sábado, 3 de setembro de 2011

O Suicídio

Eu estava no meu quarto tentando estudar física, era mais um assunto chato do qual eu não entendia porra nenhuma, mas eu tinha que aprender aquilo logo porque ia ter prova sobre aquilo naquela semana, de 20 questões eu so estava conseguindo fazer 3, sendo 2 teoricas, eu já estava ficando desesperado, estava mais que certo que eu ia me foder nessa prova, então eu resolvi parar um pouco e tentar esfriar a cabeça.
Fui na cozinha tomar um copo d'água, e depois peguei uma barra de cereal na despensa, eu estava realmente preocupado comigo mesmo, eu não estava nada bem em física (apesar que física nunca foi meu forte), então depois de beber minha água e terminar a barra de cereal eu resolvi relaxar um pouco a cuca antes de continuar a estudar, então fui em direção a varanda tomar um pouco de ar. Foi então que de repente eu vi algo pela varanda.
Eu vi uma pessoa caindo e gritando, a voz era de um homem, passou rápido mas deu pra ver, então na mesma hora corri pra varanda pra conseguir ver melhor. Abri a varanda as pressas, corri pra borda e olhei pra baixo na tentativa de ver algo, não consegui ver o cara, mas consegui ver um monte de pessoas correndo em direção ao muro do prédio, então resolvi descer e ver o ocorrido. Peguei meu chinelos e sai, e então entrei no elevador, eu estava tremendo, eu tinha certeza que o pior tinha acontecido, mas antes de chegar no térreo o elevador no 13º andar, o andar da Júlia.
- Brian? - falou ela num tom um tanto que assustado
- Júlia, você também viu?
- Sim, eu estava passando perto da varanda na hora! - disse ela entrando no elevador.
Então começamos a falar do que vimos, e tentamos tirar nossas conclusões, até finalmente chegarmos no térreo, formos correndo pra fora do prédio, viramos na esquina e formos em direção aonde estava um amontoado de gente, abrimos passagens entre as pessoas até que finalmente virmos...
O rapaz estava morto, e havia uma grande poça de sangue ao seu redor, eu e Júlia ficamos horrorizados, ela me abraçou e encostou o rosto no meu peito chorando.
- Que horror Brian, que horror! - chorava ela
- Calma Júlia, não olhe, simplesmente não olhe - falei
Eu conhecia aquele cara, ele morava no 20º andar, ele falava comigo de vez em quando, ele tinha minha idade, eu sabia pouco sobre ele, nem o nome eu sabia, mas também eu o via raramente pelo prédio.
Agora a dúvida que nos restava era: ele se jogou ou ele caiu?
Então comecei a ouvir o que as pessoas estavam falando, um deles tinha visto tudo desde o inicio e disse que ele tinha se jogado do último andar do prédio (a área de lazer) e que ele tinha batido as costas nas lanças do muro antes de chegar ao chão (e que as lanças tinham arrancado a pele dele), então achei melhor tirar Júlia de lá, ela estava completamente chocada, pedi pro porteiro um copo d'água pra ela, depois que ela tomou eu disse:
- Calma linda, calma.
Mas ela continuava chorando, e então ela me abraçou de novo e ficou chorando no meu ombro, a abracei de volta, ela não conseguia falar mais nada, e ficar do lado dela era o máximo que eu podia fazer (e depois ela me explicou que eles eram amigos). Enquanto ela chorava eu me lembrei da vez que eu pensei em me matar, e que depois de ter pensado em todas as consequências que ia causar na vida daqueles que eu amo eu desisti.
Até hoje eu não sei qual foi o motivo do suicídio do cara, mas seja la qual fosse, se ele tivesse pensado 2 vezes que nem eu fiz ele teria mudado de ideia.


Brian

domingo, 28 de agosto de 2011

Uma atitude que muda tudo

Era dia do estudante, e como presente o colégio preparou uma pequena balada na quadra para os alunos, muitos na quadra se divertindo, muitos estavam dançando, muitos estavam de fora fazendo outras coisas e outros estavam simplesmente fazendo nada, eu estava nesse último grupo. Eu nunca fui de dançar, queria ir pra casa, mas ninguem podia sair antes do meio dia, so podia sair antes dessa hora com a autorização dos pais.
Joey não tinha ido pro colégio nesse dia, Thiago tinha conseguido a autorização, e meus outros amigos ou tinha conseguido a autorização dos pais pra ir embora ou já estavam ocupado com outras coisas, eu estava perto do portão esperando da a hora pra eu ir embora, eram 11:10, não faltava muito, mas quando você ta entediado os minutos parecem horas, era exatamente essa sensação a qual eu estava, a única coisa que eu tinha pra me entreter era meu ipod que ainda bem ainda tinha bateria o suficiente, mas eu não parava de olhar o relógio, queria muito ir embora, principalmente que aquela seria uma das raras chances que eu teria de chegar no prédio antes de Júlia. É, a maior razão pra eu querer sair de lá logo era essa, ver a Júlia.
Até que eu vi dois colegas meus vindo do corredor, Clara e Reinaldo, os dois tinham uma relação íntima (ate demais), e o principal detalhe é que eles ja namoraram. Mas enfim, eles estavam vindo em direção ao portão, e Clara não estava com uma cara boa, ela parecia que estava passando mal, Reinaldo estava a segurando pelo braço, praticamente puxando ela, eles chegaram na frente do porteiro, e Reinaldo disse:
- Severino, abre ai que Clara precisa ir pra casa logo.
- Tem autorização dos pais? - perguntou Severino
- Não, mas não da tempo pra isso, ela ta com crise falta de ar, ela precisa ir pra casa logo.
- Fale com a coordenadora, e peça pra ela ligar para os pais de vocês.
- Não da, até la pode ser tarde demais.
- São as ordens.
- Porra nenhuma! - retruncou Reinaldo, que já foi empurrando Severino tentando sair na força, ainda puxando Clara.
Então ele e Severino começaram a discutir, e Reinaldo continuou forçando a barra, e Clara ainda passando mal. Até que Reinaldo finalmente conseguiu sair junto com Clara, e depois que eles já estavam fora Severino falou:
- A coordenação vai ficar sabendo!
Todos que estavam por perto viram tudo que houve, estavam todos com aquela velha cara de surpreso, todos ficaram impressionados com a atitude de Reinaldo, e o mais incrivel é que ele deu um jeito de convencer a coordenação de não suspende-lo, e enquanto a Clara, eles chegaram na casa dela a tempo, cuidaram dela e ficou tudo bem.
Mas depois disso eu fico me perguntando, ''O que eu teria feito no lugar dele?'', que eu sei que eu não tenho essa atitude toda dele, e por isso eu fico pensando se fosse eu no lugar dele, tinha feito isso pela amiga também?
Bom, so ia saber disso se um dia isso realmente acontecesse comigo.


Brian

sábado, 27 de agosto de 2011

O dia Perfeito

Eu estava decidido a compensar a merda que eu tinha feito com Júlia, eu iria da a ela o que eu tinha a prometido, o melhor dia da vida dela, depois daquele dia em que eu tinha pensado em me matar eu liguei para ela e combinei que no dia seguinte (sexta-feira) a gente ia sair. Mas primeiramente eu tinha que arruma um presente pra ela, e esse presente tinha que ser perfeito, mas o único problema é que seria dificil achar de última hora tendo muito o que fazer, foi então que eu me lembrei que havia uma loja de brincos, pulseiras e etc bem perto lá de casa, então eu podia ir lá e resolver isso rapidinho.
Cheguei lá e fui logo procurando os brincos mais caros que eu poderia achar (so ia ficar de bem comigo mesmo se eu desse um presente caro pra ela), e claro, também fui procurando o mais bonito, eu olhei pra cada brinco daquela loja e ficava imaginando como eles ficaram na Júlia. Até que me lembrei de um dia que a gente estava passando por aquela loja, um brinco tinha chamado a atenção dela, era um tanto que caro, eu me lembrava bem daquele brinco, até pensei ''esse seria um presente perfeito pra ela'', era um brinco de perolas que realmente era muito bonito, então fui perguntar pra moça da loja se ainda havia algum brinco daquele, e tinham, os peguei, paguei, pedi pra embrulha-los e voltei pra casa pra continuar estudando.
No dia seguinte antes de ir pro colégio a primeira coisa que fiz foi passar pelo apartamento de Júlia, cheguei lá mas não apertei a campainha, não pretendia entrar, quando cheguei lá a única coisa que fiz foi por o presente dela perto da porta junto com um bilhete escrito ''E isso é so o inicio!'', sim, eu planejava mais coisas pra aquele dia. Mas uma coisa que eu realmente queria era ver o rosto dela quando abrisse a porta e visse o presente, tenho certeza que seria uma das coisas mais lindas do mundo, e depois de por o presente na porta dela desci pra parada de ônibus para ir pro colégio.
De tarde depois do almoço eu ia por mais um plano em ação, fui pra uma loja de flores que não era muito longe de casa e comprei um belo buquê de rosas. Normalmente as pessoas compram essas flores, mas mandam entregar em nome delas, eu ia fazer diferente, Júlia tinha curso de inglês naquela tarde, e eu sabia exatamente onde era.
Cheguei lá já perto dela sair, faltava poucos minutos, e eu estava lá com o buquê. Até que finalmente deu o sinal pra ela sair, e eu fiquei no lado de fora esperando, até que ela finalmente chegou com as amigas, quando ela me viu lá, ficou surpresa, e dava pra ver que ela estava usando os brincos que eu tinha dado pra ela, então falei:
- Bem, qualquer um teria comprado as flores mas teria mandado alguem entrega por ele, mas como eu não sou qualquer um eu preferi vim entregar eu mesmo!
Depois dessas palavras eu vi o brilho no olhar dela, estava prestes a correr para os meus braços, e a gente foi se aproximando um dos outros, e todos estavam nos olhando, muitos no lugar da gente ficaria envergonhado, mas eu não estava envergonhado, e ela também não aparentava estar. Até que ela finalmente correu em minha direção e a gente se abraçou, e todos ao nosso redor começaram a gritar ''BEIJA, BEIJA, BEIJA'', mas antes de eu beija-la sussurrei pra ela:
- Vejo que estar usando os brincos que te dei.
- É! - respondeu ela - obrigada lindo, amei!
E então finalmente nos beijamos, e todos ao nosso redor começaram a aplaudir, e ficamos nos beijando por minutos, e quando finalmente nos soltamos por um momento eu falei:
- Ok gente, o show acabou, podem voltar para as suas vidas chatas de sempre. - E o povo foi se dispersando.
- Eu disse que ia compensar a merda que eu fiz! - eu disse
- E até agora você ta fazendo tudo direitinho. - disse ela
- Quer que eu te acompanhe até em casa?
- Claro! - Então demos as mãos e formos andando até o prédio (não era tão longe).
No caminho ficamos falando de como tinha sido os nossos dias, de todas as baboseiras que tinha acontecido e tudo o mais. Até que chegamos no prédio, chegamos lá felizes da vida, estavamos rindo juntos, e quando entramos no elevador e estavamos quase chegando no andar dela eu falei:
- Naquele rodizio hoje de novo?
- Claro! - respondeu ela
E então o elevador parou no andar dela.
- Bom... - disse eu - te pego as 7 então.
- Ok! - falou ela sorrindo, nos beijamos e ela entrou em casa ainda com aquele lindo sorriso no rosto, estava tudo indo como o planejado!
Quando estava perto do horario de ir busca-la eu estava fazendo de tudo para ficar impecavel, minha irmã até ficou me zoando dizendo que eu parecia uma menina querendo me arrumar daquele jeito, mas eu ignorei, quando deu a hora eu desci imediatamente.
Chegando lá, toquei a campainha, esperei uns minutos, estava um tanto que ansioso naquele momento, mas consegui me acalmar, até que ela abriu a porta, ela estava extremamente linda, mas linda do que nunca, fiquei olhando pra ela com aquele velho olhar de abobado.
- Há, já sei, vai dizer que estou muito linda, conheço esse seu olhar. - disse ela
- É, não da pra te esconder mais nada né? - respondi, e soltamos uma risadinha e nos beijamos.
O pai dela estava atrás da gente, então falei pra ele:
- Prometo que não chegaremos muito tarde.
- Eu sei que não. - falou ele sorrindo (a gente já tinha uma relação de camaradagem).
A gente pegou um táxi para ir pro restaurante, e claro, ficamos conversando durante o caminho.
Chegando lá fiz todo tipo de cavalheirismo possivel, abri a porta do táxi pra ela (paguei o táxi também, apesar dela ter insistido em pagar desta vez), abri a porta pra ela, ajeitei a cadeira pra ela e tudo o mais. Lá a gente ficou conversando e eu de vez em quando soltava as minhas cantadas que ela adorava, também havia uma banda tocando música ao vivo, até que teve um momento que eles começaram a tocar músicas românticas e muitos foram lá dançar.
- A senhorita me concede essa dança? - falei em um tom tentando parecer chique.
- Mas é claro que concedo! - respondeu ela entrando na minha brincadeira.
Foi naquele momento que percebi que minha avó tinha razão, dançar com uma garota era ótimo, principalmente se essa garota é a garota que você ama, desde a festa de São João do colégio (que foi quando a gente começou a namorar) eu não me sentia daquele jeito, era a melhor sensação do mundo.
- Ei Brian. - falou Júlia
- Oi! - respondi
- Queria dizer que depois de hoje, você está perdoado de todas as besteiras que você fez, e das besteiras que você ainda vai fazer nos próximos 10 anos. - e rimos depois disso.
- É bom saber. - respondi
E então nos beijamos, e aquele beijo durou uns bom minutos. Aquele beijo ficou pra sempre guardado na minha memória.


Brian

domingo, 24 de julho de 2011

Uma outra conversa com a minha consciência

Mais uma vez meu dia não tinha sido dos melhores, alias, podemos dizer que aquele dia foi um dos piores, e logo um dia que podia ter sido bom. Inicialmente eu tinha falhado feio num teste que eu poderia muito bem ter me dado bem, no recreio eu briguei feio com um otario la da sala (ele bem que mereceu o que levou, falar da familia dos outros é facil, mas quando falam da dele ai ele fica puto), acabei com uma advertência na coordenação, cheguei em casa e tive que da as duas más noticias. Meu pai ficou puto comigo, e depois que descobri sobre um pagamento que eu não tinha entregado a ele, e que tinha passado do prazo, ai fodeu tudo, fiquei de castigo por 1 mês, sem internet, e quando sai da mesa puto da vida eu derrubei o prato que eu estava usando (que além de quebrar sujou o chão com o resto de comida que tinha nele), minha mãe me obrigou a limpar aquilo, e eu já estava bastante estressado naquele momento, e então meu pai disse que assim que ele voltasse do trabalho eu ia ter aula de física com ele (que normalmente era estressante tanto pra mim quanto pra ele). E então me perguntei, meu dia podia ta pior?  A resposta era, sim.
Quando eu estava tentando refazer a minha prova o telefone toca, so tinha eu em casa naquele momento, meu pai e minha mãe tinham ido trabalhar e minha irmã tinha coisas da faculdade pra fazer na casa de alguem, fui atender, e era Júlia, eu no inicio achei que meu dia iria melhorar, mas me enganei. Ela me ligou para reclamar que eu tinha esquecido do aniversario dela no dia anterior, fiquei mais puto comigo mesmo do que já tava, e eu tinha prometido pra ela que faria aquele dia o melhor dia da vida dela.
''Brian, seu idiota'' fiquei pensando enquanto Júlia estava me dando bronca pelo telefone, e enquanto ela ficou falando eu fui pensando numa boa resposta para da, e quando finalmente tive a oportunidade eu acabei falando merda.
''A gente começou a namorar a pouco tempo e você já ta me cobrando isso?'' falei, então fodeu tudo, ela falou que já tinha falado a data de aniversario dela mil vezes antes da gente começar a namorar e que tava até  na página do orkut dela, então antes que eu pudesse falar algo ela falou que já que eu tinha dito aquilo eu não poderia cobrar mais nada dela e desligou na minha cara.
Quando ela desligou a única coisa que fiquei pensando foi ''Puta que pariu Brian, que mancada''. E realmente o dia tava uma bosta, então comecei a pensar em todas as merdas que tinha acontecido naquele dia, e comecei a ficar muito triste, estava bem próximo de chorar, já estavam se formando lágrimas nos meus olhos, eu fiquei pensando ''Caralho velho, eu sou um inútil, porque raios eu existo? Eu so fiz merda nessa vida''. Fiquei lembrando das merdas que tinha feito naquele dia e nas outras diversas merdas que tinha feito no passado (passados não muito distantes) e confesso, naquele exato momento eu estava pensando em me matar.
Fui até a cozinha, e peguei a faca mais afiada que havia (uma daquelas que a gente ver bastante em filme de terror), e a coloquei na mesa, e fiquei ainda na dúvida se eu realmente me matava, de vez em quando eu colocava a mão no cabo da faca ja prestes a fazer, mas depois recuava, foi então que minha consciência voltou a falar comigo, sendo que desta vez ela não falava dentro da minha cabeça, era como ela tivesse saído da minha mente para falar comigo naquela hora.
- Nada do que você falar vai me impedir de fazer isso! - falei
- Mas eu não preciso falar nada, eu sei muito bem que você não quer fazer isso. - falou minha consciência andando atras de mim
- Está enganado - e então minha consciência riu
- Juro que ainda não acredito, que mesmo depois de tudo você ainda tem a ousadia de duvidar de mim.
- Se você sabe de tudo que passa pela minha cabeça, então sabe muito bem o porque que estou fazendo isso!
- E eu realmente sei, e por isso eu sei que você não quer fazer isso.
- Não duvide de mim nessas horas.
- Eu não preciso duvidar. - falou minha consciência - eu não duvido que você realmente não quer fazer isso.
- Você viu como foi meu dia hoje, a única coisa que fiz foi merda, isso sem falar nas várias outras merdas q fiz no passado
- Cara, merda todo mundo faz.
- Mas não tanto quanto eu.
- Ta bom então! - falou ele (que ainda usava a minha aparência) - manda ver.
E na hora eu fiquei meio tipo ''hã?''
- Se você realmente quer fazer isso, então faça logo - disse ele - se mata.
Eu achei estranho, nunca esperei uma atitude dessas da minha própria consciência.
- Manda ver, se mata, e prove pra sociedade que você é um fraco! - falou ele
E eu voltei a por a mão no cabo da faca.
- Se você fizer isso a única coisa que você irá conseguir é provar que é um fraco, fraco porque não conseguiu  suportar as dificuldades que a vida te trouxe, e olhe que você so tem 16 anos, se você não consegue suportar as dificuldades agora então você também não conseguirá no futuro, então a melhor coisa que você pode fazer é se matar mesmo.
E isso me fez refletir um pouco.
- Isso sem falar que com isso, você até pode conseguir paz pra você, mas assim você também irá foder a vida de todo mundo que se importa contigo!
- Me fale exemplos! - falei
- Já que pediu. - falou ele - começando com seus pais, você sabe muito bem que não a nada pior para um pai ou uma mãe do que ver o filho morrer antes deles.
E ele tinha razão.
- Eles ficaram super tristes com isso, seu pai pode ter tendências a ser alcoolista com isso, porque nessas horas pra muitos a melhor solução é beber para afogar as magoas, o que consequentemente causará brigas entre eles por isso, mas do que eles já brigam hoje, e isso poderá causar a separação deles, e a partir daí quem sofrerá é sua irmã, sofrerá tanto que terá tendência suicida.
- Isso tudo so porque eu morri? - perguntei, ainda segurando o cabo da faca.
- Pra você ver!
- Conte-me mais!
- A Júlia, mesmo depois dessa briga que vocês tiveram ela ainda te ama, aliás, essa so foi a primeira briga que vocês tiveram estou certo?
- Sim.
- Então, se todos os relacionamentos terminassem na primeira briga ninguém mais se casaria! - falou ele - e se você se matasse tu faria que ela se sentisse culpada, e ela ficaria com tendências suicida também.
Tudo aquilo que ele falava fazia sentido.
- Seus amigos também ficariam arrasados, Thiago poderia abaixar suas notas so pela tristeza de ter perdido seu melhor amigo, a mesma coisa posso falar de Joey, e além do mais, foi você que uniu eles dois, você lembra que antes Thiago não gostava de Joey, você que fez ele o conhecer melhor, com a sua morte poderia acontecer deles se afastarem.
Eu estava ficando convencido.
- E muitos iriam pensar que você se matou para todos sentirem pena de tu, e eu sei que sua intenção não essa, mas eles pensaram isso, e ai, onde estará sua dignidade? - E então eu pousei a faca na mesa - Tenho certeza que você não ficaria em paz se matando vendo as consequências que sua morte causou.
E então larguei o cabo da faca.
- Eu sabia que você iria desistir dessa ideia maluca, porque eu sei que você não é fraco, você quer provar pro mundo que você é capaz, você quer fazer tudo direito, e quando tudo der certo, você quer esfregar isso na cara daqueles todos que duvidaram de você.
E de novo ele estava falando a verdade.
- Você não é fraco, e você quer provar isso pro mundo.
E então eu olhei pra ele e sorri, ele não retribuiu, mas eu já esperava isso.
- Bom, meu trabalho por aqui terminou, o seu está apenas começando. - e então ele sumiu.
E depois daquele momento de reflexão comigo mesmo, a primeira coisa que decidi fazer, era ligar pra Júlia para me desculpar (E depois eu voltaria a estudar). Peguei o telefone, liguei pra casa dela, e rapidamente ela atendeu, era como se ela estivesse esperando que eu ligasse.
- Júlia? Olha, eu quero me desculpar por ter esquecido do seu aniversário e também me desculpar pela merda que acabei te falando, realmente eu tinha obrigação de ter lembrando, mas você sabe como é minha cabeça. - fiz uma pausa e falei - Então, estamos numa boa?
Ela confirmou dizendo que me perdoava, aquilo fez eu me sentir ótimo.
- Então, o que posso fazer para compensar essa merda que eu fiz?


Brian

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Assombrações

Eu finalmente estava de férias, então eu finalmente podia ficar acordado até tarde, nos dias de férias eu sempre ia dormir umas 3 da manhã e acordava umas 10, eu queria mais era aproveitar o 1 mês de férias. Num desses dias eu exagerei e fui dormir quase 4 da manhã, ao ver a hora eu vi que estava tarde pra caramba e então fui dormir, tinha perdido muito tempo lendo contos de terror na internet, e vou confessar, muitos deles me assustaram pra caramba (e olha que eu não me assusto nem com filme ou livro de terror).
Então desliguei tudo na casa e fui para o meu quarto, antes de fechar a porta do quarto eu olhei a sala escura, e cara, aquilo me deu arrepios, na hora pensei ''ainda bem que meu banheiro é no quarto, porque eu num ia andar ate o banheiro numa escuridão dessas nem fodendo''. Então fechei a porta do quarto, fui para o banheiro escovar os dentes e tirei água dos joelhos após isso, depois fui desligar a luz do quarto, e assim que desliguei a luz, fui correndo para a minha cama como se minha vida dependesse disso (aposto que muitos de vocês já devem ter feito isso) me enfiei debaixo das cobertas e então fechei os olhos na tentativa de dormir.
O problema era que eu não estava com um pingo de sono, então comecei a me remexer de um canto para o outro mas de nada adiantava, e eu queria dormir logo, não estava nem um pouco afim de ver o sol nascer. Passaram-se mais alguns minutos e nada do sono vim, ja estava ficando desesperado, até que do nada eu ouvi um barulho vindo da sala, me pareceu o som de algo caindo, me deu um arrepio na hora, fiquei me perguntando ''que porra foi essa?'', mas claro que eu não ia me levantar para ver o que era, então ouvi o vento batendo na janela, de novo me assustei, me virei de novo na cama, até que começou a chover, nada demais nesse caso, voltei a tentar a dormir, e ainda o sono não vinha, e eu voltei a ficar desesperado.
Então ouvi mais um barulho estranho, desta vez era o encamento, me arrepiei de novo, parecia que naquele momento estava tudo querendo me assustar, me enfiei ainda mais nas cobertas (engraçado, parece que nesses momentos o cobertor é o local mais seguro para se estar) a partir daquele momento eu já não conseguia dormir mais, olhava para a janela, olhava para a porta, olhava para o banheiro com muito medo, na hora eu pensei: ''Algum espirito deve ta de sacanagem comigo!''
Ai ouvi o barulho de algo caindo de novo, desta vez vinha do teto, ''algo caiu do andar de cima'' pensei, depois olhei de novo para a janela e via a chuva cair fortemente, até que começou a cair os relampagos, os trovões então, um mais alto que o outro. ''Ainda bem que ta tudo desligado já'' pensei, até que caiu um relampago dos fortes bem perto da minha janela e com um trovão mais forte ainda, então na hora eu pensei ''Fodeu de vez agora''. Eu estava completamente arrepiado, o sono não vinha de jeito nenhum, e mais uma vez ouvi o encanamento.
''Porra, o cara do 16º deve dormir mais tarde que eu'' pensei. Até que a porta do meu banheiro rangeu, por pouco eu não dava um grito na hora, estava muito assustado na hora, e logo em seguida veio o barulho do vento batendo na janela. ''Porra, o que eu fiz pra estar passando por isso?'' pensei, de arrepios passou para tremedeira, minha perna esquerda estava tremendo muito, a porta do banheiro rangiu de novo, e a tremedeira aumentou, minha perna direita também começou a tremer, os pêlos do meu braço estavam completamente arrepiados, e depois que ouvi o grito de uma mulher la fora, não vi outra saída que não fosse rezar (e olha que eu nunca fui do tipo religioso) comecei a rezar o pai-nosso, a chuva caia, quando terminei a oração eu ouvi a porta do quarto abri, cai da cama na hora. ''Danou-se de vez agora'' pensei, me levantei e fui ligar a luz, vi que a porta estava mal fechada, então a fechei direito, desliguei a luz e de novo corri para a cama e me enfiei debaixo das cobertas, o medo chegou num nivel extremo, peguei o travesseiro e o pressionei contra minha cara (de novo na tentativa de dormir).
Então comecei a pensar na Júlia, na minha linda Júlia, a gente tinha feito 1 mês de namoro recentemente, eu a tinha levado no cinema naquele dia e formos jantar num rodizio de massas, dei de presente para ela um lindo sapato e ela me deu um DVD que eu tanto queria. Comecei a pensar nesse dia, comecei a pensar nos nossos momentos juntos, e principalmente naquela festa de São João em que começamos a namorar, depois que comecei a pensar em tudo isso, o medo diminuiu, o barulhos que me assustavam nem me incomodavam mais, tirei o travesseiro da cara e pus a cabeça em cima dele de novo. Continuei a pensar nos nossos momentos, nos nossos melhores momentos, comecei a relaxar, relaxei, relaxei, até finalmente pegar no sono, e tudo aquilo que me assustava ficou insignificante, peguei em sono profundo, e no dia seguinte acordei quase as 10 de novo, feliz da vida.

Brian

domingo, 12 de junho de 2011

O melhor Dia do Namorados

Estavamos perto do dia dos namorados, e mais uma vez eu ia ficar sozinho nesse dia, faltavam já uns 3 dias, e mais uma vez eu apenas ia ficar em casa vendo filmes (normalmente eu evitava os filmes de romance no dia dos namorados, para não bater a tristeza por ainda não ter ninguém), sendo que eu nem ligava muito, eu sempre pensei nas vantagens (como por exemplo, não gastar dinheiro com presente), enfim, eu nem pensava muito nisso.
Cheguei do colégio naquela quinta-feira, naquela hora eu estava pensando na possibilidade de eu ir no são joão da escola (que era exatamente no dia dos namorados), e eu tinha até o dia seguinte para decidir, porque eles não iriam vender ingresso na hora, pensava nas seguintes coisas: o que vou fazer lá e quem estaria lá. Alguns amigos meus já tinham confirmado que estariam lá (entre eles, Joey) então já era um motivo para eu ir, mas ainda estava em duvida.
Quando eu estava esperando o elevador, eu vi ela chegar, Júlia, a garota a qual ainda tinha uma queda, já fazia um tempo que eu andava pretendendo falar o que eu sinto para ela, mas eu nunca conseguia coragem o suficiente, até que um dia desses eu desisti dessa ideia.
- Oi Brian! - falou ela quando me viu
- Oi Júlia! - respondi
- Tudo bem?
- Sim e você?
- Também. - falou ela sorrindo, e vou te falar uma coisa, em todo o tempo que conheci ela nunca a vi sorrir desse jeito.
- Também chegasse do colégio agora? Pensei que você so largava mais tarde.
- É que o professor das 2 últimas aulas faltou hoje, então a gente saiu mais cedo.
- Ah, entendo!
Então não resisti e resolvi perguntar:
- Nunca te vi sorrir tanto assim antes, algo bom aconteceu?
- Ah, é nada de mais. - disse ela - é que o dia ta ótimo hoje.
- Tem algum motivo certo?
- Bom, tive umas notas boas, e me diverti muito com as minhas amigas hoje no colégio.
- Hum, entendo! - disse eu apesar que ainda achava que não era so isso.
Até que o elevador chegou.
- Você primeiro. - disse eu
- Obrigada! - falou ela
Então entramos e não conseguimos mais puxar assunto, foi ai que eu pensei: ''porque eu não chamo ela para o são joão lá do colégio? Provavelmente ela deve ta sem ter o que fazer também no dia'' mas fiquei naquele ''vou ou não vou'' por minutos, então chegamos no andar dela.
- Bom, é aqui que eu ficou. - disse ela - tchau Brian, a gente se ver.
- Tchau! - respondi, até que rapidamente chamei a atenção dela. - Ei Júlia, perai! - falei segurando a porta do elevador.
- Oi! - respondeu ela
- Você tem algo para fazer no domingo?
- Não, por que?
Demorei uns segundos para falar pensando se era realmente uma boa ideia, até que falei de vez:
- Quer ir no São João do meu colégio comigo?  Tipo, eu estava pensando em comprar meu ingresso amanhã, ai se quiser eu compro um para você também!
Ela ficou um tempo sem falar nada, depois de alguns segundos ela respondeu:
- Tá bom, pode ser!
- Então, posso comprar?
- Pode! - disse ela ainda sorrindo (para o meu alívio) - quanto é?
- Não se incomode, pode deixar que eu pago.
- Brian, você não precisa fazer isso.
- Eu insisto. - falei - você é a convidada, e para mim o convidado nunca deve pagar nada.
Depois de mais uma pausa ela falou:
- Ok então.
- Beleza, amanhã eu compro os ingressos e passo na sua casa para te entregar beleza?
- Tá bom, tchau até amanhã.
Naquele momento minhas pernas estavam tremendo, eu não estava acreditando que eu tinha chamado ela para sair comigo no dia dos namorados, finalmente tinha dado um grande passo. No dia seguinte eu comprei os ingressos no colégio e depois passei na casa dela para entregar, bati lá e la foi lá atender a porta.
- Oi Brian! - disse ela
- Oi Júlia! - repondi - Tá aqui o seu ingresso, vai ser ai nesse clube e começará as 18.
- Beleza.
Fiz uma pausa e falei:
- Então pronto, às 17 a gente se encontra lá embaixo ok?
- Ok!
- Então, até lá!
- Até!
E de novo minhas pernas estavam tremendo, desde aquele dia eu fiquei nervoso em relação a esse dia, meu único objetivo era não parecer um idiota.
No dia minutos antes da hora que marquei com ela eu já estava completamente nervoso procurando o que eu ia vestir, resolvi vestir algo que seja algo parecido com as roupas tradicionais de São João (já que eu não tinha mais nenhuma), era umas 16:40 quando terminei de me vestir, naquela hora eu reparei que nunca tinha demorado tanto para me vestir antes, o que prova que eu realmente queria ta com boa aparência naquela hora, então assim que terminei eu liguei para Júlia para saber se ela estava pronta, ela confirmou, então descemos, quando desci ela já estava lá, e naquele momento eu tive a impressão de estar tendo a visão do paraíso, ela estava linda, ela estava com um vestido também tradicional de são joão de com 2 marias chiquinhas.
- E ai Brian? o que achou? - perguntou ela
- Você está... - não sabia se dizia o que eu queria dizer ou não - você está ótima.
- Obrigada! - agradeceu ela - você também está ótimo.
- Obrigado! - disse eu com um frio na barriga
Então ficamos conversando até o táxi chegar, no táxi continuamos conversando sobre nossas besteiras do dia a dia, e quando chegamos ela quis pagar o táxi, mas eu disse:
- Deixe comigo, você é a convidada.
Paguei o táxi e descemos, e ela falou:
- Tu não precisa pagar tudo para mim.
- Eu insisto, não é educado deixar a dama pagar.
- Olha, ta falando quem nem uma pessoa chique agora. - falou ela rindo, e eu ri junto, até ela falar - Gostei do seu perfume.
- Obrigado! - respondi
Aquilo para mim já foi um bom sinal, e me fez me sentir ótimo. Entramos lá e formos encontar os meus amigos, cheguei lá e apresentei todos (menos o Joey que ela já conhecia), ficamos conversando sobre nossas vidas e tudo o mais, depois ficamos vendo as apresentações das salas (das qual nem eu e nem Joey participamos), e durante a tradicional quadrilha do 3º ano Joey me chamou a atenção.
- Ei cara!
- Fala!
- Eu pensei numa coisa, hoje é dia dos namorados, tu chamou Júlia para cá, e eles tão fazendo aqui a brincadeira do correio do amor, tu bem que podia mandar uma dessas rosas para ela.
- Ah, mas a graça dessa brincadeira é o anonimato, e aqui eu sou o único que conheço ela, vai ta na cara.
- Não é por nada não cara, mas para mim é melhor ainda, isso vai tornar a coisa mais fácil para você.
Mas ainda assim eu não sabia se era uma boa ideia.
- Olhe, pense comigo. - disse Joey - Tu manda a rosa, ela recebe, sabe que é você, ai você chama ela para dançar forró e bota tudo para fora, e ai quem sabe você não sai daqui mais feliz que entrou?
- É, talvez você esteja certo.
- Confie em mim, alias, eu te dei aquele conselho no dia do eclipse e deu certo não foi?
- É, foi mesmo!
- Então, vá a luta.
- Eu vou agora! - disse eu indo para a barraca do correio do amor.
- Assim que se fala! - disse Joey
Comprei a rosa e assim que a quadrilha do 3º ano terminou, os organizadores foram anunciar todos aqueles que ganharam um correio do amor, e quando chamaram Júlia meu coração disparou, eu vi que quando ela foi receber a rosa, ela estava olhando para mim, e eu pensando se ela ia falar algo, quando ela desceu ela disse:
- Estranho eu receber isso aqui.
- Também acho. - falei nervoso, e naquele mesmo momento foi anunciada a quadrilha para todo mundo, então pensando no que Joey disse eu chamei Júlia para dançar.
- Bora lá? - falei
Ela fez uma pausa e falou sorrindo:
- Bora!
Então formos, e nos divertimos bastante, nunca tinha gostado tanto de uma quadrilha antes, eu me sentia nas nuvens.
Quando a quadrilha terminou, eles anunciaram uma das bandas que ia tocar, e nesse momento eu comecei a pensar no que Joey disse, então pensei: ''vou chama-la para dançar, e durante isso eu conto tudo''. Comemos uma tapioca, e então eu falei:
- Vamos lá dançar?
- Pensei que você odiasse forró! - disse ela
- É, eu sei, mas se ta na chuva é para se molhar, estou certo?
- É, estar! - E então formos lá dançar, e meu amigos tem razão, escutar forró é ruim, mas dançar, principalmente com uma garota linda que nem Júlia, era ótimo.
A cada momento eu buscava coragem para contar o que eu sentia para ela, até que chegou o momento que finalmente resolvi falar:
- Ei Júlia!
- Oi?
- Tenho uma coisa a te falar, que já faz um tempinho que tento falar mas so consegui coragem agora... - dei uma pausa e falei - É que...
- Não precisa continuar. - falou Júlia pondo a mão nos meus lábios - sei muito bem o que você vai dizer.
- Sabe?
- Há muito tempo eu já percebi isso. - falou ela - você vai falar que é apaixonado por mim né?
Fiquei chocado naquela hora, estava completamente sem palavras.
- É, é isso mesmo. - confirmei
- Pois eu tenho algo a te falar também. - então ela foi falar isso bem baixinho no meu ouvido - Eu também estou apaixonada por você!
Meu coração disparou naquele momento, eu estava definitivamente sem palavras.
- E quinta eu estava feliz não so pelo dia que estive na escola, também estava feliz por te ver, e quando você me convidou para vim para cá eu fiquei mais feliz ainda.
E eu ainda impressionado perguntei:
- Então você sabia que fui que mandei aquela rosa né?
- Quem mais poderia ter sido?
Então ficamos um momento calados até Júlia dizer:
- E então?
- Para mim não há mais nada o que se dizer agora.
- Concordo! - então nossas cabeças foram se aproximando, se aproximando, nossas bocas foram se tocando, até que nos beijamos. Cara, eu nunca me senti tão bem antes, aquela era a melhor sensação do mundo, eu estava beijando a garota que eu mais amava.
E depois daquele beijo, não saimos do lado do outro pelo resto da noite, a única coisa que eu queria era curtir aquele belo momento com ela, e até hoje, para mim, esse foi o melhor dia da minha vida!


Brian  

sábado, 11 de junho de 2011

Uma outra história tensa

Depois de ter passado por aquele momento tenso com Joey, ele tinha ido para a parada de ônibus e eu fui para o estacionamento esperar meu pai, eu estava feliz por voltar de carro mas o ruim é que eu ia ficar no estacionamento esperando ele sozinho sem mais ninguém num tédio do cacete, boa parte do pessoal já tinha ido embora, cheguei no estacionamento e nenhum sinal do meu pai, então me sentei um pouco e fiquei de olho no portão para qualquer sinal do carro dele, então depois de um tempinho, Heitor apareceu por lá.
- E ai? - falou ele
- Fala ai! - respondi
- Vai voltar de carro hoje?
- É, finalmente. - respondi - e ainda bem q tu ta aqui, achei que eu ia ficar sozinho aqui sem fazer nada até meu pai chegar.
- Sei como é, como eu volto de carro a maioria das vezes eu também fico aqui sozinho sem fazer nada, mas a maioria das vezes eu to com o meu mp3, então nem sofro tanto assim.
- Entendo!
Então pensei em outro assunto na hora, até Heitor falar:
- Tu e Joey tiveram algum problema com a coordenação por terem sidos expulsos de sala?
- Rapaz, senta ai que a história vai ser longa, vou te contar tim tim por tim tim.
Então comecei a contar tudo que tinha acontecido comigo e com Joey depois que saimos da sala, todos os detalhes desde que decidimos ficar escondidos no banheiro até tocar, e ele ouviu a tudo atentamente, então quando finalmente terminei eu falei:
- Foi um dos momentos mais tensos da minha vida.
- Caramba! - falou ele - parece até filme de suspense.
- Então! - exclamei
- Ainda me lembro quando passei por uma situação bem parecida.
- Ah é? - falei - conte-me como foi.
- Bom, era  madrugada de uma terça para uma quarta, era meia-noite mais ou menos, eu tinha ido dormir umas 10, mas o problema é que eu tava com uma insônia desgraçada, sabe, virava de um lado, virava para o outro, mas nada do sono vim.
- Hm! - falei
- Então resolvi vagar um pouco pela casa... - continuou ele - fiquei uns dez minutos andando de um canto para o outro, até que decidi ir para a cozinha beliscar algo. Bom, até ai tudo bem.
- Sim! - exclamei completamente atento.
- Mas eu tinha esquecido da mania do meu pai e acordar no meio da noite para fazer não sei o que, então quando eu ia para a cozinha eu ouvi a porta do quarto dele abrir, eu até pensei em apagar a luz naquela hora para não levantar suspeitas, sendo que a probabilidade dele ter visto a luz ligada era grande, então eu sai correndo ate a área de serviço que estava completamente escura, me abaixei perto da máquina de lavar e fiquei lá sentado sem falar um pio. E para o meu azar meu pai tinha ido para a cozinha...
- Pera ai! - interrompi - teu pai não gostar de te ver acordado tarde da noite?
- Não mesmo, última vez que ele me pegou acordado tarde eu fiquei 2 semanas sem sair.
- Mas você não podia falar que estava com insônia?
- Quando ele tinha me pego acordado na primeira vez eu disse isso, mas não adiantou. - respondeu Heitor - enfim, continuando. Ai meu pai foi para a geladeira e pegou um copo de leite, e para provar que a sorte não estava no meu lado naquela hora, ele em vez de beber ele pôs o leite para esquentar.
- E ele não estranhou a luz da sala ligada não?
- Ainda bem que não, acho que ele pensou que eu fui dormir e esqueci de desligar. - disse ele - continuando, ai fiquei uns minutos la abaixado completamente tenso, com um puta medo de ser pego, mais ou menos da mesma forma que você se sentiu hoje quando estava escondido no banheiro.
- Hum!
- Até que teve uma hora que resolvi esticar um pouco as pernas, e para eu ter mais azar ainda meu tornozelo estralou. Naquela hora so pensei numa coisa: ''fudeu''. Fiz o maior esforço para não respirar e torci para que meu pai não fosse la ver o que tinha sido o barulho, e finalmente eu tive sorte naquela noite, ele ignorou o barulho.
- Uau!
- Até que o leite finalmente esquentou, ele bebeu e foi para o quarto, tive que esperar mais um tempinho até que eu tivesse certeza que ele tava no quarto, depois de ter esperado o necessario eu corri para o meu quarto e so sai de lá na manhã seguinte.
- Mas conseguisse dormir?
- Não mesmo, tanto que aqui no colégio eu quase cochilava nas primeiras aulas.
- Mas cara, se seu pai tivesse te pego fora da cama, tu num podia inventar alguma desculpa?
- Com meu pai? Não mesmo, ele é um detector de mentiras humanos!
- Ixi, mas nessas situações tu tem que pensar nas seguintes coisa: Numa maneira mais fácil de escapar e numa desculpa convincente se caso você for pego.
- Realmente. - E naquele momento a mãe de Heitor tinha chegado.
- Bom - disse Heitor - vou nessa, falou ai!
- Falou! - respondi
E essa conversa confirmou o que eu já disse: ''é fazendo merda que se aduba a vida''

Brian

sábado, 4 de junho de 2011

É fazendo merda que se aduba a vida!

Eu estava na aula numa segunda-feira a tarde (quase de noite), tinha tempo integral no dia, e para piorar as 3 ultimas aulas do dia eram de matematica, eu sempre dizia q essas tres aulas de matematica pareciam mais que duravam 10 horas, eu ainda achava incrível como meu professor tinha o poder de fazer o tempo andar mais devagar. Eu estava sentado numa das laterais da sala viajando no meu mundo paralelo, na minha frente estava Joey e Heitor conversando sem parar, então teve uma hora que os dois começaram a rir de algo, me bateu a curiosidade e perguntei:
- O que foi?
- Uma coisa que Heitor falou aqui, muito engraçado. - respondeu Joey
- O que é?
- Depois te conto.
- Não pô, fala ai o que é!
- Depois eu falo, relaxa.
- Depois nós dois vamos acabar esquecendo, fala ai!
Então Joey pensou e disse:
- Tá bom! - Ai ele me contou tudo que Heitor tinha lhe falado naquela hora, quando terminou eu também ri, até que o professor chamou a nossa atenção.
- Vocês dois ai, para fora, tão conversando demais.
Ai na hora eu pensei ''fudeu'', e Joey falou:
- Não professor, a gente vai ficar calado.
- É o que todos dizem mas nunca cumprem, para fora os dois. - disse o professor
- Mas pro...
- Não discuta comigo, saiam.
- Tá bom. - Então arrumamos nossas coisas e saimos da sala, enquanto saiamos, Thiago nos olhou com uma cara de decepção (e com razão), já eu sai da sala puto da vida, eu não era expulso de sala a muito tempo, e se meus pais soubessem do que houve eu tava morto.
- Porra... - falei - Num acredito velho, eu não era expulso de sala a anos!
- Relaxa cara, acontece.
- Como eu posso relaxar? Se meus pais souberem disso eu to fudido!
- Eles não precisam saber.
- Mas irão, porque já já vai chegar o fiscal para saber o porque que estamos fora de sala de aula.
- Eita, bem lembrado! - falou Joey - me segue.
Eu segui ele e formos até a banheiro.
- É o seguinte... - falou ele - entra um em cada boxer, a gente fica aqui em silêncio até a hora que o pessoal largar.
- Beleza, mas falta quanto tempo para o pessoal largar?
- Deixa eu ver... - falou ele pondo a mão no bolso, até perceber que estava sem o celular
- Porra, deixei meu celular carregando na sala, ta com o teu ai?
- Sim mas ta sem bateria.
- Droga! - falou ele - mas indo pela última vez que olhei a hora, eles devem largar a daqui no máximo 40 minutos.
- 40 minutos? - falei indignado - a gente vai ficar aqui dentro por 40 minutos?
- Tem ideia melhor?
- Não.
- Então entra ai e não reclama!
Então entrei no meu boxer, estava um fedor de mijo de matar, e o último cara que tinha usado a privada tinha esquecido de dar descarga ainda por cima, mas já que eu estava lá aproveitei para fazer minhas necessidades.
- Brian... - falou Joey - fica ai dentro em silêncio e não saia por nada.
- Beleza! - falei
Então ficamos uns minutos quietos, eu fiquei lá pensando na merda que eu tinha feito e com um puta medo de ser pego.
- Brian?
- Fala!
- Tais com raiva do professor?
- Não pô, que eu sei que ele faria isso com qualquer um, to é com raiva de mim mesmo.
- E realmente você deve ta com raiva de si mesmo, não é para menos, sua curiosidade que nos botou para fora de sala.
- Foi mal.
- Cara, próxima vez que eu disser ''te conto depois'', não insista, deixe para depois.
- Beleza, alias o que aconteceu agora foi aquilo de ''a curiosidade matou o gato''.
Até que naquele momento a gente ouviu o som da porta do banheiro abrindo, no mesmo momento nos calamos, subiu a tensão naquela hora, na hora tentei parecer o mais normal possivel, eu ouvia o som do mijo do cara e na mesma hora eu torcia para o cara ir embora logo, então depois se ouviu o barulho da torneira aberta e em seguida o som da porta novamente, na hora que a porta fechou eu abri um pouco a porta do boxer para ver se a barra tava limpa.
- A barra ta limpa.- confirmei.
- Ufa! - falou Joey.
- Meu irmão, a coisa ta tensa aqui.
- Então! - falou Joey - Num sei o que é pior, essa angústia toda ou o fedor que tá esse banheiro.
- Nem eu sei dizer.
Então ficamos mais uns minutos calados, eu podia dizer que nunca tinham sentido tanta tensão assim em toda minha vida, não sabia o que era pior, não saber o que estava ocorrendo la fora ou não ter noção do tempo, até que mais uma pessoa entrou no banheiro, fiquei segurando a porta para não haver risco dele entrar lá, voltei a ficar mais nervoso do que o normal, fiquei aguardando ele sair, e quando ele finalmente saiu fui checar de novo se a barra tava limpa.
- Barra limpa. - falei para Joey.
- Beleza! - falou ele - cara, essa é a coisa mais radical que já fiz.
- Digo o mesmo, isso ta aparecendo até jogos mortais ou algum outro filme de terror, sendo que no caso ninguem ta acorrentado.
- Não tamos acorrentados, mas ainda assim presos em outro sentido.
- É, realmente.
- E se alguem tiver que cortar o pé esse alguem será você.
- É, né? eu so me fodo mesmo. - e rimos
E mais uma vez o silêncio se estabeleceu, depois de alguns minutos Joey falou.
- Brian, vou da uma checada rápida la fora, mas não sai daí.
- Beleza!
Então ele saiu, e mais uma vez o silêncio reinou, eu ainda sem ideia de que horas eram, torcendo para que o pessoal largasse logo, e o fedor de mijo estava ficando cada vez pior, até que Joey voltou.
- Sou eu! - falou ele entrando.
- E então?
- Ainda falta 20 minutos para o pessoal largar.
- Puta que pariu!
Então Joey entrou no boxer de novo e mais uma vez voltamos a ficar em silêncio, depois de uns minutos, Joey voltou a quebrar o silêncio.
- Brian?
Sendo que na mesma hora alguem entrou no banheiro.
- Shhhhhhh - falei
E esperamos o cara sair de lá para começarmos a falar, quando ele finalmente saiu olhei de novo se a barra tava limpa e falei.
- Barra limpa.
- Beleza!
- Tu ia falar uma coisa.
- Ah, cara, realmente isso ta parecendo jogos mortais.
- É o que eu disse.
- Então so nos resta uma saída, o suícidio.
- Não será necessário, porque o cheiro que ta isso aqui ja vai nos matar.
- Cara, se eu morrer aqui eu quero que tu saiba que eu sempre te amei!
- Deixe de ser viado. - e Joey riu
- Mas cara, tem até mancha de sangue e catota na parede aqui.
- Ta zuando?
- Não po, juro para você!
- Quando aparecer uma barata ai sim a coisa ta completa.
E foram mais alguns minutos de silêncio, até que Joey falou:
- Ei Brian!
- Fala!
- To achando nelhor a gente sair daqui.
- Porque?
- Se a gente acabar pegando uma doença aqui? - disse ele - tu viu a aula de biologia de hoje sobre doenças.
- É verdade!
- Sai daí.
Então saimos dos nossos boxers e assim que saimos formos lavar as mãos, até Joey falar.
- Ei cara, to com a impressão que aquilo ali é uma câmera.
Então olhei e falei:
- É nada, é um detector de incêndio, eu sei que o colégio é cheio de câmeras mas dentro do banheiro já seria demais.
- Realmente, e se fosse uma câmera não ficaria piscando assim.
- Enfim, qual é o plano?
- É o seguinte, ta ligado aquele canto lá da quadra?
- Sim,
- Pronto, como ta ficando escuro lá vai ficar mais escuro ainda, e tem uns caras do 3ºano jogando na quadra, a gente corre para lá, espera o povo liberar e ninguém vai reparar na gente lá.
- Beleza!
- Agora ver ai se a barra ta limpa.
- Ok!
Então pus a cabeça para fora do banheiro e olhei para todos os lados, ninguem suspeito.
- Tudo Ok!
- Beleza.
E saímos, e realmente já tava escuro, mas quando tava parecendo tudo bem, a gente ver o fiscal parado do nosso lado. Então pensei de novo ''Fudeu''.
- Ele nos viu! - falei
- Eu sei, fica frio.
Então andamos normalmente como se nada tivesse acontecido.
- Bora lá para aquele banco! - falou Joey.
Formos até lá e nos sentamos, então Joey falou:
- Pegar o caderno, o lápis e o livro e bora fingir que estamos fazendo tarefa.
- Beleza. - falei - ou então a gente devia fazer tarefa, que ai a gente despista o fiscal e se ocupa com algo até tocar.
- Boa ideia, abre ai o livro.
Então começamos a fazer umas questões de física, a gente ate copiou o enunciado para passar mais o tempo.
- Ei Joey! - falei - Pode falar que tu tava exagerando naquela hora da mancha de sangue e da catota.
- Juro para você que ta assim, se quiser vá la você mesmo para comprovar.
- Acho melhor não.
Então naquele momento uma luz brilhou no nosso caminho, vimos Heitor correndo até a quadra.
- HEITOR! - chamamos juntos.
- Fala! - respondeu ele.
- Já largaram? - perguntou Joey
- Já!
- AE! - exclamamos eu e Joey.
Joey foi até a sala e pegou seu celular e formos falar com Thiago, ele nos deu uma bela de uma bronca, falou que eramos irresponsaveis e falou do porque que não senta perto da gente, quando ele terminou de falar eu e Joey contamos tudo que ocorreu no banheiro, os momentos de tensão e tudo o mais, e depois de contar tudo que houve para Thiago eu falei pra Joey:
- Sobrevivemos hein?
- Ainda bem.
- Devíamos repetir a dose um dia desses.
- Não mesmo! - falou Joey com enfase, na mesma hora eu soltei um riso.
- Faz tempo que eu num ficava tão tenso desse jeito. - disse eu
- Eu também.
- Mas cara, essa será mais uma história da qual no futuro iremos rir.
- Também acho, que apesar de tudo, nada do que um pouco de adrenalina para quebrar a rotina.
- E outra coisa, é fazendo merda que se aduba a vida.
Então Joey foi para a parada de ônibus e eu fui esperar meu pai, e realmente, hoje a gente conta essa história e até rir. Aquele dia foi marcante.


Brian

sábado, 30 de abril de 2011

O roubo do celular

Era sexta a tarde e eu estava voltando do colégio (as provas eram realizadas a tarde), aquele tinha sido o último dia da semana de provas e então o que eu mais queria naquele momento era chegar em casa, descansar pelo resto do dia.
Tinha chegado no prédio e chamei o elevador, fiquei esperando por alguns minutos, quando eu tinha apertado o elevador estava no 17º andar (e o prédio tem 20 andares), enquanto eu estava esperando olhei para trás e vi ela, Júlia, a garota o qual eu ainda tinha uma queda, ela chegou completamente desesperada e quando me viu veio correndo até mim, me abraçou e falou:
- Brian, ainda bem que te encontrei.
E eu confuso falei:
- Oi Júlia, o que houve?
- Acabei de ser assaltada!
- Meu Deus! - exclamei, e vendo que ela ainda estava em choque falei - Vem cá, se senta primeiro e se acalme que eu vou lhe arranjar um copo de água.
- Ok. - falou ela
Pedi ao porteiro o copo de água e ele me arrumou um, entreguei o copo para Júlia, e depois que ela bebeu a água eu falei.
- Ta mais calma agora?
- Sim! - respondeu ela
- Beleza, agora pode me falar o que aconteceu?
- Ok, foi assim, eu tava na avenida, estava voltando do reforço, foi então que um cara de bicicleta veio em minha direção.
- Ele parecia ser algum tipo de cara suspeito?
- Sim, tanto que quando vi que ele estava se aproximando eu acelerei o passo, mas não adiantou, ele acelerou, pulou na minha frente e anunciou o assaltado.
- Ele estava armado?
- Sim, com uma faca, e falou que... - então ela começou a chorar e falou - ... falou que se eu fizesse qualquer besteira iria arrancar minhas tripas com ela.
- Calma, calma. - falei abraçando ela. - ele levou o que de você?
- Minha bolsa! - falou ela ainda chorando - tava la uns livros, meu material escolar e meu celular.
- Mas isso é o de menos, pelo menos você ta bem, isso é o que importa. - falei - vou pegar outro copo de água para você.
E quando voltei com o copo, ela falou:
- Olha, se caso você receber uma ligação do meu celular... - e antes que ela pudesse completar a frase meu celular tocou.
Quando fui ver, era o número de Júlia, quando falei isso para ela, ela me falou:
- Não atende, é ele!
- Calma que eu tive uma ideia.
Então atendi e botei no viva voz.
- Alô?
- Quem ta falando? - falou a voz de um homem.
- Alô? Esse é o celular de Rebeca?
- Sim, mas não é ela falando.
- Então quem é? - falei tentando parecer preocupado.
- Isso não importa, o que importa é que to com ela aqui comigo.
Nessa hora quase que soltava uma risada, e Júlia estava la ouvindo tudo.
- Ela é sua namorada? - perguntou o cara.
- Sim, ela é! - falei eu fazendo voz de preocupado.
- Então é o seguinte, eu quero 10 mil reais pelo resgate, e quero que você mesmo venha me da o dinheiro e venha sozinho, ou ela pagará pelo seu erro!
- Pera ai, 10 mil reais?
- Isso mesmo, ou ela morre.
- Então não conte com isso, velho.
- Como é que é? Tu quer que tua namorada morra por acaso?
- Se tratando da Rebeca se você fizer isso vai ate me fazer um favor, ela é a pior namorada que já tive, eu dou tudo que ela pede mas ela não me retribui, muitas vezes me trata mal sem nenhum motivo e isso sem falar que ouvi boatos de que ela anda me botando gaia. - Júlia naquela hora tava segurando o riso - E tem mais, 10 mil reais? ninguem vale isso tudo, velho.
- Mas... - falou o cara.
- Olha, faça o que quiser com ela, eu não ligo, passar bem.
Quando desliguei o celular eu vi que Júlia estava chorando de novo, sendo que desta vez estava chorando de tanto rir, ela estava rindo de uma forma que me fez sentir bem.
- Não acredito que você fez isso! - falou ela ainda rindo.
- Eu disse que tinha uma ideia - falei sorrindo.
- Ai Brian, você é uma figura mesmo, só você mesmo para me fazer rir numa hora dessas. - falou ela me dando um abraço e um beijo no rosto - É por isso que eu te adoro.
Quando ela falou isso meu coração disparou, sim, eu pensei em beija-la naquela hora, mas não fiz, dessa vez não tive tamanha ousadia.
- Agora, bloqueie o chip e o aparelho, ok? - falei
- Ok. - falou ela ainda sorrindo - acho bom agora a gente ir subindo né?
- É! - concordei.
Então pegamos o elevador, quando chegamos no andar dela, antes de sair ela falou:
- Tchau Brian, e obrigada mesmo pelo que você fez agora por mim. - e me deu outro beijo no rosto.
- De nada. - falei sorrindo. - Tchau.
E então ela saiu do elevador e a ultima coisa que vi dela naquela hora foi ela acenando para mim com um grande sorriso no rosto. Eu estava sentindo como se meu coração fosse pular pela boca, e quando finalmente cheguei em casa eu pensei:
''Mais um grande passo dado''.


Brian

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O que devemos da valor

Estava na hora do recreio no meu colégio, estava lá eu andando com Joey e Thiago conversando as mesmas baboseiras de sempre, e também falando da festinha de aniversário de um amigo nosso, era aniversário dele naquele dia, o nome dele é Guilherme, e a nossa outra amiga, Amanda, tinha feito uma festa surpresa para ele naquele dia, onde so foram algumas poucas pessoas (era coisa simples, so para os mais intimos), foi tudo no improviso mas mesmo assim foi divertido, porque o que vale é a intenção né?
Então chegou a hora em que me afastei um pouco deles e fui até a sala pegar uma coisa, foi então que vi Guilherme sentado perto da porta, ele me parecia muito triste naquela hora, então perguntei:
- Guilherme? - e ele olhou para mim - Tá tudo bem?
- Tá sim, por que?
- Você me parece triste.
- É so impressão.
- Vai cara, pode se abrir comigo.
- Já falei, não é nada.
- Eu te conheço cara, não quero te ver triste logo no dia do seu aniversário!
Então ele pensou um pouco e disse:
- Tá bem então. - E me sentei ao lado dele para ouvi-lo. - É porque Amanda ta brava comigo.
- Por que? - perguntei
- Tipo, sabe a festinha que vocês fizeram para mim?
- Sim.
- Pronto, é que eu so falei para ela que queria que tivesse sido com a sala inteira e não so com a gente, ai depois que falei isso ela começou a brigar comigo dizendo que ela se fudeu para conseguir fazer essa festinha, que foi tudo de ultima hora, e tudo mais e brigou comigo por eu ter falado disso.
Então pensei no que responder para ele, depois de uns segundos eu ja sabia o que falar:
- Cara, desculpe dizer isso mas ela tem razão para ficar com raiva de você.
- É, eu sei, mas eu so queria que fosse a sala toda sabe? - falou ele - Já vi um monte de festinha surpresa la da sala com a sala inteira.
- Sei como é, mas me responda, o que é melhor, comemorar o aniversário com um bando de gente que nem fala contigo direito ou com as pessoas que realmente se importam contigo?
Então Guilherme pensou um pouco e falou:
- Com as pessoas que se importam comigo.
- Então? Você devia ficar feliz so por ela ter tido a intenção de fazer essa festinha para você, que como ela mesmo disse, foi tudo feito de última hora. - falei - Agora o que você deve fazer é falar com ela e pedir desculpas.
- É, você tem razão. - falou ele - Vou lá procurar ela.
Então apertamos as mãos e ele foi procura-la, ele falou com ela, pediu desculpas e ela o perdoou, e no fim ficou tudo bem, e ele nunca se esqueceu do que eu disse.

Brian

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Garota do ônibus

Tinha acabado de tocar para o recreio no colégio, então eu e meu amigo Thiago formos para a cantina comprar o nosso lanche, formos para la conversando sobre a aula de história que tinha sido super interessante, o assunto tinha sido sobre a reforma protestante na idade média, a aula fez a gente pensar bastante sobre os atos da igreja do passado e de hoje em dia e também ficamos discutindo suas contradições.
Nós dois compramos um sanduíche e nos sentamos numa das mesas da cantina para continuar a conversa, e ficamos minutos naquele assunto dando nosso argumentos. Até que uma garota (bem gata por sinal) do 1º ano passou por nós (somos 2º ano). Thiago olhou para ela e falou:
- Cara, tenho que te falar isso!
- O que? - perguntei
- Ta ligado essa menina do 1º ano que acabou de passar?
- Sim!
- Tipo, é meio dificil explicar mas vou tentar aqui. - respirou fundou e então falou - Tipo, ela pega o mesmo ônibus que eu sabe?
- Sei!
- Pronto, e tu concorda comigo que ela é gata pra caramba né?
- Claro que concordo. - falei - Mas vá ao ponto.
- Tá bom, é assim, eu não paro de pensar nela ultimamente, e tipo, não quero dizer que to apaixonado porque eu nem conheço ela, não sei o nome dela, so sei é que ela pega o mesmo ônibus que eu e sei onde ela desce.
- Sei como é, e realmente eu também não chamaria isso de paixão, eu chamaria so de atração, porque qualquer sentiria isso no seu lugar, principalmente se tratando dela.
- Mas a outra questão é que... - pensou um pouco e falou - as vezes da aquela vontade de sentar do lado dela para tentar puxar conversa sabe?
- Sei como é. - falei
Então comecei a pensar em algo inteligente para falar para ele naquela hora.
- Bom cara, você pode fazer o seguinte.
- O que? - perguntou ele
- Tipo, você pode até fazer isso ai que tu disse, sendo que você tem que fazer o seguinte:
1º - Não faça isso seguidas vezes, porque senão fica suspeito.
2º - Sempre espere a hora oportuna para puxar conversa, tipo, quando houver algum barulho de freada.
3º - Se caso num conseguir puxar conversa, num fique a encarando, sempre olhe para o outro lado fingindo que está pensando na vida.
- Hum. - falou Thiago
- Ai se der certo, beleza, se não, paciência.
- Beleza, valeu. - agradeceu ele.
Então o sinal tocou e voltamos para a aula. E o mais curioso de tudo é que deu certo, eles não chegaram a ter nenhum rolo mas hoje são grandes amigos.

Brian

sábado, 26 de março de 2011

Maldito rato!

Era a última aula da sexta-feira, ou seja, eu estava doidinho para que a aula acabasse e que eu fosse logo para casa, e certamente era a única coisa que eu estava pensando na hora. E para sacanear a última aula das sextas feiras era justamente física, ou seja, ai que era difícil prestar atenção na aula.
Pelo que lembro o professor estava falando de dilatação de sólidos, mas eu não estava dando a minima, estava la sentado ''viajando'' fingindo que estava dando ouvidos para o professor, foi então que olhei para a parte direita do patamar da sala (o patamar era de madeira, oco e aberto no lado direito) e tive a impressão de ver algo parecido com um rabo de rato, como não tinha certeza exatamente do que era eu tentei prestar atenção na aula. Passaram mais uns minutos até que olhei pra uma pequena abertura que havia no patamar (eram dois patamares juntos) foi então que confirmei minhas suspeitas, havia um rato la dentro, e dos grandes, pensei ''Rapaz, se mais alguem ver ele ai vai ser uma confusão da porra''.
Então vi o rato metendo o nariz no buraco que havia entre um patamar, mas antes de qualquer coisa meti o pé na frente para que ninguem mais vesse, sendo que depois disso o rato tava indo direto para a saida do patamar, então dei um chute para assusta-lo e faze-lo ir para o outro lado, deu certo por um tempinho, mas o desgraçado voltou a tenta sair do buraco e de novo eu chutei o patamar para assusta-lo, dava certo mas eu tentava não chutar muito forte para não chamar a atenção e tentei também parecer que eu estava fazendo aquilo espontaneamente.
Sendo que chegou uma hora que os chutezinhos não estavam mais dando certo e o desgraçado estava se aproximando cada vez mais da saída, então comecei a chutar a cada vez mais forte para piorar vi que desta vez os chutes estavam fazendo ele sair de dentro do patamar e também acabei chamando a atenção de todos (principalmente do professor). Então ele me perguntou:
- O que você ta fazendo?
- Foi mal professor, é que acho que vi um rato ai dentro... - Falei eu apontando para o patamar.
E na mesma hora um monte de menina começou a gritar, ou seja, meu esforço não adiantou de nada e ainda paguei de otário na frente da sala toda!

Brian

sexta-feira, 25 de março de 2011

Conversando com a minha consciência!

Tinha chegado em casa depois de um dia duro, tinha tido tempo integral naquele dia e meu humor não estava la legal, como se não bastasse as aulas chatas que tive eu percebi que um monte de gente na minha sala me achava um otário, alias, ainda nem sei porque eu me surpreendi com isso, a muito tempo eu já percebia isso, mas a questão é que desta vez eles realmente me jogaram isso na minha cara. Eu sempre falava com eles mas sabia que eles não me viam como amigo, eles so me suportavam, e de vez em quando deixavam escapar alguma coisa que dizia que eu era um retardado.
Então depois de estudar ouvi um pouco de música para esfriar a cabeça e fui dormir, demorei uma meia hora para pegar no sono completamente, quando finalmente peguei comecei a sonhar, Lembro que no sonho eu estava em algum tipo de sala e que nas paredes passavam vídeos de coisas que aconteceram ao longo da minha vida, certamente fiquei intrigado, mais ainda quando ouvi alguem falar:
-Intrigante não?
O que estranhei era que eu tinha ouvido minha própria voz falar comigo fora de mim, então me virei e vi eu mesmo. Isso mesmo, eu me vi encostado com o pé na parede, já estava ficando assustado com isso, eu fiquei pensando ''Como é que é? eu to me vendo ali?'', até que o outro eu falou:
-Deve estar assustado suponho.
-E estou mesmo! - Confirmei
-Mas não precisa se assustar, você estar apenas sonhando.
Sim, que eu estava num sonho isso eu não tinha duvidas, mas ainda assim era intrigante.
-Quem é você? - perguntei.
Então o outro eu começou a aproximar.
-Eu sou sua consciência, Brian! - Respondeu ele - E isso que você está vendo nas paredes são suas lembranças, você está na sua própria mente, está aqui porque preciso falar com você!
Aquilo parecia conversa de doido mesmo para um sonho.
-Bom, estou aqui, o que queres de mim?
Ele começou a andar ao meu redor, tocando nas paredes de vez em quando e respondeu:
-Por eu ser sua consciência você deve saber que eu sei de tudo que se passa na sua vida.
-Certamente! - Respondi
-Ótimo então! - falou ele - Pode ao menos imaginar o porque que eu quero falar contigo?
-Não.
-Então deixe-me lhe esclarecer!
E ele voltou a se aproximar de mim.
-Sei muito bem que o que você passou hoje na escola, e sei com você está encucado com isso e eu como sua consciência me importo em como você estar.
-Sim, vá ao ponto! - falei
-Vim aqui dizer que você ta dando importância demais para uma coisa sem importância.
-Esclareça mais.
-Você não devia se importar tanto porque aqueles otários te acham um retardado.
-Claro que devo me importar! - falei - Tu acha que eu gosto de ser zoado?
-Ninguém gosta eu sei.
-Só uma coisa eu queria entender, eu tento me socializar com o pessoal, e o resultado é sempre esse, eles me acham um retardado, enquanto outros que tentam se socializar vão mais longe que eu, o que eles tem que eu não tenho?
-A pergunta devia ser o que VOCÊ tem que ELES não tem.
-Nada de importante, com certeza.
-Não sejas tolo, claro que deve haver alguma qualidade sua que eles não tem, basta você descobrir qual é.
-Por que você mesmo não me fala qual é?
-Porque não cabe a mim fazer isso, cabe a você mesmo.
-E se essa tal qualidade fosse tão importante eu com certeza teria socializado bastante com o pessoal, que pô, eu sou legal, antes eu era meio estressadinho mas hoje eu não sou mais, o que falta mais?
-Esse é seu erro, ta se preocupando demais com quantidade e não esta ligando para qualidade.
-Como assim?
-Uma coisa que você não pode dizer é que você não tem amigos, porque você tem, e ótimos amigos.
Foi então que tudo começou a fazer sentido.
-Digamos que todos esses idiotas fossem seus "amigos''. - continuou ele - Só pelo fato de te acharem otário não o tornariam bons amigos, e se eles realmente se importasse com você te ajudariam quando você precisasse, te chamaria para sair nos fins de semanas e muitas outras coisas, sendo que você fala com eles a um bom tempo e nada disso aconteceu.
-É, você tem razão. - Confirmei.
-Mas agora, veja Thiago e Joey por exemplo, eles se importam com você, você pôde contar com eles para muitas coisas, esses sim são os amigos que valem a pena por a mão no fogo.
-É, por esse lado você estar certo - Confirmei - mas também uma outra coisa.
-Qual?
-Eu tenho 16 anos e o máximo que consegui foi ficar com uma garota e mais nada, nunca tive um namoro sério, as vezes penso que é porque eu realmente sou um retardado e nenhuma garota do mundo se interessaria por mim.
-Ai que você se engana. - falou ele - Ainda acho incrivel como você não percebeu.
-Não percebi o que? - Perguntei
-Até Joey já percebeu como Júlia está completamente na sua.
-Você acha?
-Da para ver nos olhos dela, vá por mim, ela também deve estar interessada por você, dê um tempo que você verá.
-Tomara que estejas certo.
-Eu nunca me engano.
Então ficamos cara a cara e ele me falou:
-Seja você mesmo Brian, e quem não gostar do seu jeito, essa pessoa que vá para o inferno, não mude por causa dos outros, seja sempre você, porque você é único.
E realmente aquela conversa foi útil, eu voltei a me sentir bem comigo mesmo, até que o chão começou a tremer.
-Epa! - falou ele - esse é o sinal que a nossa conversa acaba aqui, você tem que acordar agora que hoje vai ser um dia e tanto.
Então acordei, e acordei com humor ótimo, tinha realmente percebido que eu estava dando importância demais para uma coisa besta. Esse será um sonho que eu lembrarei para sempre.



Brian

sábado, 19 de março de 2011

Um eclipse, uma surpresa, uma pitada de ciúme e um pouco de ousadia

Eu tinha chamado Joey e Thiago para ver o eclipse lunar no terraço do meu prédio, Joey levou uns lanchinhos e Thiago levou seu telescópio, e eu já estava lá eu com o meu binóculo vendo o céu para ver se havia alguma possibilidade das nuvens nos atrapalharem naquela noite.
- Pelo jeito a previsão do tempo estava certa, nenhuma chance do tempo ficar nublado hoje. - Falei.
- Pelo menos uma vez na vida esses caras acertam. - Falou Joey
- É, ainda lembro da ultima vez que formos ver um eclipse lunar, estavamos lá no observatório da cidade, choveu e quase que a gente não via o eclipse.
Enquanto eu e Joey conversavamos, Thiago estava montando seu telescópio, Joey foi pegar os lanches quando Thiago falou:
- Pronto, agora so preciso posiciona-lo!
A lua naquela noite tava mais bonita que nunca, e o céu estava bastante estrelado, ia ser uma ótima noite, alias, mal sabia eu que ia ser melhor que eu imaginava. Thiago finalmente tinha posicionado o telescópio e então formos comer os salgados que Joey tinha levado, então ficamos comendo e conversando, a comida estava ótima, então quando paramos de comer um pouco eu trouxe meu som e uns cds para ficar tocando enquanto a gente conversava mais. Foi então que tive a surpresa da noite, Júlia, a garota a qual eu era apaixonado apareceu por lá, quando a vi naquela hora fiquei simplesmente sem palavras.
- Oi Brian! - Falou ela também surpresa
- Oi Júlia, o que fazes aqui?
- Vim ver o eclipse, e pelo telescópio ali vejo que você veio fazer o mesmo.
- É! - falei eu completamente sem graça - Ah, claro, deixa eu te apresentar meus amigos, esse é Joey e esse é Thiago, pessoal essa é Júlia.
- Oi Júlia! - falaram os dois.
- Prazer em conhece-los - falou Júlia
- Você quer comer algo? Temos uns salgados aqui que Joey trouxe. - perguntei
- Não, obrigada, já jantei.
- Ok então, mas se quiser fique a vontade.
- Beleza. - falou ela sorrindo (uns dos sorrisos mais lindos que eu já vi).
Faltava umas duas horas para o eclipse começar, o céu continuava com poucas nuvens sem nenhuma chance de fechar. Júlia conseguiu se enturmar bem com Thiago e Joey, e eu fiquei lá completamente sem grança (apesar que os dois ja sabiam da minha história com ela), foram passados alguns minutos até que faltavam uma hora e meia para o eclipse, fui pegar mais uns salgados junto com Thiago, então foi ai que percebi como Júlia e Joey se entendiam, foi ai então que comecei a sentir um pouco de ciúmes, principalmente pelo fato que Joey tinha fama de pegador, então falei para Thiago.
- Ei Thiago.
- Fala!
- É impressão minha ou Júlia e Joey estão se entendendo bem até demais?
- O que você esta insinuando?
- Nada, so que não sei porque isso ta me incomodando.
- Você ta com ciúme, e nem venha negar e ta escrito na tua testa!
- É, você tem razão, mas também é que eu você sabemos que Joey ficou com muito mais garotas do que nós dois juntos.
- Mas isso não é motivo para você ficar assim, relaxa que Joey é teu amigo, nunca te sacanearia assim.
- É, eu sei, mas ainda assim isso não muda nada. - Então voltamos a nos juntar aos dois, e mesmo com o que Thiago disse eu continuava encucado.
Passaram mais umas meia hora e faltava apenas uma hora para o eclipse, nessa hora já estavamos todos perto do telescópio na expectativa, e eu continuava encucado, então não aguentei e resolvi falar com o Joey.
- Joey, posso falar contigo um segundinho?
- Claro. - Então nos afastamos e ele perguntou - E ai, o que há?
- Cara, tenho uma coisa me incomodando e so ficarei tranquilo falando sobre isso contigo.
- Bom, aqui estamos.
- Bem, vou ser direto, eu tava vendo como você e Júlia estavam se entendendo, e eu queria saber, num rolou um clima entre vocês não né?
Então Joey começou a rir.
- Tu num ta com ciúme não né? - Perguntou ele
- É, estou.
- Cara, desencana, num rolou clima nenhum, a gente simplesmente tinha bastante assunto em comum, e outra,   tu é meu melhor amigo, nunca faria algo do tipo contigo.
- Ah beleza. - Falei eu um pouco envergonhado - foi mal ai, é que tu tem fama de pegador e por isso fiquei com a pulga atrás da orelha.
- Relaxa cara, e mesmo se eu quisesse algo com ela tenho certeza que eu não teria chances nenhuma.
- Por que você acha isso?
- Tipo, uma hora começamos a falar de você e cara, do jeito que ela falava de você dava para ver os olhos dela brilharem.
- Sério? - perguntei sorrindo
- Nunca falei tão sério na minha vida, e se quiser um conselho meu, seja um pouco mais ousado.
- Como assim?
- Tipo, tenta fazer algo do tipo, segurar a mão dela, passa o braço pelo ombro dela, qualquer coisa do tipo, que quando você me contou sobre aquela vez que você viu um filme com ela e vi que você não tentou fazer nada do tipo.
- É que eu sou muito inseguro, sempre tenho medo q ela ache estranho e nunca mais fale comigo por isso.
- Mas as vezes é bom tentar, qualquer coisa tu tenta inventar alguma desculpa, e alias, foi com um pouco de ousadia que consegui começar com o pé direito com algumas garotas.
- Beleza, valeu ai, e desculpa também.
- Que isso, ta tudo ok! - e apertamos as mãos.
Passaram-se mais um tempinho e finalmente o eclipse estava para começar, eu com meus binóculos a mão e os outros esperando sua vez para olhar no telescópio. Então finalmente o eclipse começou, apesar que o binóculos conseguia ver bem também olhei no telescópio para ver melhor, um dos fenômenos astrológicos mais fantásticos de todos estava acontecendo, e a garota mais linda do mundo estava exatamente do meu lado, eu precisava de uma atitude, precisa de um pouco de ousadia, mas a insegurança ainda tomava conta de mim, até que ela falou:
- O céu está lindo hoje né?
- Concordo - respondi.
Então finalmente tomei a atitude, segurei na mão dela, agora so estava esperando ser correspondido (e também torcia para não tremer). Então larguei a mão dela achando que tinha falhado, mas segundos depois ela segurou minha mão, e eu correspondi, nunca tinha me sentido tão bem quanto antes, finalmente tinha dado um grande passo, e naquela hora eu pensei: ''É. um pouco de ousadia as vezes é útil.''
E naquele momento uma estrela cadente cruzou o céu.
- Você viu? - perguntei a ela
- O que?
- A estrela cadente.
- Não, que pena, sempre quis ver uma. - falou ela - Faça um pedido Brian.
Então fechei os olhos, e fiz meu desejo, quando abri ela perguntou.
- O que você pediu?
- Se eu contar ele não se realizará. - e então rimos.
E se vocês querem saber o que pedi naquela hora, foi o seguinte: Desejei que eu tivesse mais momentos como aquele!

Brian

sexta-feira, 11 de março de 2011

O melhor carnaval da minha vida!

Eis um fato qual todos que me conhecem bem sabem, eu odeio carnaval, a única coisa boa que vejo no carnaval é o feriadão, o resto para mim é resto. Então tinha começado mais um carnaval e para variar parecia que eu num faria nada de interessante o feriadão todo, o maximo que fiz no feriado todo foi ver filme e ficar na internet conversando com o povo, uns dois dias eu fui no cinema com a minha família mas foi o maximo q fiz em questão de ''sair'', o único aqui de casa que saiu bastante foi meu pai (o único aqui de casa que curte carnaval) e minha irmã conseguiu sair um pouco mais que eu também.
Eu também queria sair com os meus amigos, mas o problema era que praticamente todos estavam viajando, então minha opção era ficar em casa mesmo. Até que um dia eu desci para pegar uma correspondência, quando entrei no elevador com quem eu dei de cara? Com ela, Júlia, a menina que morava no 13º andar, a menina a qual eu era apaixonado, entrei no elevador, nos cumprimentamos, passamos uns segundos calados até que ela falou:
- Vai para algum canto?
Então eu disse:
- Não, so vou pegar uma correspondência la embaixo - Dei um sorriso e perguntei - E você?
- Vou na casa da minha amiga, ela vai viajar amanhã e so vai voltar depois do carnaval, que droga, vou passar o resto do feriado no ''forever alone''.
- Sei como é, to passando pela mesma situação.
- Sério?
- É, meus amigos todos viajaram, to aqui sozinho pelo resto do feriado. - fiz uma pequena pausa e falei - Como eu odeio carnaval.
- Eu também odeio carnaval, e o pior é que sou a única na família que odeia.
- Já la é diferente, so meu pai gosta. - E assim que eu disse isso ela soltou um risinho, o que me fez sentir bem.
Então chegamos no térreo, esperei que ela saisse do elevador (um modo de cavalheirismo) e nos despedimos, peguei a correspondência e quando eu ia voltar para o elevador ela me chamou:
- Brian!
- Oi! - respondi.
- Tipo... Já que nós dois estamos sem muito o que fazer nesse feriado o que acha de você ir la em casa um dia desses?
No momento fiquei sem palavras, eu pensei ''Caramba, ela ta me chamando para ir na casa dela!'' Então respondi:
- Ok! Pode ser.
- Ok então, depois te ligo para a gente definir exatamente quando, até mais!
- Até!
Meu coração ficou aos pulos, demorou para cair a ficha do que realmente aconteceu, fiquei o resto do dia esperando a ligação dela, ligação essa que so veio no dia seguinte pela tarde, assim que o inter-fone tocou fui correndo atender.
- Alô?
- Alô, Brian? é Júlia, falei aqui com meus pais, tudo bem você vir aqui na quarta?
- Sim, ta otimo!
- Beleza então, vai ser tão legal, tipo, a gente pode ver um dos filmes que eu aluguei e também claro, conversar o resto da tarde.
- Claro, vai ser divertido. - Forcei uma risada nessa hora
- Até quarta então né?
- É!
- Tchau!
- Tchau!
Depois disso fiquei contando as horas para a quarta-feira chegar, nunca tinha ficado tão ansioso em toda minha vida, parecia até que eu ia num encontro.
Então chegou o esperado dia, tomei um bom banho depois do almoço, passei perfume e tudo, nada podia sair errado, eu tinha que estar impecavel, cheguei lá e lá estava ela, linda como sempre foi. Nos cumprimentamos e ela pediu para que eu entrasse, a casa dela era confortavel, bem bonita também.
- Meus pais não estão em casa agora, mas minha mãe preparou um lanche para a gente.
- Beleza! - eu falei ainda olhando a casa.
- Então, quais desses 2 filmes você prefere?
Estavam lá na mão dela os filmes ''Um Amor Para Recordar'' e ''E Se Fosse Verdade'', bom, eu jpa tinha visto os dois, mas como já tinha visto ''E Se Fosse Verdade'' umas mil vezes então escolhi ''Um Amor Para Recordar''. Então pronto, ela fez pipoca e vimos o filme, claro q durante ele sempre me passou pela cabeça de usar o veio truque do braço, mas achei melhor não arriscar, sendo que a tentação era grande claro (quando você ta vendo um filme de romance com a menina que você gosta sempre há a tentação). Terminou o filme então resolvemos subir para a área de lazer gastar o resto da tarde conversando, a gente conversou e nem vimos o tempo voar, até que deu 18:20 e ela falou:
- Lembra daquele dia q nos conhecemos?
- Claro, como poderia esquecer?
- É, você tava bem puto naquele dia. - riu ela
- E com motivo né? - sorri
- É, eu sei, juro para você, fico pensando muito naquilo que você disse, e você tem razão.
Sério, nunca tinha me sentido tão bem antes quanto naquela hora, mas para a minha tristeza o celular dela tocou, ela atendeu e pelo jeito era a mãe dela pedindo para ela descer. Então ela desligou e falou:
- O papo tava bom, mas tenho que ir agora.
- Ah... - lamentei - Fazer o que né?
Quando eu achei que depois daquilo ela iria simplesmente se despedir e ir embora, ela se aproximou de mim e falou
- Obrigada pela ótima tarde, me divertir muito. - Então aconteceu o que fez minha tarde vale a pena, ela me deu um beijo no rosto (ok que foi no rosto, mas já foi uma coisa hehe) ai sim, ela se despediu e foi embora.
Cara, se me perguntarem um dia ''qual foi o melhor carnaval da minha vida'' a minha resposta estará na ponta da língua.

Brian

domingo, 6 de março de 2011

Uma simples reflexão

Um dia desses estava pensando: ''Poxa, tem gente que tem tudo na vida, boa família, boa casa, boa saúde, bons amigos, boa namorada e coisa e tal, mas parece que mesmo assim ele não está satisfeito, sempre fala q falta algo na vida dele.'' ai fiquei pensando nisso por um tempo, fiquei pensando em coisas do tipo, tipo eu mesmo, meus pais tem condição de me dar uma ótima vida, tenho saúde, tenho casa, tenho tudo, mas nunca to satisfeito. Tem gente que reclama que não tem namorada e os que namoram reclamam as vezes de algo que acontece no namoro, tem gente que faz tudo pelos outros mas quando deixa de fazer algo o outro diz que não faz nada por ele, isso sem falar na história que ''a grama do vizinho é sempre mais verde'' onde quero chegar com isso tudo? Bem, com isso tudo quero dizer que o ser humano nunca ta satisfeito, nunca ta completo, a pessoa pode ter tudo, mas ainda assim vai reclamar da falta de algo, e mesmo quando consegue o que quer aparece outra coisa para ele dizer que não esta satisfeito. Mesmo a gente tendo tudo para a gente sempre faltará algo!

Brian

sexta-feira, 4 de março de 2011

Uma coisa que eu nunca queria ter testemunhado

Tinha terminado todos os meus deveres, a TV estava ocupada, eu não podia ligar a internet e estava quase na hora de ir dormir, então enquanto esperava dar a hora eu fiquei ouvindo música no meu IPOD. Então resolvi da uma olhada na rua, no momento estava deserta (o que é normal para as 22:20), mas na avenida ainda passava uns carros ou outros, pessoas era o que menos passava naquela hora (já que poucos são doidos de sair na rua àquela hora da noite).
Até que chegou um carro preto vindo da rua ao lado, um carro bem dos caros eu diria, ele estacionou e dele sairam três homens, dois que tinham aquela cara de poucos amigos, e outro que na hora eu percebi que estava amarrado e amordaçado. O dois homens colocaram o cara de joelho e tiraram a mordaça dele, e começaram a a perguntar coisas para ele, e de vez em quando davam um soco na cara dele, abri a janela um pouquinho para ver se conseguia ouvir algo, o máximo que consegui ouvir foi quando o cara gritou ''JÁ FALEI QUE EU NÃO SEI!''. Mas na mesma hora um dos homens deram um chute na virilha dele e suponho eu que ordenaram que ele falasse baixo.
Passaram mais um minutos até que os homens desamarraram as mãos do cara, e assim que ele se livrou das cordas ele saiu correndo em direção a avenida, sendo que na mesma hora os dois homens tinham sacado suas armas e nessa hora eu me abaixei, sai da janela e em seguida ouvi 5 tiros. Depois que os disparos pararam olhei de novo e vi o cara morto e os dois homens no carro preto indo embora, fiquei chocado, e a 1ª coisa que eu fiz foi pegar o celular e ligar anonimamente para a polícia.
No dia seguinte isso apareceu até no jornal, claro que falei para os meus conhecidos que eu tinha testemunhado tudo mas que queria distancia da imprensa, e desde aquele dia eu não olho para aquela rua da mesma forma, e sempre que olho eu me pergunto: ''O que será que eles estavam falando naquela hora?'' é uma pergunta que duvido muito que um dia eu tenha uma resposta.

Brian

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aconteceu numa sala de espera

Estava eu numa sala de espera aguardando minha consulta na psicologa, ainda faltavam apenas alguns minutos (a não ser q a pessoa antes de mim resolvesse toma ainda mais o tempo dela lá), então enquanto eu esperava fiquei vendo TV, estava passando mais um daqueles repetitivos filmes da sessão da tarde, filme que eu mesmo so assistiria não tivesse mais absolutamente nada de melhor para fazer, enquanto olhava a TV resolvi da uma olhada no pessoal que estava na área.
Havia poucas pessoas na sala naquela hora, além de mim também estavam lá a minha direita um grupo de três amigas que conversavam sem parar, e a minha esquerda uma mulher loira que lia uma revista e um homem moreno que ouvia musica no MP3, naquele momento eu bem que poderia tentar ficar ouvindo a conversa de alguém, mas o grupo de amiga falavam de filmes de garotas, e também comentavam sobre o filme que passava na TV, então nem me dei o trabalho. Cheguei a conclusão de que a única coisa que podia fazer era ver a TV e esperar, até que dei uma olhada para a esquerda e vi que o homem começou a avaliar a mulher, olhou-a da cabeça aos pés com aquele ar de aprovação, então a mulher percebeu que ele estava a olhando, então falou:
- Que foi?
- Desculpe... - disse ele - é que não pude deixar de perceber de que como você é linda!
Na hora que ele falou isso eu pensei ''Porra, que bicho ousado.''
- Ih, pode ir tirando o olho. - resmungou a mulher
- Calma, isso so foi um elogio.
- É, mas um tarado quando se aproxima de uma garota indefesa sempre começa com um elogio, e depois conquista ela e ai BAN, parte para o ataque.
- Pois fique calma que não sou nenhum tarado não.
- Pode até não ser tarado mas você parece ser um galinha.
- Oh oh, não admito que você fale comigo assim! - falou o homem já alterando a voz.
Nesse momento até o grupo de amigas pararam a conversa para ouvir o que estava havendo.
- Não altere sua voz comigo! - falou a mulher apontando o dedo para ele.
- Porra nenhuma, você foi grossa comigo então serei grosso com você também!
- Homem é tudo idiota mesmo.
- Realmente mulher so sabe reclamar, puta que pariu.
- Ah, vai a merda vai!
Naquele momento, quando percebeu que o bicho tava pegando a recepcionista foi interferir e naquela mesma hora eu fui chamado para a minha consulta. Juro que achei graça naquela situação e me segurei para não rir

Brian

sábado, 26 de fevereiro de 2011

A situação a qual eu conheci ela

Mais uma vez meus pais tinham brigado, eu já não aguentava mais isso, eles já pareciam duas crianças brigando por besteira, e parecem q as vezes ignoram minha presença e brigam na minha frente, isso já estava me deixando puto ao extremo, e a maioria das vezes o motivo era dinheiro. Então depois de mais uma briga entre eles subi ate a área de lazer do prédio (ficava no último andar), que normalmente eu subia lá quando queria conversar em paz com um amigo meu (quando algum vinha para minha casa) ou quando eu queria refletir, já que normalmente num tinha ninguém lá (pelo menos nas vezes q eu ia).
Cheguei lá e fui para a piscina (normalmente me deito na cadeira perto da piscina e fico refletindo lá), passei pelo salão de jogos e cheguei na piscina, mas para minha surpresa tinha gente lá daquela vez, e justamente uma das garotas mais lindas que eu já tinha visto, ela era morena de pele branca, cabelo liso, quase meu tamanho e magra, e como eu nunca a tinha visto no prédio então imaginei q era a garota que tinha recem se mudado. Matheus, meu amigo do prédio, já tinha me falado dela, ele tinha dito q ela era gata, so não sabia que era para tanto.
Inicialmente me senti sem graça, mas antes que eu pudesse fazer algo ela olhou para mim, senti uma flechada quando seus olhos azuis me olharam, e eu realmente nunca tinha visto uma garota mais linda antes, eu estava disposto a sair dali quando ela falou comigo:
-Oi
E eu sem graça respondi
-Er... Oi - E sorri
Eu sempre fico besta na frente das garotas, principalmente nas que eu me interesso, por isso minhas experiências amorosas nunca passaram de ''ficar olhando para ela apreciando a sua beleza''. E pelo jeito ela tinha percebido que eu estava preste a sair e falou:
- Não vai dar um mergulho não?
- Não não, eu so vim aqui errr... - E fiquei mudo pensando numa boa resposta, então ela riu.
- Calma, não fique acanhado porque estou aqui. - Então ela saiu da água, se enrolou na toalha e se aproximou - Você mora no prédio também né?
- S... Sim!
- Prazer, meu nome é Júlia, sou nova no prédio!
- Sou Brian - E apertamos as mãos, e meu coração batia mais rápido que nunca naquele momento!
- Então, o que te traz aqui em cima já que não vai dar um mergulho? Não que seja da minha conta claro.
Até achei engraçado quando ela falou isso, então resolvi falar o que eu ia fazer ali.
- Bem, é que... Eu normalmente venho aqui quando quero refletir um pouco, tipo, o ar puro, a paisagem aqui em cima é bem relaxante.
- Sei, também faço isso as vezes, sendo no meu caso é no meu quarto mesmo.
- As vezes faço isso no meu quarto também, sendo que nesse caso não era uma boa opção ir para lá.
- Por que?
- Porque o que mais quero agora é não ter q ver meus pais brigando, não to mais aguentando isso, está cada vez mais frequente, e a maioria das vezes por causa de dinheiro, um reclamando q ta pagando demais e o outro reclamando que o outro não ta pagando nada!
- Sei como é, por isso que meus pais se separaram.
- Sério?
- É, estavam brigando demais pelo mesmo motivo e então se separaram, meu pai saiu de casa, minha mãe vendeu o apartamento e viemos para ca, agora cada um está com a sua vida, e para mim está bem melhor assim.
- Agora com você falando isso fiquei com medo deles decidirem se separarem.
- Torço para que isso não aconteça.
- Sério, eu tenho raiva de como algumas pessoas valorizam o dinheiro até demais, para mim dinheiro não é tudo, a prova disso é que tem pobre que é feliz e rico que apesar de ter tudo ainda assim é triste. Outra prova de que a sociedade valoriza o dinheiro até demais é que muitos assassinatos já foram cometidos por isso, e isso sem falar nas pessoas que ''se vendem'', a história de Judas é uma prova disso, o cara traiu Jesus por dinheiro. Porra, dinheiro é so um pedaço de papel feito para facilitar nossas vidas, e o povo fica dando esse valor exagerado para ele, veneram ele praticamente, por isso que o mundo ta essa merda que tá, cheio de violência e corrupção.
- É, eu penso assim também, sei como é se sentir dessa forma, mas calma vai da tudo certo.
Nesse momento ficamos sorrindo um para o outro, meu coração já estava a mil nessa hora.
- Bom - disse ela - tenho q ir agora, foi legal falar contigo.
- Igualmente - disse eu
- A gente se ver!
E enquanto ela se afastava eu lembrei de perguntar:
- Júlia, quase esqueci, que andar você mora?
- 13º, e você?
- 15º!
E então ela sorriu e acenou para mim, eu retribui.
Depois desse dia passamos a nos ver bastante, ficamos amigos, sendo que sempre quando vejo ela meu coração acelera.

Brian

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O engraçado da mentira

Como sempre eu tinha chegado cedo no colégio, fui o 1º a chegar para variar, fiquei sentado no banco perto da sala sem fazer nada por um tempinho até que meu amigo Joey chegou. Nos cumprimentamos como sempre fazemos, ele foi guardar a bolsa na sala e se sentou para conversar comigo.
- E ae Joey, o que me contas? - Disse eu
- Rapaz, briguei com a minha namorada ontem!
- O que houve?
- Tipo, ela comprou um vestido verde novo, ai ela resolveu usa-lo para ir numa festa comigo ontem, ela vestiu e perguntou o que eu tinha achado, e eu disse ''Ta linda'' claro. Sendo que eu tinha odiado esse vestido, eu pensei ''Porra, ela não podia ter comprado um mais bonito?'' mas fiquei calado, então formos a festa, chegamos lá, dançamos juntos e nos separamos um pouco pra falar com os nossos amigos, ai eu estava comentando com Thiago sobre o vestido dela, ele concordou comigo e disse q achava feio também, mas a merda foi que Bia acabou ouvindo essa parte da conversa, e ai você imagina a merda que deu. Ela me chamou para falar com ela e então ela começou a perguntar por que eu menti, certamente eu disse ''para não magoa-la'' e é nessas horas que não entendo mulher, ela disse que eu poderia dizer isso numa boa que ela não se magoaria, ai pensei comigo mesmo ''Duvido'' ai ela continuou a reclamar ficou dizendo que ainda fiquei fazendo piada dela pros meus amigos, ficou com aquele papo furado de ''um casal tem que sempre dizer a verdade um para o outro'' e depois disso não falou comigo a festa inteira!
Depois que ele terminou a historia eu comecei a pensar numa coisa que normalmente sempre falo quando me contam algo do tipo, e certamente resolvi falar naquele momento.
-Sei como é, mas te garanto que situações assim não é so com mulher, e sim com qualquer um.
-Explique-me melhor - Falou ele
- Tipo, desde criança nossos pais dizem que é feio mentir, mas ai a gente cresce e eles começam a dizer que algumas vezes nós devemos mentir para não magoar os outros, como por exemplo, se a gente for para a casa de alguem e achar o local desconfortavel a gente tem que calar a boca porque senão magoa eles, ai é nessas horas q começo a achar isso engraçado, falam que mentir é pecado mas que também devemos mentir para agradar os outros, para mim é sempre melhor deixar uma pessoa triste com uma verdade do que feliz com uma mentira, me sinto como se estivesse enganando essa pessoa. E também tem esse caso que você falou, sendo q vou usar outro exemplo, a pessoa escreve uma música e pede para eu avaliar, eu vejo lá e achei uma porcaria, mas ai eu falou que ta legal so para não chatea-lo, sendo que quando ele descobre que menti ele reclama comigo por isso, mas se eu tivesse dito a verdade ele ainda assim iria ficar chateado comigo, ainda tento entender isso!
Joey ficou impressionado com a minha analise e falou:
- Cara, você até que tem razão.
Então foram chegando nossos outros amigos e então mudamos de assunto, mas Joey ainda pensa muito nisso que eu disse.

Brian

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Uma coisa que nunca farei de novo!

Eu tinha acabado de largar da escola e estava indo para o meu ponto de ônibus, eu sempre vou logo para lá na esperança de que meu ônibus chegue rápido (que raramente acontece), e o pior de tudo é que enquanto espero ao mesmo tempo fico entediado, já que raramente tem alguem la para conversar, a maioria do pessoal pega ônibus no outro ponto e os que pegam no meu eu num conheço ou não converso.
então finalmente cheguei proximo do corredor onde passa ônibus na avenida, então reparei que num vinha carro nenhum e se eu quisesse eu poderia atravessar numa boa naquela hora, achei melhor não, até que mudei de ideia. Quando dei por mim o ônibus ja tinha chegado, e eu tinha um lema ''Morria atropelado, mas não perdia esse ônibus!'' então pensando nisso eu atravessei a rua correndo, mas no meio do caminho eu vi um Ônibus saindo do outro ponto vindo em minha direção, e a merda era que não havia calçada no local q eu estava, so uma grade que separava o corredor dos ônibus da rua, tinha chegado no outro lado mas ainda assim ainda havia o risco de eu ser atropelado, então subi na grade e me virei de lado tirando a minha mochila do alcance do ônibus.
O ônibus passou por mim e eu não me machuquei, depois do ônibus ter passado, desci da grade e finalmente cheguei no ponto, mas naquela altura do campeonato eu já tinha perdido o ônibus e teria que espera meia-hora pelo próximo, mas só pelo fato de eu ter saído ileso disso já foi uma alivio para mim, e pensando nisso eu disse para mim mesmo: ''Brian, nunca mais na tua vida faça isso de novo!''

Brian

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Numa simples troca de gentilezas...

Estava eu na minha pizzaria favorita com a minha família, o local estava movimentado (o que era normal para um sábado a tarde), conseguimos a última mesa vaga que ainda sobrava, a nossa direita tinha estava uma dupla de amigos que conversavam e riam, a esquerda havia uma familia com 4 pessoas, atrás da gente uma mesa com umas 10 pessoas pelo menos (que pareciam estar comemorando algo), e a nossa frente havia um casal que trocavam palavras amorosas de segundo em segundo. O garçom veio nos atender e fizemos nossos tradicionais pedidos e enquanto esperavamos minha mãe, meu pai e minha irmã conversavam sobre algum coisa que eu achava chato pra caramba, então fiz o que normalmente faço quando estou entediado, fiquei ouvindo a conversa alheia, então comecei a ouvir a conversa do casal a nossa frente, mas depois me arrependi porque eles não falavam mais nada a não ser ''oh amor, como você consegue ser tão linda(o)?'' ou coisas do gênero. Foi ai então que decidi ficar olhando a TV (já que era impossível ouvi-la naquele barulho todo) estava passando uma noticia sobre rebeliões em alguma prisão brasileira. Foi então que a conversa dos dois amigos a nossa direita me chamou a atenção, ouvi o primeiro dizer:
-Não, não Carlos, deixe que eu pago.
-Nada disso, você é o convidado Jonas, deixe q eu pago. - Falou o outro.
Eu sempre achei graça nessas horas em que duas pessoas ''discutem'' para ver quem paga a conta, então resolvi ouvir o resto.
- Guarda teu dinheiro para outra ocasião e deixa isso comigo. - disse Jonas
- Nada disso, tu já pagou muita coisa para mim nesses últimos anos, me deixe retribuir.
- Guarda teu dinheiro que tu vai precisar dele para sustentar tua família!
Então ouve uma pequena pausa e Carlos disse:
- O que você está querendo dizer com isso? Ta dizendo que eu sou tão pobre que 67 reais vão fazer uma enorme diferença na minha vida?
- N... Nunca quis dizer isso!
- Tu sempre jogou as coisas na minha cara né?
- Que coisa?
- Que você fez uma boa faculdade, se formou em medicina, tem dinheiro pra caramba e sempre pegou as mulheres mais gostosas q tinham!
- Não...
- E falando um mulheres, você sempre pegou as garotas q EU me interessava, a prova foi que casou com uma delas!
- Mas sua mulher também é muito bonita, e ela te ama muito,não tem motivo para...
- NEM VEM COM ESSA SEU FILHO DA PUTA - Nesse momento todos no restaurante olharam para a mesa deles - EU POSSO SER POBRE MAIS AINDA TENHO MEU ORGULHO, E PRONTO, TA AQUI O DINHEIRO DA CONTA, PARA TE PROVAR QUE ELE NÃO FARÁ DIFERENÇA NENHUMA NA MINHA VIDA, E SE COMETI ALGUM ERRO, ESSE ERRO FOI TE CHAMAR PARA ALMOÇAR!
E assim ele saiu bufando pela porta, nessa mesma hora Jonas resmungou:
- O cara pirou - foi então que ele percebeu que todos olhavam para ele
- QUE FOI? CUIDEM DAS VIDAS DE VOCÊS! - esbravejou
E assim todos voltaram para as suas mesas, e isso tudo me fez pensar: ''Nossa, e isso tudo começou com uma simples troca de gentilezas.''

Brian