terça-feira, 10 de junho de 2014

Uma sensação estranha

Finalmente eu estava de férias da faculdade, aquele tinha sido um semestre sofrido, mas felizmente eu consegui sobreviver, e a tendência é que o próximo seja tão puxado quanto, então eu queria aproveitar bem os dois meses de férias que eu teria pela frente.
Bom, mas já se passaram 1 semana desde que entrei de férias e a impressão era de que eu não estava aproveitando porra nenhuma, o tédio tomava conta de mim e até o momento eu não tinha feito nada de demais, e pra piorar, naquele dia eu estava completamente pra baixo. Eu simplesmente não estava muito feliz, então juntava esse sentimento com o tédio mortal que eu me encontrava no momento só piorava tudo.
Eram umas 13:00, e pra variar eu estava sentado na frente do computador fazendo absolutamente nada de interessante, enquanto isso eu escutava minhas playlist de músicas tristes/românticas e pensava naquilo que estava realmente me incomodando, era uma sensação que eu estava tendo já fazia alguns dias, mas naquele estava mais forte, podia ser só o tedio, mas eu sabia que não era só isso, era algo a mais, algo que simplesmente não parava de martelar a minha cabeça, uma sensação que não importava o que eu fizesse, ela simplesmente não iria me deixar em paz.
O que eu mais queria naquele momento era conversar com alguém sobre isso, mas não podia ser qualquer um, tinha que ser alguém de confiança, mas até nisso eu estava frustrado naquele momento. Isso porque todas as pessoas que eu considero de confiança não estavam disponíveis naquela hora, Joey estava viajando, Thiago estava em semana de prova e cheio de coisa para estudar e Andreza estava em aula, isso me deixou mais pra baixo do que eu já estava isso porque o assunto que eu queria falar era algo que apenas um deles três poderiam me auxiliar.
Eu não via outra saída que não fosse realmente continuar lá sentado pensando nisso e ouvindo a minha playlist, então aproveitei pra tentar tocar algumas dessas músicas no violão. E então aquele foi mais um dos meus momentos reflexivos com o meu violão, em que eu tocava e pensava profundamente naquilo que me incomodava. Eu queria por aquilo pra fora de alguma forma, queria falar com alguém sobre isso, essa sensação me matava aos poucos por dentro.
Foi então que me veio em mente falar com Júlia, aliás, eu confio bastante nela e isso sem falar que ela mora no aqui no prédio, o que tornava as coisas muito mais simples. Mas primeiramente eu precisava confirmar se ela estava em casa, então lhe mandei um sms.
“Júlia?”
Esperei por alguns minutos até ela me mandar uma resposta.
“Oi Brian!”
“Oi =)” Mandei de volta
“Tudo bem contigo?” Perguntou ela
“Mais ou menos, e contigo?”
“To bem sim” Disse ela, e logo em seguida mandou:
“Mais ou menos por quê? Aconteceu algo?”
“É só umas coisas que tem me incomodado” Falei
“Algo que você queira falar?”
“Na verdade sim, mas preferiria que fosse pessoalmente, tais em casa?”
“To sim!”
“Muito ocupada?”
“Nem estou, na verdade!”
“Então você pode me encontrar na área da piscina agora?”
“Claro, já estou indo pra lá”
“Beleza então, te encontro lá”
Troquei de roupa rapidamente e fui direto para lá.
Chegando lá ela não demorou muito pra aparecer, ela chegou lá apenas 3 minutos depois de mim, nos cumprimentamos de novo e nos abraçamos, logo após nos sentamos e Júlia disse:
- Bom, pode me falar agora o que aconteceu, o que está se passando contigo?
Respirei e fundo e falei
- Primeiramente, obrigado por vim aqui me escutar.
- Que isso Brian... – falou ela – trabalho nenhum pra mim.
- É que, sabe aquelas horas que você quer conversar sobre uma coisa que não pode ser falada com qualquer um, mas as pessoas as quais você pode falar sobre isso não estão disponíveis?
- Sei mais ou menos... – disse ela – é o seu caso agora?
- Mais ou menos. – disse eu
- E você está com raiva dessas pessoas por isso?
- Não, não, muito longe disso... – falei – eu não os culpo por isso, eu sei que não é culpa deles, eu sou bem compreensivo em relação a isso, eu sei que eles não ficam felizes com isso, e tão pouco vou exigir que eles parem tudo que eles estão fazendo para me dar atenção , só que... sei lá, é frustrante da mesma forma, entende?
- Entendo, mas é isso mesmo que você ta dizendo, você não pode exigir isso deles, e você sabe que se eles pudessem eles iriam te ouvir, e eu sei que a última coisa que você quer é atrapalha-los nas obrigações deles.
- Exatamente! – falei
- Mas, eu sei que você não me chamou aqui para falar só disso, eu sei que tem algo a mais te incomodando.
- Você me conhece bem mesmo, hein?
- 3 anos de convivência já dizem tudo! – falou ela rindo
Eu também ri um pouco.
- Bom, então falarei o real motivo de eu ter te chamado aqui. – disse eu
- Fale-me! – disse Júlia
- É por causa de uma sensação forte que eu estou tendo, já faz alguns dias mas hoje está muito mais forte, e por mais que eu tente ela não para de martelar minha cabeça.
Júlia ouviu atentamente, e depois disse:
- Essa sensação tem nome?
- Tem sim... – disse eu
- E qual é?
Respirei fundo, esperei alguns segundos, e disse:
- Saudade!
- Own... – disse ela me abraçando – essa saudade é de alguém em específico?
Respirei fundo, e falei:
- Bem, acho que ta na hora de te falar uma coisa a qual eu contei para poucos, e como eu sei que posso confiar em você eu também lhe contarei.
- Estou ouvindo.
- Bom, sabe aquela vez que você me perguntou se eu estava interessado em alguém?
- Sim...
- Eu menti dizendo que não.
Júlia pareceu surpresa na hora, e disse:
- Seu mentiroso maldito... – disse ela rindo – agora você vai me contar tudo sobre essa pessoa!
- Claro, claro... – disse eu – sente-se, porque a história é longa.
E assim passei um com tempo com Júlia contato todos os detalhes daquela história e da pessoa em questão...



Brian

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