sábado, 11 de junho de 2011

Uma outra história tensa

Depois de ter passado por aquele momento tenso com Joey, ele tinha ido para a parada de ônibus e eu fui para o estacionamento esperar meu pai, eu estava feliz por voltar de carro mas o ruim é que eu ia ficar no estacionamento esperando ele sozinho sem mais ninguém num tédio do cacete, boa parte do pessoal já tinha ido embora, cheguei no estacionamento e nenhum sinal do meu pai, então me sentei um pouco e fiquei de olho no portão para qualquer sinal do carro dele, então depois de um tempinho, Heitor apareceu por lá.
- E ai? - falou ele
- Fala ai! - respondi
- Vai voltar de carro hoje?
- É, finalmente. - respondi - e ainda bem q tu ta aqui, achei que eu ia ficar sozinho aqui sem fazer nada até meu pai chegar.
- Sei como é, como eu volto de carro a maioria das vezes eu também fico aqui sozinho sem fazer nada, mas a maioria das vezes eu to com o meu mp3, então nem sofro tanto assim.
- Entendo!
Então pensei em outro assunto na hora, até Heitor falar:
- Tu e Joey tiveram algum problema com a coordenação por terem sidos expulsos de sala?
- Rapaz, senta ai que a história vai ser longa, vou te contar tim tim por tim tim.
Então comecei a contar tudo que tinha acontecido comigo e com Joey depois que saimos da sala, todos os detalhes desde que decidimos ficar escondidos no banheiro até tocar, e ele ouviu a tudo atentamente, então quando finalmente terminei eu falei:
- Foi um dos momentos mais tensos da minha vida.
- Caramba! - falou ele - parece até filme de suspense.
- Então! - exclamei
- Ainda me lembro quando passei por uma situação bem parecida.
- Ah é? - falei - conte-me como foi.
- Bom, era  madrugada de uma terça para uma quarta, era meia-noite mais ou menos, eu tinha ido dormir umas 10, mas o problema é que eu tava com uma insônia desgraçada, sabe, virava de um lado, virava para o outro, mas nada do sono vim.
- Hm! - falei
- Então resolvi vagar um pouco pela casa... - continuou ele - fiquei uns dez minutos andando de um canto para o outro, até que decidi ir para a cozinha beliscar algo. Bom, até ai tudo bem.
- Sim! - exclamei completamente atento.
- Mas eu tinha esquecido da mania do meu pai e acordar no meio da noite para fazer não sei o que, então quando eu ia para a cozinha eu ouvi a porta do quarto dele abrir, eu até pensei em apagar a luz naquela hora para não levantar suspeitas, sendo que a probabilidade dele ter visto a luz ligada era grande, então eu sai correndo ate a área de serviço que estava completamente escura, me abaixei perto da máquina de lavar e fiquei lá sentado sem falar um pio. E para o meu azar meu pai tinha ido para a cozinha...
- Pera ai! - interrompi - teu pai não gostar de te ver acordado tarde da noite?
- Não mesmo, última vez que ele me pegou acordado tarde eu fiquei 2 semanas sem sair.
- Mas você não podia falar que estava com insônia?
- Quando ele tinha me pego acordado na primeira vez eu disse isso, mas não adiantou. - respondeu Heitor - enfim, continuando. Ai meu pai foi para a geladeira e pegou um copo de leite, e para provar que a sorte não estava no meu lado naquela hora, ele em vez de beber ele pôs o leite para esquentar.
- E ele não estranhou a luz da sala ligada não?
- Ainda bem que não, acho que ele pensou que eu fui dormir e esqueci de desligar. - disse ele - continuando, ai fiquei uns minutos la abaixado completamente tenso, com um puta medo de ser pego, mais ou menos da mesma forma que você se sentiu hoje quando estava escondido no banheiro.
- Hum!
- Até que teve uma hora que resolvi esticar um pouco as pernas, e para eu ter mais azar ainda meu tornozelo estralou. Naquela hora so pensei numa coisa: ''fudeu''. Fiz o maior esforço para não respirar e torci para que meu pai não fosse la ver o que tinha sido o barulho, e finalmente eu tive sorte naquela noite, ele ignorou o barulho.
- Uau!
- Até que o leite finalmente esquentou, ele bebeu e foi para o quarto, tive que esperar mais um tempinho até que eu tivesse certeza que ele tava no quarto, depois de ter esperado o necessario eu corri para o meu quarto e so sai de lá na manhã seguinte.
- Mas conseguisse dormir?
- Não mesmo, tanto que aqui no colégio eu quase cochilava nas primeiras aulas.
- Mas cara, se seu pai tivesse te pego fora da cama, tu num podia inventar alguma desculpa?
- Com meu pai? Não mesmo, ele é um detector de mentiras humanos!
- Ixi, mas nessas situações tu tem que pensar nas seguintes coisa: Numa maneira mais fácil de escapar e numa desculpa convincente se caso você for pego.
- Realmente. - E naquele momento a mãe de Heitor tinha chegado.
- Bom - disse Heitor - vou nessa, falou ai!
- Falou! - respondi
E essa conversa confirmou o que eu já disse: ''é fazendo merda que se aduba a vida''

Brian

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