domingo, 28 de agosto de 2011

Uma atitude que muda tudo

Era dia do estudante, e como presente o colégio preparou uma pequena balada na quadra para os alunos, muitos na quadra se divertindo, muitos estavam dançando, muitos estavam de fora fazendo outras coisas e outros estavam simplesmente fazendo nada, eu estava nesse último grupo. Eu nunca fui de dançar, queria ir pra casa, mas ninguem podia sair antes do meio dia, so podia sair antes dessa hora com a autorização dos pais.
Joey não tinha ido pro colégio nesse dia, Thiago tinha conseguido a autorização, e meus outros amigos ou tinha conseguido a autorização dos pais pra ir embora ou já estavam ocupado com outras coisas, eu estava perto do portão esperando da a hora pra eu ir embora, eram 11:10, não faltava muito, mas quando você ta entediado os minutos parecem horas, era exatamente essa sensação a qual eu estava, a única coisa que eu tinha pra me entreter era meu ipod que ainda bem ainda tinha bateria o suficiente, mas eu não parava de olhar o relógio, queria muito ir embora, principalmente que aquela seria uma das raras chances que eu teria de chegar no prédio antes de Júlia. É, a maior razão pra eu querer sair de lá logo era essa, ver a Júlia.
Até que eu vi dois colegas meus vindo do corredor, Clara e Reinaldo, os dois tinham uma relação íntima (ate demais), e o principal detalhe é que eles ja namoraram. Mas enfim, eles estavam vindo em direção ao portão, e Clara não estava com uma cara boa, ela parecia que estava passando mal, Reinaldo estava a segurando pelo braço, praticamente puxando ela, eles chegaram na frente do porteiro, e Reinaldo disse:
- Severino, abre ai que Clara precisa ir pra casa logo.
- Tem autorização dos pais? - perguntou Severino
- Não, mas não da tempo pra isso, ela ta com crise falta de ar, ela precisa ir pra casa logo.
- Fale com a coordenadora, e peça pra ela ligar para os pais de vocês.
- Não da, até la pode ser tarde demais.
- São as ordens.
- Porra nenhuma! - retruncou Reinaldo, que já foi empurrando Severino tentando sair na força, ainda puxando Clara.
Então ele e Severino começaram a discutir, e Reinaldo continuou forçando a barra, e Clara ainda passando mal. Até que Reinaldo finalmente conseguiu sair junto com Clara, e depois que eles já estavam fora Severino falou:
- A coordenação vai ficar sabendo!
Todos que estavam por perto viram tudo que houve, estavam todos com aquela velha cara de surpreso, todos ficaram impressionados com a atitude de Reinaldo, e o mais incrivel é que ele deu um jeito de convencer a coordenação de não suspende-lo, e enquanto a Clara, eles chegaram na casa dela a tempo, cuidaram dela e ficou tudo bem.
Mas depois disso eu fico me perguntando, ''O que eu teria feito no lugar dele?'', que eu sei que eu não tenho essa atitude toda dele, e por isso eu fico pensando se fosse eu no lugar dele, tinha feito isso pela amiga também?
Bom, so ia saber disso se um dia isso realmente acontecesse comigo.


Brian

sábado, 27 de agosto de 2011

O dia Perfeito

Eu estava decidido a compensar a merda que eu tinha feito com Júlia, eu iria da a ela o que eu tinha a prometido, o melhor dia da vida dela, depois daquele dia em que eu tinha pensado em me matar eu liguei para ela e combinei que no dia seguinte (sexta-feira) a gente ia sair. Mas primeiramente eu tinha que arruma um presente pra ela, e esse presente tinha que ser perfeito, mas o único problema é que seria dificil achar de última hora tendo muito o que fazer, foi então que eu me lembrei que havia uma loja de brincos, pulseiras e etc bem perto lá de casa, então eu podia ir lá e resolver isso rapidinho.
Cheguei lá e fui logo procurando os brincos mais caros que eu poderia achar (so ia ficar de bem comigo mesmo se eu desse um presente caro pra ela), e claro, também fui procurando o mais bonito, eu olhei pra cada brinco daquela loja e ficava imaginando como eles ficaram na Júlia. Até que me lembrei de um dia que a gente estava passando por aquela loja, um brinco tinha chamado a atenção dela, era um tanto que caro, eu me lembrava bem daquele brinco, até pensei ''esse seria um presente perfeito pra ela'', era um brinco de perolas que realmente era muito bonito, então fui perguntar pra moça da loja se ainda havia algum brinco daquele, e tinham, os peguei, paguei, pedi pra embrulha-los e voltei pra casa pra continuar estudando.
No dia seguinte antes de ir pro colégio a primeira coisa que fiz foi passar pelo apartamento de Júlia, cheguei lá mas não apertei a campainha, não pretendia entrar, quando cheguei lá a única coisa que fiz foi por o presente dela perto da porta junto com um bilhete escrito ''E isso é so o inicio!'', sim, eu planejava mais coisas pra aquele dia. Mas uma coisa que eu realmente queria era ver o rosto dela quando abrisse a porta e visse o presente, tenho certeza que seria uma das coisas mais lindas do mundo, e depois de por o presente na porta dela desci pra parada de ônibus para ir pro colégio.
De tarde depois do almoço eu ia por mais um plano em ação, fui pra uma loja de flores que não era muito longe de casa e comprei um belo buquê de rosas. Normalmente as pessoas compram essas flores, mas mandam entregar em nome delas, eu ia fazer diferente, Júlia tinha curso de inglês naquela tarde, e eu sabia exatamente onde era.
Cheguei lá já perto dela sair, faltava poucos minutos, e eu estava lá com o buquê. Até que finalmente deu o sinal pra ela sair, e eu fiquei no lado de fora esperando, até que ela finalmente chegou com as amigas, quando ela me viu lá, ficou surpresa, e dava pra ver que ela estava usando os brincos que eu tinha dado pra ela, então falei:
- Bem, qualquer um teria comprado as flores mas teria mandado alguem entrega por ele, mas como eu não sou qualquer um eu preferi vim entregar eu mesmo!
Depois dessas palavras eu vi o brilho no olhar dela, estava prestes a correr para os meus braços, e a gente foi se aproximando um dos outros, e todos estavam nos olhando, muitos no lugar da gente ficaria envergonhado, mas eu não estava envergonhado, e ela também não aparentava estar. Até que ela finalmente correu em minha direção e a gente se abraçou, e todos ao nosso redor começaram a gritar ''BEIJA, BEIJA, BEIJA'', mas antes de eu beija-la sussurrei pra ela:
- Vejo que estar usando os brincos que te dei.
- É! - respondeu ela - obrigada lindo, amei!
E então finalmente nos beijamos, e todos ao nosso redor começaram a aplaudir, e ficamos nos beijando por minutos, e quando finalmente nos soltamos por um momento eu falei:
- Ok gente, o show acabou, podem voltar para as suas vidas chatas de sempre. - E o povo foi se dispersando.
- Eu disse que ia compensar a merda que eu fiz! - eu disse
- E até agora você ta fazendo tudo direitinho. - disse ela
- Quer que eu te acompanhe até em casa?
- Claro! - Então demos as mãos e formos andando até o prédio (não era tão longe).
No caminho ficamos falando de como tinha sido os nossos dias, de todas as baboseiras que tinha acontecido e tudo o mais. Até que chegamos no prédio, chegamos lá felizes da vida, estavamos rindo juntos, e quando entramos no elevador e estavamos quase chegando no andar dela eu falei:
- Naquele rodizio hoje de novo?
- Claro! - respondeu ela
E então o elevador parou no andar dela.
- Bom... - disse eu - te pego as 7 então.
- Ok! - falou ela sorrindo, nos beijamos e ela entrou em casa ainda com aquele lindo sorriso no rosto, estava tudo indo como o planejado!
Quando estava perto do horario de ir busca-la eu estava fazendo de tudo para ficar impecavel, minha irmã até ficou me zoando dizendo que eu parecia uma menina querendo me arrumar daquele jeito, mas eu ignorei, quando deu a hora eu desci imediatamente.
Chegando lá, toquei a campainha, esperei uns minutos, estava um tanto que ansioso naquele momento, mas consegui me acalmar, até que ela abriu a porta, ela estava extremamente linda, mas linda do que nunca, fiquei olhando pra ela com aquele velho olhar de abobado.
- Há, já sei, vai dizer que estou muito linda, conheço esse seu olhar. - disse ela
- É, não da pra te esconder mais nada né? - respondi, e soltamos uma risadinha e nos beijamos.
O pai dela estava atrás da gente, então falei pra ele:
- Prometo que não chegaremos muito tarde.
- Eu sei que não. - falou ele sorrindo (a gente já tinha uma relação de camaradagem).
A gente pegou um táxi para ir pro restaurante, e claro, ficamos conversando durante o caminho.
Chegando lá fiz todo tipo de cavalheirismo possivel, abri a porta do táxi pra ela (paguei o táxi também, apesar dela ter insistido em pagar desta vez), abri a porta pra ela, ajeitei a cadeira pra ela e tudo o mais. Lá a gente ficou conversando e eu de vez em quando soltava as minhas cantadas que ela adorava, também havia uma banda tocando música ao vivo, até que teve um momento que eles começaram a tocar músicas românticas e muitos foram lá dançar.
- A senhorita me concede essa dança? - falei em um tom tentando parecer chique.
- Mas é claro que concedo! - respondeu ela entrando na minha brincadeira.
Foi naquele momento que percebi que minha avó tinha razão, dançar com uma garota era ótimo, principalmente se essa garota é a garota que você ama, desde a festa de São João do colégio (que foi quando a gente começou a namorar) eu não me sentia daquele jeito, era a melhor sensação do mundo.
- Ei Brian. - falou Júlia
- Oi! - respondi
- Queria dizer que depois de hoje, você está perdoado de todas as besteiras que você fez, e das besteiras que você ainda vai fazer nos próximos 10 anos. - e rimos depois disso.
- É bom saber. - respondi
E então nos beijamos, e aquele beijo durou uns bom minutos. Aquele beijo ficou pra sempre guardado na minha memória.


Brian