinta-feira, 7 de junho de 2012

E depois do ocorrido...

Tinha se passado quase 1 semana desde ocorreu o quase-atropelamento de Gabriela do 1º ano, que so não ocorreu graças a mim, o colégio todo soube da história, e muitos vieram me cumprimentar por isso, e muitos me aplaudiam quando eu passava, até o diretor veio aplaudir o meu ato. Eu tinha ganhado o respeito de todos no colégio.
Já Gabriela passou a me notar mais depois disso, sempre que eu passava por ela, ela me dava um sorriso, eu retribuia, e muitas vezes eu tinha vontade de ir lá falar com ela, mas me faltava coragem pra isso. E eu sei que ela as vezes tinha vontade de vir falar comigo, mas também lhe faltava coragem, já aconteceu muitas vezes de a gente fica olhando um pro outro de longe sem que nenhum de nós dois tomássemos alguma iniciativa, e ficamos um bom tempo só nisso.
Até que um dia, lá estava eu onde tinha ocorrido tudo aquilo, na parada de ônibus, meu ônibus estava demorando pra caramba pra variar um pouco. E Gabriela também estava lá, eu cheguei lá antes dela, e quando ela chegou, ela de novo me deu um sorriso, e eu retribui. Depois disso ficamos um bom tempo olhando um pro outro, eu queria falar com ela, e eu sei que ela também queria falar comigo, mas ninguém fazia nada, nenhum de nós tinha coragem de tomar a iniciativa.
Até que finalmente ela se aproximou de mim e falou:
- Oi!
- Oi! - respondi
Ficamos uns segundos em silêncio, até ela falar:
- Tudo bem contigo?
- Tudo sim - respondi
E ficamos mais um tempinho em silêncio, até que eu disse:
- E com você, tudo bem também? Não foi quase atropelada de novo não, né? - disse eu forçando um riso
Mas ela deu uma risadinha que eu sabia que era verdadeira.
- Não, não, tenho prestado mais atenção desde aquilo.
Sorri e disse:
- Ótimo então, né?
- É! - disse ela rindo um pouco
E houve mais um momento de silêncio onde nós dois arrumavamos alguma coisa pra falar.
- Não tive chance de te agradecer direito pelo que você fez. - falou ela
- Relaxa, só em saber que você está bem já ta ótimo pra mim. - disse eu
- Não, mas sério, foi muito nobre o que você fez, eu sei que não seria qualquer um que se arriscaria daquela forma por alguem que nem conhece direito.
O que ela falou era verdade.
- Realmente. - falei eu meio que pra dentro
- Então, muito obrigada mesmo, aliás, acho que isso nem é o suficiente pra dizer o quanto eu estou grata!
- Só em ver você sorrindo já o bastante.
Depois que eu falei isso, eu vi que ela ficou um pouco sem graça, ficou até um pouco vermelha.
- Que fofo isso que você disse!
E eu apenas sorri.
Então eu vi meu ônibus chegando.
- Bom... - disse eu - esse é meu ônibus, a gente se ver! - falei fazendo sinal pro ônibus.
- Mas hoje eu pego esse ônibus também - disse ela
- Eita! - falei - é mesmo, toda terça e quinta você pega o mesmo ônibus que o meu.
- É o único que passa perto do meu curso.
Então o ônibus parou e abriu a porta
- Vamos? - perguntei
- Vamos! - disse ela
- Você primeiro!
- Que gentil! - disse ela sorrindo
Subimos no ônibus e passamos pela catraca, para a nossa sorte o ônibus estava com pouca gente, então pudermos sentar lado a lado, o caminho até minha casa não era dos mais longos, mas ainda dava pra ter uma boa conversa com ela. Nos sentamos e depois de uns segundos sem ninguém falar nada, ela disse:
- Nos vemos todos os dias mas nunca nos falamos direito né?
- Pois é! - falei eu
- Me fale um pouco de você!
Então eu comecei a pensar no que falar. Me perguntei ''o que eu tinha de interessante pra falar sobre mim mesmo?''.
- Bom... - comecei a falar - Meu nome é Brian, tenho 17 anos, tenho descendência canadense, estou cursando o 3º ano, pretendo fazer vestibular para jornalismo e... não mais nada de relevante pra falar.
- Sério mesmo que você tem descendência canadense?
- Sim, meu avô por parte de mãe era canadense, ele também se chamava Brian.
- Que legal, eu sempre quis conhecer o Canadá, já fosse lá alguma vez?
- Nunca, talvez um dia eu vá! - disse eu - agora chega de falar de mim, fale-me de você!
- Bom... - disse ela -  Meu nome é Gabriela, tenho 15 anos, estou no 1º ano, ainda não é meu ano de vestibular mas eu pretendo fazer Psicologia, sou recifense mas meu pai é alemão e minha mãe é australiana e... é isso ai!
- Filha de alemão com australiana? Uau, isso já explica bastante coisa.
Ela riu e disse:
- Todos dizem isso!
- E sabe o que é engraçado? - disse eu - sou descendente de canadense e você sempre quis conhecer o Canadá, e você é descendente de alemão e australiana e eu sempre quis conhecer esses dois país.
- Sério?
- Sério!
- Que estranho!
- Eu sei!
E rimos.
Tivemos mais um momento de silêncio, até que ela me perguntou:
- Você namora?
''Bem na ferida!'' eu pensei, já tinha conseguido esquecer Júlia por um momento, depois que Gabriela me perguntou isso eu me senti mal de novo.
- Namorava até algumas semanas atrás. - disse eu
- Nossa... - disse ela - sinto muito.
- Não sinta!
- Faz pouco tempo mesmo que vocês terminaram?
- Sim!
- Desculpe mesmo!
- Tudo bem, você não sabia. - disse eu - além do mais, já estou superando!
- Mas é doloroso quando alguém toca no assunto né?
- É, mas esqueça, a vida continua.
E houve mais um momento de silêncio.
- Você encontrará alguém que te mereça, não se preocupe. - disse ela
- Obrigado! - eu disse, e ela sorriu pra mim - agora vamos parar de falar de coisa ruim né?
- Claro!
- Agora fale-me você, estar namorando?
- Livre que nem um pássaro. - disse ela - a maioria dos meninos que eu conheço são tudo uns babacas, então a coisa ta difícil pro meu lado.
''Mas há muitos que namorariam contigo sem problema nenhum'' pensei eu, mas num tive coragem de dizer, foi então que percebi que minha parada estava próxima. Pedi parada e disse:
- A conversa estava boa, mas minha parada já é a próxima.
- Ah, que pena... - disse ela - tava adorando a conversa.
- É, eu também. - disse eu um pouco sem jeito - então, a gente se ver.
- É!
- Então, tchau, tchau, espero que a gente possa conversar mais algum dia.
- Claro.. - disse ela
Ficamos mais alguns segundos calados.
- Até a próxima! - disse ela me dando um abraço
- Até! - disse eu abraçando de volta
E o ônibus parou e eu desci, quando eu comecei a andar ela ainda acenou pra mim pela janela, eu retribui, e então o ônibus continuou seu caminho até eu o perder de vista.
Mal sabia eu que aquele era o inicio de uma grande amizade.



Brian