domingo, 27 de julho de 2014

O Mundo Devastado 2 - parte 5*

*Esse conto não tem nenhuma relação com Brian
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Sentei-me no chão e pensei no que eu possivelmente teria que seria fino o suficiente pra eu abrir aquela porta pelo lado de fora, primeiramente pensei no pé-de-cabra, até cheguei a testar, mas ele não passava pelo espaço do vidro. Então continuei pensando, olhei pra Dylan na esperança que ele me desse alguma luz, mas ele apenas fumava um cigarro completamente despreocupado, já estava mais que claro que ele tinha feito aquilo de propósito, era mais um de seus testes.
E eu ainda pensava no que possivelmente seria útil pra eu abrir aquela maldita porta, o sol esquentava cada vez mais minha cabeça, minha paciência ia embora aos poucos e minha vontade de meter o facão no crânio de Dylan só aumentava.
Eu não tinha nada comigo naquele momento além das minhas armas e do meu cantil, e nenhum deles seria útil, o que raios Dylan achava que eu tinha que podia servir, fiquei minutos pensando em uma solução, estava ficando desesperado. Dylan realmente parecia que não iria me ajudar de jeito nenhum, eu estava a ponto de tentar abrir aquela porta no chute.
Comecei a andar de um lado pro outro procurando uma solução, chequei meus bolsos umas duzentas vezes, e a minha impaciência crescia, assim como o fedor de ovo podre. Então eu comecei a relembrar das palavras ditas por Dylan de que eu tinha essa coisa e apenas não sabia, tinha que ter alguma casca de banana, algum detalhe que eu provavelmente deixei passar. Voltei a lembrar de todos os objetos que eu tinha trago, principalmente porque não foram muitos.
Foi então que eu me lembrei de quando a gente tinha acabado de chegar naquele local, quando Dylan me arremessou aquele cabide e tinha dito que depois eu iria entender, eu finalmente tinha entendido. O cabide era a resposta para tudo, mas foi naquele mesmo momento que eu percebi que ele não estava mais no meu cinto, o que me fez entrar em desespero, certamente ele tinha caído durante o duelo, o problema era saber onde.
Comecei a vasculhar toda parte de chão que eu possivelmente teria posto os pés, e para melhorar a situação começou a bater um vento mais forte na hora, o que poderia ter afastado o cabide pra mais longe. Comecei a fazer suposições de onde ele possivelmente teria caído, levando em consideração os movimentos que eu fiz durante a luta, não podia estar muito longe.
Olhei atentamente em todos os locais possíveis, até que finalmente o achei. Corri até ele e o apanhei, naquele momento Dylan olhou pra mim com um rosto de aprovação, agora só faltava eu saber como ajeitar aquele cabide pra que ele coubesse no buraco do vidro. Tentei deixa-lo reto inicialmente, queria fazer que ele ficasse parecendo um grande gancho, e com muita dificuldade eu o modelei de tal forma.
Fui em direção a pick up, e Dylan continuava a me observar atentamente.
- Já sabe como se faz isso? – perguntou ele
- Sei sim. – respondi
Satisfeito com a resposta, ele voltou a fumar seu cigarro. Eu realmente sabia como fazer aquilo, fui até a porta do lado do motorista e coloquei o gancho do cabide no buraco e fui mexendo nele até sentir a trava, assim que a senti só bastou eu da um puxão. E assim o carro estava finalmente aberto.
Dylan se levantou de onde estava, veio em minha direção, e disse:
- Muito bem, sabia que uma hora você ia sacar.
“Com certeza ele se divertiu com isso” pensei.
Ele terminou de fumar o seu cigarro e o jogou fora, depois olhou pra mim, pegou seu maço e me ofereceu um.
- Quer?
- Não, obrigado... – falei – eu não fumo
- Entendi, melhor pra você.
Ele acendeu outro cigarro e foi se aproximando do carro, então ele começou a checar os bolsos a procura de algo.
- Você dirige. – disse ele me entregando as chaves da pick up.
Eu simplesmente não acreditava no que via.
- Você estava com as chaves o tempo todo? – falei puto da vida.
- Claro! – falou Dylan numa tranquilidade que sinceramente me irritava muito.
- Eu fiquei aqui esquentando a cabeça e você estava com a merda dessas chaves?
- Relaxe, garoto, foi só mais um teste, e você conseguiu passar nele.
Aquilo não me tranquilizou em nada.
- Os outros testes vão ser tudo dessa forma?
- Não sei.
E eu me segurava pra não tacar o pé-de-cabra na cabeça dele.
- E fique com esse cabide... – completou ele – você pode precisar dele de novo futuramente.
Joguei o cabide no banco traseiro do carro e entrei nele.
- Pra onde vamos agora? – perguntei antes de ligar o carro.
- Para floresta, vamos caçar um pouco, eu te guio.
Então eu dei partida e Dylan foi me mostrando o caminho.
- Não tem como eu conseguir um banho agora? – perguntei – o cheiro de ovo podre tá horrível.
- Quando formos pra casa você toma.
- Tá bom, só não reclame do fedor no caminho.
Dylan riu e disse:
- Relaxe, desde que o mundo acabou o fedor de qualquer coisa tem sido uma das minhas últimas preocupações.
E assim continuou nosso caminho em direção à floresta.
Passamos o resto daquele dia caçando, a nossa única pausa foi para o almoço, e dessa forma confirmamos o que Dylan tanto dizia que estava completamente difícil achar qualquer criatura viva por aquela floresta, apenas depois de duas horas de caçada que achamos um coelho, que eu consegui abater com muita dificuldade com o meu facão, foi quando Dylan percebeu que eu precisava de uma arma de fogo. Depois de 6 horas de caçada, voltamos pra casa com apenas um coelho, dois lagartos e um sapo.
Depois de chegarmos em casa, as únicas coisas que eu fiz foi tomar banho, jantar e depois me joguei na cama, eu estava exausto. Enquanto Dylan ainda ficou acordado por um tempinho, não sei dizer o quanto.
No dia seguinte a gente não acordou tão cedo quanto o anterior, mas dessa vez eu tive que suportar as cutucadas de Dylan tentando me acordar.
- Acorda que hoje será um dia especial.
Eu não gostava do tom que ele falava aquilo.
No café comemos uns pães com ovo que ainda prestavam que a gente tinha encontrado no mercado, e logo após pegamos a estrada de volta pra cidade, e dessa vez eu levei minha mochila.
Eu fui dirigindo de novo, e pra variar nenhum de nós dois falamos muita coisa durante o caminho, Dylan realmente era um cara fechado, parece que a única coisa que interessava para ele naquele momento era ficar fumando um cigarro e olhar a estrada passar. Eu ainda tinha muitas perguntas pra fazer, mas eu tinha certeza que ele não iria me responder nenhuma, ainda queria saber da sua história, o como ele tinha chegado até ali, e quem foram às pessoas que ele perdeu pra esse mundo novo, e eu sabia que ele teve uma família, pois eu tinha achado a foto deles no criado-mudo do quarto de hospedes, supostamente eram a mulher dele e o filho, e provavelmente ele não ficaria feliz em saber que eu achei aquilo, então continuei dirigindo quieto.
Já estávamos perto da cidade quando eu perguntei pra Dylan:
- Para o mercado de novo?
- Não... – respondeu ele – vamos até a delegacia dessa vez
Fiquei me perguntando que raios a gente iria fazer numa delegacia, mas disse:
- Ok!
Não foi muito difícil achar a delegacia, aquela cidade definitivamente não era muito grande, paramos logo a sua frente e descemos da pick up, Dylan jogou o resto do seu cigarro fora e eu pus o último chiclete que eu tinha na boca.
Antes de entrarmos, Dylan deu um chutão na porta pra checar se não havia zumbis lá dentro, não demorou muito para dois aparecerem, cada um abateu um, e nos impressionamos quando entramos na delegacia e achamos um zumbi algemado a uma escrivaninha, provavelmente era algum preso que foi deixado para trás, eu o chutei para o chão e enfiei o facão entre seus olhos.
- Siga-me – disse Dylan logo em seguida.
Dylan nos levou mais pra dentro da delegacia, e cada vez que a gente avançava a gente fazia um barulho ou outro pra atrair qualquer zumbi que ainda estivesse lá, mas ao que parecia a gente já tinha abatido todos, até que finalmente chegamos aonde Dylan queria.
- É aqui mesmo! – disse ele sacando seu revólver. – afaste-se
Assim o obedeci. Ele primeiramente tentou abrir a porta normalmente, e claro, estava trancada, então ele pegou um impulso e deu um chutão na porta arrombando-a.
Esperamos que algum zumbi aparecesse, mas nenhum veio, e sendo assim entramos na sala. Ao entrar fiquei impressionado, era o arsenal da delegacia, metade provavelmente tinha sido levado pelos moradores daquela cidade mas ainda assim havia bastantes delas, e inclusive munição.
- Escolha a que te agradar mais. – falou Dylan
- Você está falando sério? – perguntei
- Sim, já está na hora de você aprender a usar uma dessas.
Aquilo me animou bastante.
- E lembre-se... – falou Dylan – não carregue mais do que você consegue, pegue no máximo duas armas, uma de cano curto e outra de longo, e pegue apenas o mínimo necessário de munição.
Concordei com ele enquanto olhava atentamente cada uma delas. Primeiramente olhei as armas de cano longo, tinha lá vários rifles, shotguns e metralhadoras, mas eu achei melhor começar com as de cano curto mesmo, então fui olhar as pistolas que lá tinham. Houve uma em especial que me chamou bastante a atenção, não me perguntem o modelo porque eu não tenho a menor ideia disso, o máximo que posso dizer que era uma pistola cinza com munição de pente, imediatamente a pus em mãos, comecei a senti-la, estava decidido que aquela seria a minha primeira arma.
Levei-a até Dylan, e pedi todas as informações que eu precisava saber dela, ele disse que eu fiz uma boa escolha, me disse tudo que eu precisava e me indicou a munição certa para a arma, juntei uns 25 pentes e os guardei na mochila, ainda assim fiquei com a sensação de que não seria o suficiente.
- Não vai pegar nenhuma de cano longo? – perguntou Dylan
- Não, só essa aqui tá bom por enquanto. – respondi
- Ok então!
Ele me mostrou como se colocava o pente na arma e me pediu pra repetir o movimento várias vezes pra ele, foi fácil de pegar, não tinha nenhum segredo. Depois disso saímos da delegacia.
- Bom... – falou Dylan – agora que finalmente você tem uma arma de fogo vamos ver como você se sai com ela, farei três testes com você.
“Lá vem...” pensei.
- Primeiramente... – continuou – deixe-me achar algo que sirva de alvo.
Ele foi em direção a um restaurante que tinha logo a frente, parando na entrada ele me chamou.
- Jonnatan, venha aqui.
Corri em sua direção.
- Vamos para o primeiro teste... – disse ele – que será acertar um alvo parado.
“Ele só pode tá de sacanagem” pensei.
- Está vendo a testa do desenho desse anúncio? – falou ele apontando pra um cartaz que tinha na entrada do restaurante.
- Sim! – respondi
- Quero que o acerte.
“Sem problemas” falei pra mim mesmo.
Coloquei o pente na pistola, e a apontei pro anúncio, e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa eu ouvi Dylan dizer:
- Não está esquecendo-se de nada?
Pensei rapidamente e disse:
- Não!
- Pois bem, então. – falou ele num tom de desaprovação
E eu, claro, não gostei daquilo, mas ignorei por aquele momento.
Apontei bem a arma, me concentrei ao máximo, e então quando finalmente puxei o gatilho, nada aconteceu. Na verdade, nem puxar o gatilho eu tinha conseguido, foi quando percebi que eu não destravei a arma.
Dylan me deu aquele olhar de “eu lhe avisei”, e o retribui com um olhar de “cala a porra da boca”. Destravei a arma e voltei a apontar pro anúncio, sendo que ainda me faltava precisão, minha mão tremia muito, abaixei a pistola e respirei fundo, e então voltei a aponta-la, nada tinha mudado, eu ainda tremia.
- Estou esperando... – falou Dylan
“Cala a boca” pensei.
Eu ainda estava inseguro sobre aquilo, até que eu finalmente decidi arriscar e finalmente dei o primeiro tiro. Quando fui olhar, vi que eu acertei muito longe da testa do desenho, nem no desenho eu tinha acertado exatamente.
Então eu tentei de novo, e dessa vez acertei a barriga dele, dei dois tiros consecutivos e ambos foram na mão do desenho (que estava próxima ao quadril). Então me irritei e descarreguei as 4 balas que ainda restavam, elas acertaram tudo que era canto, menos a testa do desenho.
Recarreguei a pistola, a destravei, e quando eu ia atirar novamente, Dylan se levantou e disse:
- Já basta!
Então abaixei a arma.
- Isso foi nada bom. – disse ele
“Não me diga” pensei.
- Bom, esquece essa parte e vamos para o próximo teste. – falou ele
E mais uma vez eu sentia que aquilo não ia ser bom.
Dylan entrou no restaurante (sem precisar fazer barulho dessa vez, já que eu já tinha feito bastante) e pegou vários pratos lá dentro, vendo isso eu já tinha uma mínima ideia do que ele me pediria pra fazer.
- O próximo teste será agora, acertar alvos em movimento.
“Sabia” pensei.
- Irei arremessar os pratos e eu quero que você os acerte quando eles estiverem já no ponto mais alto.
- Certo! – falei
Destravei a arma e já me preparei, olhei pra pilha de pratos que Dylan tinha trago, e contabilizei uns 10. Ele se preparou para arremessar o primeiro.
- Pronto?
- Sim! – falei com convicção.
Então Dylan arremessou o primeiro prato, esperei ele chega no seu pico e assim atirei, errei o tiro e o prato quebrou-se ao atingir o chão.
E claro, Dylan mais uma vez me deu aquele olhar de desaprovação. Então ele arremessou mais um, e eu novamente errei, ainda me faltava firmeza, abaixei a arma, respirei fundo, e me preparei de novo. Dylan arremessou mais quatro pratos, dei o mesmo número de tiros e acertei apenas um completamente na sorte.
Antes de arremessar os outros quatro pratos que ainda restava, Dylan perguntou:
- Quantas balas você ainda tem?
- Não sei! – respondi
Ele não falou nada depois disso, simplesmente pegou mais dois pratos e os arremessou, um eu errei e o outro eu acertei também na sorte.
Dylan me deu um último olhar antes de lançar os outros 2 pratos que restavam, aquele olhar queria me dizer algo, só não sabia o que.
Preparei-me, e assim ele arremessou o resto dos pratos, quando tentei atirar que eu entendi o que o olhar de Dylan queria dizer, eu estava sem bala. Quando o último prato atingiu o chão ele disse:
- Sempre conte as balas, sua vida pode depender disso.
E com mais essa lição eu recarreguei a pistola.
Esperava que ele arrumasse mais alguns pratos, isso até ouvir algo vindo de trás de mim, olhei para direção do som e vi um zumbi vindo em nossa direção, provavelmente foi atraído pelos sons de tiro que eu fiz.
- Acho que já podemos começar a terceira parte do teste... – disse Dylan – que é matar um zumbi, acho que não preciso ser mais claro que isso, né?
Confirmei com a cabeça, apontei bem a arma e tentei mirar certo, minhas mãos ainda tremiam, foi nesse momento que eu passei a entender meu pai melhor. Tentei manter minha mão firme, mas ainda não conseguia, e o zumbi se aproximava cada vez mais, então arrisquei o primeiro tiro e o acertei no pescoço, certamente não bastava, voltei a mirar, atirei, e o acertei no ombro. Irritei-me e descarreguei o pente nele, acertei em todos os locais, menos no cérebro.
Recarreguei a arma, e quando voltei a aponta-la pro zumbi, ele começou a correr em minha direção, e antes que eu pudesse pensar em fazer qualquer coisa, Dylan sacou o revólver e deu-lhe um tiro na testa.
- Eu tinha tudo sobre controle. – protestei
- Tava vendo, tanto que gastou um pente todo no zumbi e não o matou... – falou ele
Logo em seguida ele pegou seu mochilão e voltou pra delegacia.
- Você não disse pra só carregar o suficiente? – perguntei
- Nesse caso eu abrirei uma exceção, porque já vi que o desperdício vai ser grande, três pentes foram gastos nessa brincadeira.
E depois de uns cinco minutos ele saiu da delegacia com mais uns cinquenta pentes na mochila, depois que a colocou de volta na pick up ele se virou pra mim e disse:
- Agora vamos embora porque a gente já fez barulho o suficiente, com certeza atraímos a atenção de vários zumbis nos arredores, deixa que eu dirijo dessa vez.
Assim entramos no carro e fomos embora da cidade.
Depois de nos afastarmos bastante da cidade, Dylan disse:
- Você ainda tem muito que aprender.
- Eu sei! – respondi
- Uma coisa seu pai estava certo, carregar uma arma requer uma responsabilidade muito grande, e o mau uso dela pode causar a sua morte, você viu um pequeno exemplo disso agora.
- Sim!
- Pois se prepare, porque serão longos dias de treinamento.
- Eu imagino.
- E é meu dever já lhe dizer de agora a regra mais importante.
- Diga-me!
- Nunca utilize a arma à toa, por duas razões, uma que munição é que nem ouro, e não é bom você ficar gastando a toa, e segundo porque como você bem viu, o som de um tiro pode atrair vários zumbis pra você.
Eu continuei ouvindo.
- Por isso um exemplo, se você esbarrar com apenas um zumbi, mate-o com a arma branca, não gaste bala com ele, entendido?
- Sim!
- Lembre-se bem disso.
Concordei com a cabeça.
- Dylan!
- Diga!
- Me tira uma dúvida?
- Mande!
- Eu poderia usar essa arma pra caçar?
Ele respirou fundo e disse:
- Animais pequenos, sim, e uma dica que eu te dou é, ferir o animal com o tiro e depois mata-lo com o facão, mas como eu disse, animais pequenos tipo, coelho, rato, raposas, ou coisas do gênero.
- Entendi... – falei – e pra caçar animais maiores?
- Tipo cavalo ou boi?
- Sim!
- Ai você precisaria de uma arma com porte maior, tipo essa minha sniper.
Ficamos calados por alguns segundos, até que Dylan disse:
- E depois disso tudo, definitivamente foi uma boa ideia você não pegar uma arma de cano longo agora.
- Imagino!
- Mas como eu disse, teremos longos dias de treinamento pra você pegar o jeito.
Mais uma vez concordei com a cabeça.
- Bom... – continuou ele – agora voltaremos pro treinamento de facão, duelaremos de novo.

E assim seguimos caminho, e eu fiquei me preparando psicologicamente pra mais um duelo enquanto isso.

(continua)

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