sexta-feira, 9 de março de 2012

A que ponto chegamos?

E mais uma vez irei contar uma história sobre um momento de tensão pelo qual passei uma vez, um momento que me fez refletir: ''Até que ponto a sociedade estar chegando?''. É mais uma vez uma história de uma tentativa de assalto a qual fui vítima.
Uma vez eu estava voltando a pé do cursinho, e como sempre eu estava com os fones de ouvido, ouvindo música pelo celular, uma coisa qual antes eu não costumava fazer muito por medo de ser assaltado, mas depois tinha visto que num tinha muito problema, pelo menos, até esse dia eu achava isso. Então cheguei na avenida que levava a minha casa, avenida essa q meu pai sempre disse pra eu evitar porque era muito perigosa, e realmente era, muitos assaltos já tinham ocorrido lá, mas quem disse que eu ouvia meu pai?
Quando cheguei na avenida, me assustei, vários carros passavam, mas nunca vi as calçadas tão vazias quanto aquele momento (pelo menos não ha aquela hora da tarde), e só em ver aquilo a adrenalina já subiu em meu corpo, tinha que ficar super ligado naquele momento.
Foi então que olhei pra frente e vi dois trombadinhas vindo exatamente em minha direção, e a cara deles não me enganava, eles estavam planejando algo. Então decidi atravessar a rua logo, sendo que os movimentos dos carros estava MUITO grande, ia ser difícil eu conseguir uma oportunidade pra atravessar logo. E eles estavam se aproximando cada vez mais de mim, e ainda com a mesma cara de que estavam planejando algo nada bom, eu precisava atravessar logo, mas os carros não davam oportunidade.
Até que os caras se aproximaram por completo, e um deles falou:
- Ei bicho!
Tentei fazer de conta que não era comigo, mas o outro disse:
- É contigo mesmo!
Nessa hora eu tive que olhar, foi então q vi um deles sacar uma arma e falar:
- Isso é um assalto, pode ir tirando o fone ai e me passando o celular, mp3 ou a porra que for ai!
Nessa hora eu pensei :''fodeu''. Então tirei o fone do ouvido, desconectei do celular e entreguei pro ladrão sem questionar, que também, naquelas horas num adianta você discutir, pode ser pior pra você.
Então achei que apenas entregando meu celular pra ele eu poderia ir pra casa numa boa, quer dizer, era pra ter sido assim, sendo que o que estava com a arma resolveu olhar minha biblioteca musical do celular, e foi ai que a porra ficou séria.
- Velho, olha as músicas dele, esse porra é um rockeiro! - falou o que estava com arma
- Sim, e daí? - respondeu o outro
- E daí? Eu odeio rockeiros, esses filhos da puta se acham os deuses so porque essas músicas barulhentas onde os caras so gritam e ninguém entende porra nenhuma!
- Sim cara, mas já conseguimos o que queríamos pra que mais problema? - falou o outro sacudindo meu celular na cara dele - Agora vamos embora!
- Nada disso, sempre tive vontade de matar um rockeiro emo filho da puta, e essa chance estar na minha frente, não posso desperdiçar!
- Deixe de frescura!
E eles começaram a discutir, mas ainda com a maldita da arma apontada pra mim.
''Caramba, é hoje que eu me encontro com Deus!'' pensei.
Foi então que percebi que ou eu tomava uma atitude, ou eu ia levar bala na testa, foi então que me lembrei da minha última experiência com caras armados, de como eu consegui desarmar o cara, história essa que eu já contei aqui.
Então sai da linha de fogo dele, segurei sua mão, e com uma impressionante facilidade eu tirei a arma da mão do cara, sendo que na hora que tirei a arma da mão dele eu me desajeitei e deixei a arma caindo, quando a arma caiu todos (eu e os ladrões) tivemos a impressão de que ela ia disparar, o que não ocorreu.
Quando vimos a arma no chão, corremos em sua direção, eu não podia deixa-los pegar a arma, porque se eles a recuperassem eu estaria morto, sendo que chegamos na arma ao mesmo tempo, e um dos nossos pés a chutou e ela caiu num bueiro.
Na mesma hora eu corri o maximo que podia, e eles vieram correr atrás de mim, e também várias pessoas que viram a cena toda vieram correndo em direção dos ladrões (provavelmente viram que eles tinham sidos desarmados), foi nesse momento que me senti mais encorajado, eram vários contra apenas 2.
Então peguei a maior pedra que achei no chão e arremessei neles. Foi um arremesso certeiro bem na testa de um deles, que caiu no chão.
No mesmo momento que um deles caiu as pessoas que vinham atrás o imobilizaram e começaram a dar socos e pontapés nele, já o outro ainda vinha em minha direção, foi então que decidi ir pro corpo a corpo. Então fui pra cima, e o enfrentei,segurei suas mãos o impedindo que me agredisse, eles fez força pra se soltar, então dei uma joelhada nos seus testículos e depois um soco na cara dele, soquei-o umas 4 vezes, até achar uma outra pedra maior do que eu tinha arremessado no outro cara, a peguei e bati na cabeça dele, na mesma hora o derrubei no chão, e também na mesma hora as pessoas o imobilizaram.
A polícia chegou minutos depois, levaram os 2 caras presos e interrogou todo mundo presente (incluindo eu, certamente).
Eu disse pra vocês que isso tudo me fez refletir sobre uma coisa, certo? Bom, isso me fez refletir no seguinte: A que ponto chegamos?
O cara quase me matava porque eu gosto de rock, ou seja, hoje em dia as pessoas estão se matando por motivos cada vez mais fúteis, muitos já mataram por causa de dinheiro, de terras, de mulheres/homens, de religião, e agora tem gente matando até mesmo por causa de futebol e música (que são duas coisas que deviam unir as pessoas), e ainda aqueles que matam sem motivo algum.
Se o mundo continuar assim, até que ponto chegaremos?


Brian

2 comentários:

  1. é, bem por ae, não se pode confiar em ninguem, não se pode se vc mesmo, tá foda!

    ResponderExcluir
  2. Gostei de sua sagacidade, garoto. Tome mais cuidado da próxima vez. E, é verídico o fato de que, atualmente, as pessoas estão valorizando demais o que é banal. Como houve em determinada rede social uma briga entre funkeiros e rockeiros nas vésperas do ano novo. Uma briga ridícula que apenas "idiotizou" quem dela participou, pois as pessoas que estavam de fora só fizeram reclamar da briga, que levava ninguém a nenhum lugar.

    ResponderExcluir