domingo, 15 de julho de 2012

Um surpreendente fim de semestre

Finalmente era o último dia de aula do semestre, após o termino da aula eu estaria oficialmente de férias, e a outra boa coisa é que a aula naquela sexta-feira acabaria mais cedo, teríamos apenas 5 horários e depois disso podíamos ir pra casa aproveitar o início das tão esperadas férias. Mas a má notícia é que a última aula era de física, ou seja, a sensação seria que iria demorar uma eternidade pra aula acabar, mas fazer o que?
Absolutamente NINGUÉM estava prestando atenção naquela aula, todos queriam que aquela aula acabasse logo pra irem pra casa de uma vez por todas. Passei boa parte da aula voando (pra variar), e o maldito tempo parecia que custava pra passar logo.
Até que o sinal finalmente tocou e todos puderam comemorar o início das férias, o professor se despediu da turma, desejou boa férias pra todos e finalmente a gente pode sair da sala. Mesmo a gente já podendo ir embora, eu, Thiago, Joey e Andreza resolvemos ficar mais um pouquinho pelo colégio pra ficar conversando. Thiago e Andreza certamente não desgrudavam mais um do outro, pra onde um ia o outro ia atrás, e eu ficava feliz em saber que tava tudo ótimo entre eles, já eu, as coisas entre mim e Gabriela estavam ficando cada vez mais ''quente'', mesmo de férias ela ainda aparecia no colégio algumas vezes para falar comigo, isso me deixava MUITO feliz, e Joey ainda tava tendo um rolo com a Laura do 2º ano do qual ninguém sabia pra onde aquilo ia.
Ficamos até meio-dia no colégio jogando conversa fora, Andreza e Thiago foram os primeiros a ir embora, então ficamos apenas eu e Joey lá.
- Eles tão se amando mesmo, hein? - falou Joey
- Pois é, velho! - respondi
- Ele finalmente conseguiu.
- Eles se merecem!
- E quanto a tu e Gabriela? Quando a coisa vai se resolver?
- Eu to trabalhando nisso, cara.
- Pois tu devia agir logo, que pô, ta na cara que ela ta na tua!
- Tu acha?
Joey deu uma bufada e disse:
- Velho, na boa, é nessas horas que eu tenho vontade de te descer o cacete!
- Qual foi?
- Tu ainda tem dúvidas de que ela ta na tua? Porra, até minha irmã que é do 7º ano ainda já se ligou nisso.
- Calma, é que eu não gosto de botar todas minhas expectativas nessas coisas, sabe? Tenho medo de me decepcionar.
- Entendo, mas cara, eu tenho certeza que nesse caso nem tem como você se decepcionar!
Por um lado ele estava certo.
- Mas pera aí, tu ta falando do meu caso, mas me responde uma coisa, e teu rolo com Laura?
- Ta caminhando, velho.
- Pra onde?
- Não sabemos ainda.
- E quando vão saber?
- Porra, tais pior que minha mãe, hein?
Eu ri daquilo.
- Só quero saber, porque não é só eu que to perguntando. - disse eu
- Imagino... - respondeu Joey - mas de qualquer forma, a gente não quer apressar muito as coisas.
- Se é você quem diz...
Ficamos mais um tempo conversando sobre outras coisas, até que eu olhei o relógio.
- Caramba, já são quase 1 hora, é melhor eu ir nessa.
- 1 hora? Caramba, o tempo voou.
- Então velho, melhor eu ir antes que minha mãe me ligue me enchendo, falou ai, a gente marca de sair nessas férias.
- Ta beleza, falou e boas férias!
- Pra você também.
Peguei minhas coisas e fui em direção da parada de ônibus, e enquanto a Joey ele foi andando pra casa.
No caminho pra parada eu comecei a pensar em como foi aquele semestre, o que eu fiz, o que eu deixei de fazer e o que eu podia ter feito melhor. Muitas coisas se passaram na minha cabeça, como iam meus estudos, meus pais, meu amigos, meu termino com Júlia, meu lance com Gabriela, e mais um monte de coisa que tinham acontecido apenas naquele semestre, enfim, tinha sido um semestre e tanto.
Fui atravessar a rua pra chegar na minha parada, muitas coisas ainda se passavam na minha cabeça, naquele momento eu estava focado apenas naquelas coisas, esse foi meu erro.
Quando dei por mim eu senti uma grande pancada vindo da minha lateral, pancada essa que arremessou para 1 metro dali, caí no chão, bati a cabeça fortemente e rolei no asfalto. Foi quando eu vi o motorista da kombi que me atingiu correr em minha direção, ele e mais um monte de gente que estava ao redor, tudo doía em mim, eu estava perdendo meus sentidos, comecei a ver tudo duplicado. Muitos começaram a me fazer perguntas das quais eu não estava entendendo nenhuma, tentei falar, mas a única coisa que saiu da minha boca foi um gemido de dor, vi muitas pessoas ao meu redor, mas não conseguia identificar o rosto de nenhuma.
Então, tudo escureceu...


Brian

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