sábado, 12 de maio de 2012

O difícil ato de superar

Tinha se passado quase 1 semana desde que a Júlia tinha me pedido ''um tempo'' na nossa relação, e desde então eu estava completamente arrasado, tinha horas que eu não conseguia parar de pensar nisso, eu sempre ficava me perguntando ''Por que isso? O que eu fiz de errado?''.
Já era hora do intervalo no colégio, e naquele dia tinha me batido uma saudade extrema de Júlia, ou seja, eu nem estava prestando atenção direito na aula so pensando nela, eu estava num momento difícil. Eu tinha acabado de comprar meu lanche quando Joey veio falar comigo:
- Ei Brian!
- Fala Joey... - disse eu
- Vamos nos sentar ali porque quero falar contigo em particular.
- Beleza então. - então nos sentamos no banco mais próximo que havia
- To percebendo que você ta triste hoje, alias, já faz um tempo que eu vejo que você está triste.
- Você é um ótimo observador! - falei
- Isso tem a ver com a Júlia né?
- Claro né? Eu ainda não me conformo.
- Cara, esquece isso.
- Eu bem que ando tentando, mas ta difícil, hoje mesmo me bateu uma saudade extrema dela.
- Percebo!
- E velho, eu ainda não consigo entender o porquê disso, a gente tava tão bem...
- Ei, tu num tinha me dito que ela antes disso andava um pouco ''fria'' contigo?
- Sim!
- Então NÃO ESTAVA TUDO BEM!
Então parei um pouco para refletir isso que ele disse, e vi que por um lado ele estava certo.
- É, realmente... - falei - mas eu so queria entender o porque disso tudo.
- Velho, pelo que você anda me dizendo o problema não é você. - disse Joey
- Então você está dizendo que ela simplesmente parou de gostar de mim?
- Sim, é exatamente o que estou lhe dizendo.
- Mas por que velho?
- Porra cara, põe isso na tua cabeça, não há um porque, ela so ta deixando de te amar e pediu um tempo pra ter certeza disso.
Então pensei um pouco e disse:
- Bom, so espero que nesse ''tempo'' ela perceba que está enganada disso.
- Não se iluda, tu sabe bem que num relacionamento quando alguem pede ''um tempo'' é quase a mesma coisa de terminar o namoro de vez, principalmente porque a pessoa acaba vendo realmente outras pessoas, se interessa por essas outras pessoa e ai o namoro acaba de vez.
Quando ele me disse isso eu senti uma dor forte no coração, já estava me esforçando para não chorar, e Joey tinha percebido.
- Não velho, pare com isso... - disse ele - isso não é a tua cara.
- Foi mal velho... - falei tentando me recompor - é que eu realmente amo ela, e poxa, não queria que acabasse assim.
Ficamos uns segundos calados, até que Joey se levantou e disse:
- Brian, vem cá.
Então me levantei e fui até onde ele estava.
- Olhe bem isso tudo! - disse ele
- Isso tudo o que? - perguntei
- Você ver bastante menina bonita nesse pátio não é?
- Sim! - respondi
- Então, se so nesse colégio já tem tanta menina bonita assim, imagina la fora.
Foi então que comecei a pensar
- Velho, o que eu quero dizer é... - falou Joey - Ainda há muito peixe livre no mar, e não adianta nada você fica sentado chorando por causa de um que lhe escapou.
Tudo aquilo que ele dizia fazia sentido...
- Simplesmente jogue o anzol na água e seja paciente.- falou ele
- É velho, você ta certo, mas tu sabe que não vai ser fácil eu finalmente conseguir esquecer Júlia né?
- Eu sei, nunca é, mas pense nisso que eu te disse, principalmente que não é porque que um relacionamento acabou que tu vai parar de viver por isso.
- Eu sei. - respondi - Valeu velho. - disse apertando a mão dele.
- Amigos servem para isso né? - disse ele - agora, vamos esquecer um pouco isso e jogar um pouco de futebol né?
- Beleza! - respondi
Então ficamos jogando até a hora de finalmente voltar pra aula, eu realmente pensei nisso que Joey disse, mas superar Júlia ia ser uma tarefa muito difícil, principalmente quando eu lembrava que no próximo mês iamos fazer 1 ano de namoro, mas esse era um desafio que eu tinha que superar.



Brian

Um comentário:

  1. O primeiro texto a ser lido gera uma expectativa, mas, a despeito de não ser a minha fazer críticas a respeito do conteúdo, percebi que a forma como foi feita a exposição das idéias revela o seu talento na produção da narrativa. O conteúdo faz parte de um processo evolutivo que melhorará a cada dia que passa. Parabéns, RENAN!

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